Pensamento
Pensamento oculto
Há um pensamento oculto por um maneirismo muito próprio de preservarmos o que é visível aos olhos de todos e que ninguém aflora ou presumivelmente obediente ao instinto de se excluir e inibir de falarmos deles para não causar pruridos infeciosos ou alérgicos que incomodam e causam danos na pele pretoriana.
Nunca fiando à cautela! Séculos são passados, por que vivemos tão perversamente mal? Porque não vivem os povos com os bens que lhe são peculiares e querem sempre o que pertence a outros por natureza. Por que temos que nos sujeitar a normas que não aprovamos nem queremos seguir só porque uns se entrincheiram no poder com os amigos sanguessugas que arranjam dinheiro não se sabe como fazem pirraças e se invejam uns aos outros para terem a casa, o quintal, a carroça, os burros, os xavecos, as banheiras, o nariz mais empinado, dinheiro no bolso, bancos, tanto lucro e bons recursos, sem suavizar quem deles, precisa?
A ganância é a praga que invade a terra, a riqueza o cancro que mata sem escrúpulos e a corrupção o vulcão que em lavas de baba vai descendo em chamas queimando os bons propósitos de tantos que felizmente ainda resistem e querem mais nobreza de sentimentos para todos e um futuro mais promissor para os seus filhos. Isto sim é ser rico de honestidade, humanidade amor aos irmãos, viver uma vida sã e feliz. Dignidade, mais nada! Gostava de esquecer mas.
vólena
E, que culpa tens disso???
Que culpa tens disso???
Ricky,
Versejar com a lua e Plutão...
É, sinônimo de intensa inspiração,
...
Se me permite poeta a minha interação:
Ray Nascimento
Alvorada!!!
Oh, alvorada plenitude com aurora boreaou...
Infinda é a saudade que me traz,
Pois, hoje meu amor não vive mais...
E, que culpa disto tens???
Amor incondicional !!!
Oh, amor incondicional
Que adentrou minha vida
E, me fez viver o mais
Puro e verdadeiro sentimento,
E, hoje jaz no mais gélido olhar...
E, que culpa disto tens???
Saudade !!!
Oh, Saudade que me invade
Agora nesta hora!!!
Em meu coração que jaz em uma redoma fria...
Por ter te perdido um dia...
E, que culpa tens disto???
Morte !!!
Oh, morte dolorosa
Que meu coração triturou...
Me deixando a alma arrancada...
E, o corpo dilacerado...
Por ter levado o meu grande amor...
O amor imensuravelmente doado...
a mesma dimensão do amor...
Foi a mesma dimensão da dor...
Porque meu amor levaste...
Fazendo somente a tua parte...
que a vida transitória...
Ternina em ti (morte)
E, que culpa tens disto???
Fado!!!
Oh, fado fatigante que foi inevitável...
Que são os escombros...
Que caíram sobre os meus ombros...
Devido a depressão que assolou o coração,
De quem em vida só me deu amor.
E, que culpa tens disto???
Destino!!!
Oh, destino!!!
Que me faz caminhar sem prumo...
Sem rumo...
E, o que de melhor tenho...
É, contar nossa história...
No universo dos meus versos...
Em forma de poesia...
E, que culta tens disto???
Culpa!!!
Oh, culpa???
Que culpas tens de minh'alma
Sangrar e o coração não mais
Sentir vontade de caminhar???
Pois, "a dor é inevitável...
Mais, o sofrimento é opcional???"
(Carlos Drumont de Andrade)
Que culpa tens disto???
Infinita é a dor da perda do meu
único e verdadeiro amor
o luto a vida assolou!!!.
Ray Nasciemnto
SONHO PERDIDO...
Sonho Perdido...
O tempo passou, foi embora
Levando junto o meu sonho
Teci cortinas bordadas de carinhos
Amareladas foram desbotando
Na ponta do fio dourado do amor
Costurei flores perfumadas
Uma a uma foi despetalando
Deixando recoberto o meu chão
Afogada, morreu a ilusão
Na espuma triste da saudade
Do ontem no qual ainda sonhava...
Carol Carolina
Carta a uma amiga!( O céu receberá hoje, mais um anjo)
Aspiraste o frio como se desafiando o vento cortante que teimava em soprar em bebedeiras ciclónicas. O teu olhar expressivo, vestiu então a noite.
