Sonetos : 

Um quase nada

 
Quisera eu não tê-la a toda hora
Qual a uma adaga, lâmina afiada,
A traspassar-me a crua e atormentada
Alma que em tortuoso cais ancora.

Cais da paixão, inóspita parada.
Casa onde a velha insegurança mora;
Onde atraco hoje, muito embora,
Já conhecesse há tempo essa morada.

O que me traz aqui erroneamente,
Senão a ânsia louca, obcecada,
Por esse amor que fere impunemente?

Deixo que a pena leve a uma estrada
Que me conduza à força onipresente
D’um sentimento vão... um quase nada.



Frederico Salvo


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FredericoSalvo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/10/2011 09:48  Atualizado: 11/10/2011 09:48
 Re: Um quase nada
Frederico, vejo que continua a criar excelentes sonetos! Parabéns pelo seu talento!

Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 11/10/2011 18:35  Atualizado: 11/10/2011 18:35
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: Um quase nada
Ler-te Fredy
é ter a certeza de encontrar qualidade literária.
Abraço


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/10/2011 23:05  Atualizado: 11/10/2011 23:05
 Re: Um quase nada
Belo poema! Parabéns!

Abraço

MÁRCIA ROSAS