Resenhas

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares da categoria resenhas

Autores se juntam, em três livros, deixam a literatura como legado entre gerações.

 
A semelhança e a dessemelhança como convergência criativa nos Entre-textos, de Luiz Otávio Oliani

Por Alexandra Vieira de Almeida
Doutora em Literatura Comparada

Autores se juntam, em três livros, deixam a literatura como legado entre gerações.

O princípio criativo de Luiz Otávio Oliani se espelha em duas metades desiguais, mas que criam a partir delas a complementariedade necessária à complexidade do literário. Como a junção entre a clarificação e o assombreamento, as linhas tênues divisórias dos três volumes se ampliam em dois vieses. O primeiro volume caminha pela solidificação de outros instantes. Ele complementa com seus poemas já existentes nos seus três livros anteriores a intertextualidade necessária que une momentos que pareceriam distantes à primeira vista, por não se ter o propósito de recriar o que já era visto.
Como fotografias luminosas, os textos se dedilham como invenções livres, mas pelo toque intuitivo do poeta Oliani, elas se consagram pelos instantes em que os versos se pacificam pela luz da clareira, como numa floresta de sentidos luminosos, em que os poetas convidados para o diálogo se sentam em círculos de criatividade e ampliação de suas histórias no meio do fogo original. É de originalidades que se metamorfoseiam estes textos claros como a luz dos astros, não no sentido de facilidade, mas de iluminação dos leitores que diversificam suas leituras pela pluralidade de sentidos que explodem como planetas em festa.
Neste primeiro momento dos Entre-textos, Oliani se entrega ao culto da congregação solar. A clarificação dos textos de outros autores se dá pela ampliação dos significados que o poeta Luiz Otávio Oliani sublinha com a caneta dourada, ou melhor dizendo, com as teclas internéticas de ouro de sua voz reflexiva e intelectiva que não margeia os contornos fáceis da rede internética. Começando por ela, seus versos e dos autores convidados criam um erótico jogo entre texto e hipertexto, entre papel impresso e papel digital. Faz de seu livro, uma explosão extasiante de sentidos que se alargam além dos horizontes possíveis: eis o significado do texto literário.
Em um segundo momento, de sombreamento, Oliani nos volumes seguintes dos Entre-textos (2 e 3), tem a intenção criativa de trabalhar arduamente sobre os escritos dos autores. Ele cria novos textos, mas com o sentido diverso deles, como o outro lado da moeda, ou melhor dizendo, como a negação da forma anterior, não para lhe fazer frente ou duelar como numa guerra parodística desnecessária para produzir mortes literárias. Ao contrário, os entre-textos seguintes criam uma sombra necessária onde antes era sol para batizar o avistamento. Opondo, com seus títulos até contrários, recria o texto anterior com olhos olianescos. A oposição não é para superar o texto que lhe serviu de mote, mas para construir uma complementação à unidade da vida.
Costurando o véu com linhas escuras, Oliani perfaz a coincidentia oppositorum que encontramos na filosofia pré-socrática, sobretudo Heráclito; cria o semelhante no dessemelhante, e o dessemelhante no semelhante, como máscaras que reúnem duas cores: o branco e o preto. A veste não é estilhaçada ou remendada, é de duas cores que se multiplicam na pluralidade dos significados complexos e multicoloridos. A paz aprazível é esmiuçada na congregação de autores que não seguem um fundo preestabelecido, mas algo fluido e movente como as ondas do mar.
Num dos Fragmentos de Heráclito, temos: “Não compreendem como o divergente consigo mesmo concorda; harmonia de tensões contrárias, como de arco e lira.” (PRÉ-SOCRÁTICOS, 2000, p. 93) Neste sentido, a proposta brilhante de Oliani se dirige para esta convergência de contrários que se realiza no diálogo, não buscando seguir a via tradicional de divisão cerrada entre pares opostos, no estruturalismo fácil e na lógica binária conceitual. Os Entre-textos de Oliani, magnificamente, acendem fogueiras, mas também apagam as luzes, para que o segredo do literário se faça como comunhão de contrários, entre os textos e entre os poetas. Textos e poetas, uma festa para os leitores ávidos pelos sentidos que se ampliam a cada nova leitura destes volumes em forma de arte, da arte mais rica e significativa como numa labirinto de luz e sombras. Estes livros deixarão uma marca na história da literatura brasileira, marca que requer um olhar agudo e crítico de seus leitores.

