Poemas : 

Simples vultos...

 
Simples vultos...
 
Simples vultos...

Vultos de betão, ou não, que se erguem.
Sombrios uns, outros tão... iluminados.
Almas que se enclausuram em suas entranhas
os têm como tetos de proteção... fechados.
Uns os cuidam como seus senhores,
alimentam-os de luz, paz e alegria...
Outros os deixam sem norte e à morte,
na falta de vida, em lenta agonia;
na falta do cuidado que anseia... a sorte.
Escorrem nas paredes lágrimas dos céus.
Entranham-se e agarram-se sedimentos,
alimentos dos verdes que se fazem escuro,
que crescem e sobrevivem na sombras.
Ervas que eclodem alimentando-se do nada:
Do nada que cuidam de suas paredes;
Do nada que querem seu brilho... luz;
Do nada que almejam essa alegria que trás vida.
Edifícios feitos de nada (afinal) para alguns.
Sonhos de tantos em tantos ou nenhuns.
Perdidos e abandonados... revoltados
Lascas que caem, fissuras intratadas
em corpos, uns vivos outros mortos,
apenas cobertos por pinturas velhas,
em simples vultos... almas abandonadas!!



Rodrigo Lamar
23/05/2013

Open in new window
 
Autor
rlamar16
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1306
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/05/2013 15:38  Atualizado: 25/05/2013 15:38
 Re: Simples vultos...
um olhar original sobre os edifícios que dão alma a uma vila ou uma cidade. bbelo poema, Rodrigo. parabéns cascalenses.


Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 28/05/2013 19:34  Atualizado: 28/05/2013 19:34
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: Simples vultos...
Poeta Ro
Bela visão! Gostei imensamente!
Abraços!
Janna