A criança. A vida. A candura...
Como é bom ter uma criança...
Em seu esplendor!
Seja como for.
Não pode faltar amor!
Senão ficam tristes descolorindo
Seu mundo de sonhos.
Sonhos: sonhados,
Não percebidos por sua inocência.
A criança. A vida. A candura...
A ternura de ser inocente
Compara-se ao bailar das folhas
Tocadas pelo vento...
Ao nascer do sol, ao brilho das estrelas,
No desabrochar das flores – um rebento!
Impetuoso perfume da vida...
No sabor dos doces, mesclados de carinho.
Tê-las ou não tê-las no seu ninho?
Um sorriso divino – valioso tesouro,
Renova a esperança - inspira confiança!
Guarulhos, 08/11/2014 – Mary Jun
ESPERANÇA
Era uma vez...
Uma criança
Por nome Esperança!
Esperança brincava,
Sorria, corria e pulava.
Mas vivia triste, e triste
Era o seu sorriso.
Porque não enchia a pança!
Enquanto outras crianças...
Faziam festança.
Lambuzavam-se
E estragavam a comilança!
Estas crianças faziam assim:
Não porque eram más; mas
Porque os adultos não ensinavam
A dividir, a amar e pensar...
Nos por menores!
Esperança esperava um dia ter:
A mesma alegria e ser amada.
Quanto sonho de criança...
Tinha Esperança.
De encher a pança
E participar da comilança!
Ah, Esperança! Doce anjo...
Menino, menina, criança...
Doce bombom da infância!
Despertar
Voltar a ser criança.
Quem dera! Só pensar na brincadeira.
Sentar na cadeira tomar um café simplesmente correr para não perder um minuto sequer.
Balançar...balançar sempre, mais alto querendo alcançar o céu.
Oh céus tanta inocência!
Pega, pega, passa anel, jogar um bolão até chegar a exaustão.
Criança não cansa até o fim do dia pura diversão.
Hora de dormir depois de tantas peripécias adormecer.
Hora de sonhar com novas brincadeiras, fadas, duendes e, anjos.
Novos jogos velarão seu dormir.
Novo dia! despertar com alegria e...
começar.
Nereida
Tão enleada estava
Que nem percebi
Aquele que mais amava
Nunca me quis.
Nereida
O mundo dos sinais
Encerrado no teu mundo
perfeito e impenetrável
onde é difícil entrar
e interpretar os sinais,
desvendar os teus mistérios,
poder contigo brincar
Crias rotinas de vida
Que não deixas partilhar.
E finges que nem me vês.
No autismo dos teus sonhos
és um menino diferente...
Criança tão especial!
É na leveza das águas
que te soltas, que te entregas
às carícias de um amigo
que, apesar, de ser golfinho,
permites que te dê beijos
que agradeces com abraços
Conheces bem os seus sons
e respondes aos seus estímulos
com um sorriso rasgado
e captas as vibrações,
sabes sua linguagem,
com ele te comunicas.
A mim tu não te revelas,
sou só um simples mortal!
Maria Fernanda Reis Esteves
49 anos
Natural de Setúbal
Email: nandaesteves@sapo.pt
FESTA JUNINA (Poema infantil)
Ao João damos as mãos
Ao Antônio o coração
Pedro e Paulo emoção
Então vamos dançar
Estes dias festejar
Com animação e alegria
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Psique e Cupido
Tal encanto não se via, entre as belas era a mais bela mortal
Exaltada, em canções entoadas, tão linda não se conhecia
Usurpou a glória da deusa universal
Mas embora dona de tal virtude, não conseguia despertar nos homens, amor
E por um deus-monstro foi amada, o mesmo que a desposou
No alto de uma montanha, por um vento foi elevada, levitou
Tal encanto se quebraria, quando logo veio a descobrir
Pela luz das velas que luziam, que o marido que de beijos a cobria
Não era monstro, mas Cupido, o deus do Amor, que alegria!