Decidida encaminhaste os teus passos brandos pelo mesmo asfalto que te levou incontáveis vezes até ao café onde gostavas de confraternizar com os teus amigos, com o pretexto tipicamente Português de beberes um café e conversar. As tuas gargalhadas, contidas, pairaram no ar enquanto conversavas e por certo arranharam as paredes do teu coração que continuava enlutado, por mais que
vestisses as palavras com as mais berrantes cores.
As grandes desilusões são uma espécie de sanguessugas. Eu sei, Susana, eu sei!
- Matam-nos aos poucos, cinicamente transfiguradas, até se alojarem nas paredes das veias cerebrais, onde os pensamentos são inconscientemente triturados e lançados em coágulos às correntes sanguíneas que nos definem o mistério da vida.
Regressaste a casa. Só Deus e tu saberão se aquele mesmo asfalto que percorreras anteriormente não se transformou repentinamente num labiríntico deserto.
O teu ultimo sopro de vida, foi como que a vontade comovente que tiveste em te despedir da tua mãe.
Como terás chegado à porta? Arrastando-te?
Por certo a luz que te chamava esperou mais um pouco enquanto um anjo te levava nos braços.
Arranhaste a porta sem forças e desespero. Quando a tua mãe a abriu a tua voz transformada num açoite de vento, ecoou numa súplica arrastada, balbuciando:
>> mãe, ajuda-me, tenho os braços presos e uma perna, mãeeeeeeeeeeeeeeeeee…>>
Caíste de repente aos pés da tua mãe inanimada e nunca mais acordaste.
Um AVC, ceifoi assim cobardemente a tua vida curta.
32 anos. Tinhas uma vida à frente, minha querida!
Descansa em paz. Consola através dos dedos do vento a tua mãe inconsolável.
Tu és e serás sempre a sua menina, como ela repete sistematicamente hoje, com os olhos esbugalhados já sem lágrimas para chorar.
Que Deus te abençoe, minha querida e nos traga o teu espírito no gorjeio de um pássaro à chuva, que teima em olhar para o céu…
Vóny Ferreira
Nota: A Susana morreu no dia 25 de Janeiro, com 32 anos,vítima de um AVC.
Será hoje o seu funeral às 11h e 30m
Como mãe igualmente de um único filho não encontro palavras, Isabel.
Nem num abraço muito apertado existe qualquer consolo! Fica apenas esta singela homenagem a ti como mãe, e à Susana.
O céu receberá hoje mais um anjo!
"banho de humildade"
Com que voz se pede desculpa, quando há que pedir desculpa? Qual a sonoridade pretendida, se nos precatamos que não há câmara acústica que nos suavize a voz? E se persiste em nós, o ruído imenso de nos sentirmos sós, com que voz?...
O Vendedor de Ilusão
Ele havia sugado tudo o que podia absorver de sua vítima, deixando a vazia.
A confusão cresce quando fazemos a escolha errada
por falta de opção, conveniência, acomodação.
No final ficamos presos e despedaçamos corações.
Sei que é difícil dizer algumas palavras
(verdades), mas não queira viver enganado ou
enganando, fazendo infeliz quem lhe estende a mão.
Olhe se no espelho, caminhe sozinho até encontrar
a sua alma.
Não aceite ser um vendedor de ilusão!´
NÃO TENHO MEDO DA MORTE
Não tenho medo da morte
Nem tão pouco de morrer.
Tenho mais medo da vida
Que ela me faz sofrer.
Não conheço o autor.
Vem isto a propósito do poema sobre o que é ou não é a morte, do nosso ilustre poeta, Henrique Pedro, últimamente considerado e a justo titulo, o poeta do mês, a meu ver tardiamente.
Comentei esse poema, falando de mim, do que eu penso e não penso da morte.
A morte, não vos dizer nada de novo, é o fim natural de um ciclo, seja ele animal,vegetal ou outros.
É a única coisa que me consola. Ricos e pobres, ladrões, assassinos, carteiristas, oportunistas opulentos e muita escumalha que anda neste mundo, ninguém escapa e que eu posso considerar a única justiça justa que há neste Mundo.
Mas dizia eu falando de mim, que não tenho medo da morte, mas tenho medo de morrer.
E porquê? simplesmente por amor!
E porquê por amor? Porque amo muito, mas mesmo muito, a minha esposa, os meus filhos
e porque amo também muito a minha cadelinha.
Parece débil, não parece? mas não é!
Não querendo por os animais à frente dos humanos, sou obrigado a reconhecer quanto amor ela me dá.
Enquanto estive hospitalizado, segundo a minha esposa, ela passou os dias à varanda sempre virada para o lado do qual normalmente chego a casa e à noite ia se sentar defronte da porta de entrada à minha espera. Comer... pouco.
