O Deus Que Habita Em Mim!
O Deus que habita minh'alma,
Vem da aurora dourada
Com seus raios vivificadores
Que renovam as Esperanças e a Fé
Para um novo dia...
Vem dos lírios dos campos e
Dos jardins floridos...
Vem do crepúsculo do Sol com
Seu espetáculo de cores douradas
No horizonte...
Vem da noite enluarada
Com suas estrelas brilhantes,
Reluzentes, estrelas cadentes
E sua Lua encantada...
O Deus que habita minh'alma,
Vem do divino orvalho
Da madrugada
Com suas gotículas prateadas
Caindo sobre as flores delicadas...
Vem do lindo azul do mar,
De toda à natureza,
Das matas verdes e igarapés,
Cachoeiras e do lindo
Canto dos passarinhos
Como o canto do rouxinol e
Do bem-te-vi...
Vem dos Salmos de Davi....
O Deus que habita minh'alma
É o Deus do Amor, da mística rubra flor,
Do peregrino e trepidante beija-flor,
Dos nobres sentimentos
E enlevados pensamentos...
Vem da chuva que faz brotar...
Vem do místico arco-íris
Com suas cores sutis...
Vem da melodia
Da inspirada poesia...
Enfim, o Deus que habita em mim
É o mesmo que está em toda parte,
Em tudo e em todos,
No meu e no teu coração,
Somos filhos da mesma criação,
Do mesmo Pai Criador,
Portanto, somos todos Irmãos,
Filhos do Amor!
Elias Akhenaton
Chora pequeno coração chora
"Chora pequeno coração, chora"
I – chora pequeno coração chora
Deixa-te enternecer nesse gentil carinho
nessa formal aglutinação de fraternidade
nessa homenagem ao amor já emprestado
comove-te e deixa-te chorar baba e ranho
Suspira na alegria e deixa a boa surpresa fluir
respira fundo e enleva-te nessa gratidão
que nunca sentiste por esse doce carinho
é a hora de receberes do que tanto deste
Nos olhos bem abertos as lágrimas tilintam
prestes a jorrar numa cascata de gratidão
todo o carinho que sentiste e foi surpresa
o que para ti era normal dares, recebe-o agora
II – chora pequeno coração chora
Eu sentia todo esse amor em minha volta
e identificava apenas a existência do que dava
nunca sentira qualquer retorno ou gratidão
e tudo isso eu achava normal e coerente
Mas veio esse terrível dia tão assustador
que eu nem supus conseguir ultrapassar
por esses medonhos mal estares, um inferno
o coração trepando todo pela garganta
quase conseguindo sair pela boca fora
A alma já de perninha de fora da janela
a respirar tão dificilmente, e eu patinava
pensava e despensava no desespero de um
orgulho magoado e quase fui fazer asneira
III – chora pequeno coração chora
Mas o Sol brilhou e eu entreguei tudo a Deus,
sem qualquer esperança em poder sobreviver
sim, porque eu agora posso contar:
o quanto estive tão demoradamente doente
E como pensei não voltar a falar ou a escrever
sofri tanto que tive de desistir de viver e amar
e desistir é algo de muito grave para mim
e foi o que envergonhada me vi obrigada a fazer
Mas, e porque haverá sempre um mas
sobrevivi após uma, duas, três, quatro noites
sem dormir, mas em que repensei todas as ideias e
deixando o coração chorar toda a sua imensa tristeza
eu descobri o de sempre, o óbvio, o natural em mim
IV – chora pequeno coração chora
Porque eu quero viver, e até nem sei ficar quieta,
então bora lá sacudir as penas, fazer-se viver
e deixar-se nascer novamente, qual belo cisne
flutuando num lago, todo ele feito de esperança
E amar, porque é de amor que eu preciso e
há que semeá-lo por todo o lado para que nasça,
e para que exista em todos os outros corações
em toda a parte e a toda a hora em que respire,
Limpando todas essas lágrimas de emoção, pelo amor e pela fraternidade bonita que hoje eu recebi.
Lisboa, 11 de Janeiro de 2017
Maria
Para as minhas amigas: Isabel, Catarina e Maria de Fátima.
Assim me retrato
Já deixei escrito
tudo o que sinto.
Em cada poema...
No canto que ensaio,
solto a emoção
com que embargo a voz,
assim me retrato
em cada momento
procuro na vida
as cores e os sons
do encantamento
E esqueço o tempo
que por mim vai passando,
fantasio sonhos
que albergo na alma
que não tem idade
E quando eu morrer
não quero que chorem
só quero que os rios
sigam o seu curso
que as aves entoem
hinos de esperança
que as flores despontem
em jardins perfumados
e eu morro feliz
porque sei que os anjos
me virão buscar
Maria Fernanda Reis Esteves
48 anos
natural: Setúbal
INCREDULIDADE DE FÉ
INCREDULIDADE DE FÉ
De tão crédulo
Acreditava piamente
Na incredulidade.
Não era uma questão de filosofia,
Nem de proposta de vida,
Mas, sim, de fé.
Ó Maria!...
Ó Maria!...
Senhor! Eis-me aqui, no pé do teu altar,
Numa devoção – oração...
O que pode fazer o homem?
Quando subo para ti em adoração – elevação...
Mesmo com os vendavais!
Satanás rugindo – como fera!
Zumbindo. Mentindo..., fingindo...
Mas, não é meu norte. Pensa: ser forte!
Entretanto, clamo ao meu Senhor...
