Poemas : 

Definir em muralha

 
Defino-me
no ritual do instante
…não choro destinos
nem ambíguos lamentos
de espuma húmida
na vertente da memória
…pedra a pedra
ergo vontades de cimento
na muralha de betão
que os olhos já conhecem

…na sombra do muro
colho despojos adormecidos
do meu existir
…e no subterrâneo das manhãs,
visto o corpo suado,
com crepusculares latidos,
em espirais de raízes
que crescem altivas,
no regaço da penumbra…

 
Autor
José António Antunes
 
Texto
Data
Leituras
812
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.