Magoado com tal atitude, o deus logo se indignou
_ Psique, é assim que retribuis o meu amor? - perguntou
O castigo foi perdê-lo, e pela sua desconfiança chorou
Correu ao templo, desesperada, aos deuses todos implorou
Pelo perdão de seu marido, que revoltado, o negou
E assim desconcertada, quando nada mais esperava, se animou
Cumpriu suas tarefas divinas, e com asas coloridas, amou
Cupido, solitário, não mais suportou viver sem a amada, e perdoou
Retirada de seu sono pela ponta de uma flecha, despertou
Por tais feitos, suplicantes, um deus a tornou imortal
O que começara duvidoso, por fim perpétuo se tornou
Unindo o casal para sempre, em laços inquebráveis de amor
E da união de tais seres, na forma de uma criança
Nasceu logo uma esperança chamada Prazer
Que bela visão, celestial imagem, pura essência de viver!
NÃO FUI MENINO PERALTA
NÃO FUI MENINO PERALTA
Não fui menino peralta...
A inapta velhice
Na estultícia da noite alta
Agora, bem agora
Lembra, sem matriz,
Aquela peraltice
Das tolices
Que não fiz...
Justo ela, a manha,
Aquela entranha
Que por ora me falta...
Ter sido obediente
: A desobediência
Mais casmurra e burra
Da inteligência
Daquele menino tão paciente
Sentadinho à beira
Da calçada da rua
Eu estou por aí...
Estou por aí, a espera de um doce...
Me dê um doce de vida, que eu te dou o sol que brilha, que brilha no meu peito, aguardando acolhida.
Somente a comida é que enche a barriga.
Não a comida que eu faço, essa é pra não morrer de tédio, durante o caminho que faço.
Quero comida feita por mãos de Alice, Branca de Neve ou Bela Adormecida.
Porque na caminhada, não encontrarei com o Homem de lata, nem Anões, nem mesmo uma Bruxa pra me furar com uma agulha.
Sei que parece delírio tudo isso.
Tem momentos que parece que flutuo em minha própria mente.
Mas mente de criança, não tem delírios...
Tem dias de vida, sem se misturar com a desgraça de caminhos entrelaçados de vícios obscuros, que de dia, tem rotina pousada na sequência que desagrada a alma bandida...
E de noite, tem pausa, que sem querer, mas desejando o infame, se solta em uma roleta russa sem nome, pra poder da conta de sua fome.
Acho que fome de crescer, entender, de ter sem se arrepender...
Mas é que voltar a ser criança enquanto passo pela vida sem saber a andar por onde...
Ajuda a estar por aí, sem me acusar de não mais está engajado em ser apenas o que a vida me trouxe até aqui...
Se não o peso é grande...
E não suportarei a mudança de sair de uma vida de esperança, pra fazer o mundo girar ao redor de mim.
Mas principalmente ser criança na inocência da estrada que mora dentro de si, e não nos caminho que vejo em minha frente, e que decido escolher, mesmo que me leve a sofrer.
Mas assim mesmo estarei por aí...
As vezes ao vento...
Sem me arrepender de sair da casa que morei quando criança, e que me traz tantas lembranças, de quando não tinha nome de gente, apenas um apelido que dançava conforme a música e o tempo...
Mas que não imaginava que em um simples dia, um belo nome eu seria, cheio de mistérios, e que se misturou em um mundo de cheio de velhos...
Só que seria bom se fosse os idosos, mas só os que trouxeram sabedoria em suas costas surradas...
Só que não são os idosos não, é um povo egoísta em sua jornada, caminhada...
Que estão por aí...
Sofrendo e fazendo o outro sofrer!
Simples assim.
Antonio de J. Flores
Uma reflexão com uma pequena homenagem ao ser criança!
SER CRIANÇA É...
“Criança feliz se conhece no olhar
Em suas atitudes sem medo
Em seu sorriso espontâneo
Em seu olhar transparente”
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(Cresce e aparece)
No mar da minha poesia
navegaste teu olhar
mergulhaste teu coração
procuraste uma palavra
um ponto final,uma reticência
algo que te indicasse bem no fundo
do meu ser,o sentimento ansiado
mas,meu sentimento mais puro
eu guardo bem profundo ,no meu âmago
bem juntinho à criança que ainda existe em mim
talvez um dia quando amadureceres mais um pouco
vejas à deriva o que agora te passa despercebido.