O céu se abre para mim. Assim:
Acende vigor. O clamor..., Vem o favor...
Então, sai de mim – treva íntima;
Duvidando. Intimidando... , Numa constante!
Ora, quem fez o céu; o verde-mar?
Os pássaros que vivem planando no infinito céu?
As flores, florestas o vento que nos faz sonhar?
O sol que aquece a terra a lua que a faz alumiar?
... Nessa hora penso: quem fez nascer de um ventre
Um ser vivente que nos faz sorrir por ser tão dócil!
Torno-me criança; livre das feras tudo são festas.
Sem peso n’alma, calma cheia de paz...
Verdade que satisfaz!
Movida pelo Espírito Santo...
Uma voz brada dentro de mim!
Aviva, a tua fé. Ó Maria!...
Homem sem fé e sem religião
Não acredito que Deus tenha comunicado com aqueles que disseram que "sim, subimos ao monte e ele falou connosco, porque somos especiais, mais ninguém tem esse privilégio..." e que, com base nisso, falaram e/ou escreveram em nome de Deus.
As religiões que tiveram um grande sucesso, com base nisso, são uma ousadia política que funcionou, apesar de tudo, mas isso é colateral ao facto de serem falsas.
Se acredito que existe Deus, sem saber o que isso seja, é no que está por detrás, oculto, que manobra, o relojoeiro que fez o relógio.
Mas não compreendo por que é que ele não diz nada e nunca se manifesta a favor de nada, ou contra nada.
E, assim, não acredito no Deus das religiões, não acredito que a palavra que dizem ser de Deus seja a palavra de Deus.
Deus não tem palavra. E não me venham com a Arca da Aliança.
Acredito num Deus que não conheço e que não comunica com a humanidade, mas que tem todo o poder e todo o saber, ignorando nós porque não os usa da forma que nós compreenderíamos.
É estranho, tão estranho, que não acho racional crer que exista.
Sou, assim, um homem sem fé e sem religião.
Onde é o meu céu?
Visto-me de tédio…Escolhi a cor cinza
Inóspita escolha, num dia em que a alma,
masoquista, rejeita sentir-se confortável
Absorta no vácuo da imensurável letargia
Antevisão de uma neblina anunciada
Sou eu a nu feita de imbecilidades
Quebro-me em silêncios marginais
Medito a fé em pele de galinha
Escrevo um poema curto e ateu
Sempre que questiono onde é o meu céu
Ou tento perceber a minha relação com Deus
Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
nandaesteves@sapo.pt
Raios mentais
Deus é a força
que reside dentro de nós.
Não são precisos templos
para demonstrar a nossa fé.
Saiba usar o poder da mente
para atrair coisas positivas,
para se conectar com o Universo,
para sentir-se parte do todo...
Centre-se no seu eu mais profundo
e capte os raios mentais
que emergem dele
São o Sol que nos aquece
Confie nele!
Jogue fora ideias negativas
Pense sempre: Eu sou capaz!
Crie à sua volta uma aura de amor
paz e benevolência
Verá que no seu lar nada faltará
A saúde abundará
e os amigos florescerão
Um ano de 2009, pleno de Amor, saúde e Paz para todos os Luso-Poetas
Maria Fernanda Reis Esteves
48 anos
Natural: Setúbal
Email: nandaesteves@sapo.pt
“Mergulhar sem medo”
Nas avenidas dos meus versos um desfile ameno
De palavras sutis camufladas em sinistra apatia
Que despretensiosas transportam doses de veneno
Impregnando os breves instantes de fé e alegria
Juro... Quero os medos deixados num canto qualquer
O som dos nossos risos nos cômodos do coração
O se ao ouvido o som da sua voz diz: Minha mulher
Mergulho sem temor, ainda que precoce relação.
Quero teus gestos febris e insanos, me tirando o chão.
Flutuar, ao sabor do seu beijo que provoca loucura.
Permitir-me os riscos que envolvem essa paixão...
Deleitar-me no calor do teu peito, que é só ternura.
Seguir leve absorvendo esse sentimento inusitado
Gravar nossa historia, nesse olhar compartilhado.
Glória Salles
-Registro na Biblioteca Nacional
-Ministério da Cultura
-E.D.A. —
No meu cantinho...
BRILHA QUE TE QUERO LUZ* (Rondel Inédito!)
BRILHA QUE TE QUERO LUZ*
Mostrando uma forma segura, num jeito de céu,
Deposito em Tuas mãos o meu grande segredo.
Saio da solidão Te conto meus sonhos, tiro véu,
E em Ti me abandono no mais supremo enlevo...
Entre olhares vejo as cores da terra, arvoredo,
Brinco de ser criança descobrindo pote de mel,
Mostrando uma forma segura num jeito de céu
Deposito em Tuas mãos o meu grande segredo...
E Te encontro aqui, neste lugar, meu menestrel,
Meu mundo era estranho e convulsivo degredo.
E tudo o que me valeu foi um destino e o papel,
Às vezes de escrita aberta, nos signos do medo,
Mostrando uma forma segura, num jeito de céu...
Ibernise
Indiara, (Goiás,Brasil), 16.01.2009.
Poema inédito nesta data.
*Núcleo Temático Filosófico.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.
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CONVITE
Você está convidado a participar do ciclo poético consagrado aos 7 Pecados Capitais:Um projecto Lusofono.Serão sete ciclos iniciando pelo pecado: Vaidade.Mais informações em:
http://ciclosdepoesia.blogtok.com/
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