O autor:
LUIZ OTÁVIO OLIANI nasceu no Rio de Janeiro e é graduado em Letras e Direito. Como poeta, está em 100 livros coletivos nacionais e alguns estrangeiros, além de 500 publicações entre jornais, revistas e alternativos. Tem poemas publicados e vertidos para o inglês, francês, italiano, holandês, espanhol e chinês. Atuou na Revista Literária Sociedade dos Poetas Novos, SPN, de 2000 a 2003, tendo entrevistado grandes nomes da literatura brasileira. Recebeu mais de 70 prêmios literários. Em 2011, foi citado como poeta contemporâneo por Carlos Nejar no livro “História da literatura brasileira: da Carta de Caminha aos contemporâneos”, SP, Leya. Teve obra poética estudada em projeto acadêmico na Faculdade de Letras na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Publicou seis livros de poesia: "Fora de órbita", 2007; "Espiral", 2009, "A eternidade dos dias", 2012; “Luiz Otávio Oliani entre-textos”, 2013; “Luiz Otávio Oliani entre-textos 2”, 2015 e “Luiz Otávio Oliani entre-textos 3”, 2016.

Email do autor para contato
oliani528@uol.com.br

Fonte: Divulga Escritor
https://www.facebook.com/DivulgaEscritor/
 
Autores se juntam, em três livros, deixam a literatura como legado entre gerações.

A morte e seus mistérios com a autora Astrid Cabral

 
Por Alexandra Vieira de Almeida
Doutora em Literatura Comparada (UERJ)

Tenho um livro de contos à mão ou seria melhor uma obra de cantos? Os textos de Alameda constroem o rico jogo textual com a morte. A face do ser percorrendo os labirintos da vegetação, suas emoções, medos, receios, frente aos limites do mundo à sua volta ou às próprias desditas do homem, que corta como lâmina o brilho da natureza. Cultura e natureza, ser e vegetação, os mundos que se intercalam, sem se saber quem ou o quê fala, a humanidade ou a natura. A simbiose homem/natureza nos serve para adentrar o universo dos limites. Emily Dickinson era mestra na arte de discursar sobre a morte, que como deusa destruía tudo o que nos era amado e conhecido. Aqui, em Astrid a memória vegetal da morte, suas reminiscências vislumbram o que era pleno e habitado pelos cantos líricos das plantas, de seu mundo belo e poetizado, um Paraíso longínquo a servir de morada para este reino vegetal: “Mudaria em definitivo para o jardim do VERDE ETERNO, onde encontraria, na alameda condigna à sua espécie, um canteiro perpétuo”.

O canto dos vegetais é um percurso, um diário de suas lamentações, que mescla a voz do narrador ao da natureza, é uma tentativa de ultrapassar a morte, seu limite orgânico e necessário. O objetivo aqui é essencializar a vida, já que esta é obscurecida pela morte. Os cantos ou contos deste livro espetacular são forças vegetais que buscam o consolo da perenidade que a literatura pode proporcionar. Nos versos de Dickinson, temos: “Não nos atraem os Enigmas/Que pouco nos escondem - /Nenhuma coisa está mais morta/Que a surpresa de Ontem –“ As plantas querem sobrepujar o inelutável destino que lhes compete através desta memória de outras eras, que está inscrita nas suas formas. É triste o canto destas espécies como é triste a dor do ser em despir-se da vida para conquistar a morte – seu medo mais apavorante. Um vaso que cai com a planta ou a enxurrada das águas ou o vento, a pisada dos homens levam os vegetais para este limite que é uma agressividade à sua memória do futuro, um devir para a perenidade, que por estar além, apresenta-se aqui como uma utopia vegetal como são todas as utopias do homem, fadadas ao fracasso. Esta palavra, fracasso é o que define este universo frondoso das flores, árvores, plantas e todas as espécies do mundo vegetal.

