umas vezes, gosto das palavras silenciosas
aquelas que se passeiam no meu pensamento
timidamente,não vá alguém adivinhá-las
outras vezes gosto delas ruidosas
ásperas, sangrando verdades
de suas veias inusitadas
fechando o sorriso de quem as ouve,despeitadas
outras vezes gosto delas perfumadas
essas que falam de amores
de flores, dos poetas sonhadores
e aquelas embaciadas, que muito falam
e nada dizem
essas dos discursos turbulentos
que a língua obedece,
mas quase nem as consegue articular
mas,as do caderno de rascunhos
são as de minha eleição.as que nunca me abandonarão
sempre lá estarão esperando uma qualquer inspiração.
ana silvestre