Quando regressei do hospital, fora de questão de dormir no seu ninho, mas sim comigo e contra mim.
Tenho a dizer, que ela é muito pequenina.
Depois e falando da minha esposa. Ando a sofrer só a pensar que ela fique sozinha.
Que se irá passar sem mim? terá ela força e coragem para enfrentar todos os problemas que se irão deparar?
Como vai ela suportar o desgosto de me perder? Sei quanto ela me ama. Eu sofro só de pensar.
Financeiramente, enquanto eu por cá andar não temos problemas, vai dando para viver.
Li o relatório do hospital e nada tem de animador, fiquei muito fragilizado e o tempo de vida é uma incógnita e depois ela não terá as mesmas possibilidades financeiras.
Por isso tenho medo de morrer, não tendo medo da morte.
Vou-vos parecer egoísta, com o que vos vou confessar mas não, é amor!
Eu preferia morrer depois dela, saberia assim que ela não sofreria com a minha morte.
Mantenho! Não é egoísmo, é amor.
A. da fonseca
apenas um texto
eu fiquei triste e escrevi isto:
Prepotência disfarçada
de superioridade
Insanidade declarada
Quando pensas que é tão bom
Oh! ser
Colocado no mundo
semelhante ao irmão macaco
Talvez alguns tenham vindo
sei lá de onde
Eu vim da minha mãe Jeanne
e de meu pai Robert
por Deus que tudo criou
A Palavra
Deixo as palavras. Assim sem mais… numa despedida inesperada e por isso talvez repentina.
Das palavras sobram os escudos com os quais me defendi. Outras vezes, das palavras se soltaram armas poderosas com as quais feri para não morrer…mas nunca quis matar!
Que resta agora? Não mais que um passado vivido e apagado.
Os castelos que construí estão habitados pela minha imagem segredada na minha ausência, as barreiras quebradas agora que não sou encontrada.
Os fundamentos são a terra que cobre o meu corpo, inerte, neste emblema escuro com que me escudo. Do silêncio solto energias invisíveis para os que amo, quero que nunca duvidem desse meu sabor. O sabor sentido com o corpo todo. A tempo inteiro. Mesmo que eu solte uma lágrima, de despedida, nada moverá a minha condição.
As palavras continuarão. Sem mim, mas continuarão.
Talvez o mundo tenha outro valor. Talvez a vida seja melhor. É no poder das palavras que gostava que encontrassem essa forma de amar.
Hoje fui de viagem à boleia do destino, fui em nome da mulher que ousei ser, para lá do Júpiter (que nem sei muito bem de qual parte, positiva – negativa) sem mais.
Ninguém saberá se voltarei, transformada de cavaleiro das touradas da vida ou de mero embaixador da paz apetecida e tão distante.
Se voltar, serei o expoente dos limites positivos ou o negrume dos incansáveis destabilizadores do universo. Se voltar, serei qualquer coisa que não consegui ser.
Resta-me a palavra. A mesma com a qual nasci, a que esteve juntinha a mim enquanto cresci e que agora se separa por quanto já não a precisar…
Deixo-a… como me deixo aqui, levada em prantos de não a ter explorado até aos confins do maior imaginário que existiu dentro de mim…
Parti!
Cassandra
A TODOS OS LUSO-POETAS
Caros amigos poetas e poetisas do Luso-Poemas.
Acabo de retirar o blog que eu tinha criado para evitar guerra de palavras no Luso Poemas, pois que um novo administrador (sabem que é) já começou a pensar de tomar medidas contrárias à liberdade individual, nada que eu não tivesse previsto pois que já tinha prevenido o Administrador para o que poderia acontecer.
Primeira medida tomada pelo novo Administrador, é a seguinte:
Aqueles que forem ao meu blog dizerem o que pensa, ela se encarregará dessas pessoas.
Não disse que se ia encarregar de reprimir aqueles que provocam constantemente no Luso, não ela não disse, não quero dizer que ela não o faça, até acredito que sim, por isso ela foi nomeada administrador e um administrador tem que ser imparcial.
Visto isto e como não gosto de prejudicar quem quer que seja, decidi de retirar o blog, mas peço-vos por não criarem polémicas no Luso que é um sitio literário que merece o respeito de todos e não só de alguns
Que ninguém se sinta superior a alguém e é já meio caminho andado para a paz no Luso.
Obrigado àqueles que acreditaram que era possível não insultar no Luso- Poemas.
Viva a Liberdade, o respeito e não à ditadura.
E viva também a poesia sã
Alberto da Fonseca