As minhas mãos são profundos latifúndios de onde saltam letras,
e encostas precedem ao meu sono.
Meu olhar sem guia perde-se para além das cores e das formas,
sobre vales que não posso descrever.
...as palavras destoavam, e eles riam dos meus brinquedos...
Não sou vasto e nem intenso, um ébrio talvez, entre o Céu e a esfera,
feito um aríete louco a buscar por lucidez, se é que ela existe.
Vou ao mar em busca de conselhos, mas à minha insensatez ele se cala,
e já penso que esses sonhos medonhos jamais me deixarão.
...torturado, verti água, sangue e gritos, e finalmente ví quando nos dentes
de um melro ia-se minh´alma...
Algumas noites escurecem, simplesmente, sem as cores que embelezam todo ocaso,
nessas noites, enquanto a ilha inteira dorme, eu sobrevoo as minhas salinas.
(T. Yudi)