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era glacial

 
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vestia-me frio de gravata e terno
saindo cedo, voltando descrente
turbilhão de rotina, semente
da desilusão com amor fraterno

fiz-me gelo dentre fogos soberbos
impassível e impassionalmente
congelando falas mansas dementes
queimando mais que o fogo do inferno

já não sinto-me preso ao inverno
os dias correntes são todos quentes
quedo-me em lépidas várias torrentes
por teu colo fremente e terno

 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/10/2012 15:09  Atualizado: 21/10/2012 15:09
 Re: era glacial
*Gostei imenso do que não está explícito na escrita, mas sim implícito no sentimento exposto nas entrelinhas.
Gosto disso.
E o 'gelo' também arde...
Entre frios, aconchegos e quenturas...tua palavra alcançou-me.
Um abraço de admiração
Karinna*

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/10/2012 15:35  Atualizado: 21/10/2012 15:35
 Re: era glacial
Gelo entre fogos soberbos: eis o poema! Gostei muito desse paradoxo.
Abraço.

Enviado por Tópico
SoniaNogueira
Publicado: 21/10/2012 20:48  Atualizado: 21/10/2012 20:50
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Usuário desde: 31/10/2007
Localidade: Brasil
Mensagens: 624
 Re: era glacial
Discreto e sensual no aconchego das palavras.
Belo. (Na sintonia do teu cantar eu disfarço,
na ordem direta, seria, no Soneto Inacabado)Abs.

Enviado por Tópico
fotograma
Publicado: 21/10/2012 22:44  Atualizado: 21/10/2012 22:44
Colaborador
Usuário desde: 16/10/2012
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Mensagens: 1473
 Re: era glacial
agradeço seus olhares

entendi, Sonia