O título “Alameda” se oferece como caminho para a eternidade, um percurso para a imagem salvífica de algo que enfraquece as bordas e círculos do vazio, a morte. A literatura serve como desafio a esta vida eterna. É pela linguagem, por seu canto lírico que o universo dos vegetais aqui em Astrid percebe que esta perenidade não é necessária e é só uma utopia desmentida pelos lindos cantos em prosa desta monumental obra de louvor à natureza, Alameda. No magnífico livro “De Orfeu e de Perséfone – Morte e Literatura”, organizado por Lélia Parreira Duarte, temos no texto de apresentação da organizadora uma reflexão sobre a morte e a literatura, como se aquela fosse necessária para a construção do imaginário poético: “Sendo realização do que é impossível experienciar, ela se localiza num espaço que é como o do rumor que precede as palavras e que se encontra em seus interstícios: é deserto e exílio fora da terra prometida, errância, algo sempre por vir.”

Percorrer os labirintos do universo vegetal parece-nos a sabedoria de uma voz que não se quer calar. Apesar da imobilidade e inércia deste mundo, como a escritora várias vezes salienta, é a mobilidade do mundo que o cerca que lhe dá o dinamismo necessário para suas revoluções, transformações e alterações, conduzindo a todos aos ciclos da vida e da morte. O homem altera o fluxo da natureza a partir de sua cultura, mas a natura responde com sua beleza e cânticos não transcendentais, mas mais do que imanentes. Aqui, neste livro de contos excepcional, temos o universo da vegetação como resposta à agressividade do homem, a delicadeza do vegetal se mostra como chuva, lágrima que percorre os olhos dos seres, a compreensão, dor e sofrimento de seu limite e da morte, que certeira transmuta tudo em vida artística, o belo no homem e na natureza, que aqui é transcrito a partir de belíssimos contos de Astrid Cabral, cantos à vegetação sempre presente na escrita, os papéis acorrentados de luto e introspecção.

A malha fina e sensorial deste livro fenomenal percorre as veias líricas das plantas e seu universo particular, criando a unidade e semelhança entre ser e natureza, os mesmos ciclos de vida, morte e renovação: “No prato, as sementes velam pela laranja desaparecida e se prometem em vão repeti-la dentro em breve”. Resta aos homens e aos vegetais se aqueceram neste fogo do renascimento, que retarda a morte e a memória, o limite que a própria vida em sua multiplicidade impõe. A escrita é uma forma de salvação, de renovação que a excelente Astrid Cabral nos ensina, nós leitores e apreciadores de uma das obras de contos mais belas que este Brasil já viu. Um livro que pertence ao canto órfico da superação da morte a partir da linguagem e da necessidade daquela ao seu esvaziamento e sentido. Nesta terceira edição de 2014 pela Ibis Libris, o livro Alameda, que foi lançado originalmente em 1963, ganha novo corpo com uma capa belíssima, orelha de Fausto Cunha, apresentação da prima da autora, Leyla Leong, que é tocante e bela, e análise crítica do saudoso Antônio Paulo Graça. Este corpo teórico maravilhoso percorre os fios das palavras de Astrid e instigam à leitura desta obra fascinante pelo corpo dilacerado dos vegetais.

Link para compra do livro:
http://ibislibris.loja2.com.br/4757639-ALAMEDA
Mais informações sobre a autora:
http://malabarismospoeticos.blogspot. ... ora-do-brasil-astrid.html

Divulgação: Assessoria de Imprensa Online Divulga Escritor
divulga@divulgaescritor.com
 
A morte e seus mistérios com a autora Astrid Cabral

"As sombras da infãncia" de Vony ferreira.

 
As sombras da infancia"
Este é um romance que fala dos afectos,das emoções,dos laços inquebráveis no passar do tempo,que se fazem no inicio das nossas vidas.Fala-nos do amor,da amizade pura.
Conta-nos também momentos de dor,dor psicológica,a dor da ausência,da perda,dos vazios interiores.
E através da personagem principal,Raquel,e das personagens secundarias,Joana,o sr Alfredo,o avô DA Raquel que este romance se desenvolve,queria também sublinhar o papel fundamental que teve na vida de Raquel,a professora primaria.Foi ela que despertou na Raquel a paixão pela escrita.Foi ela que a motivou,que lhe deu asas para continuar.Foi a força impulsionadora.
Raquel e o seu pequeno mundo,representam bem o Portugal dos anos 50/60.Filha de um pai ausente,que se encontra no ultramar,Coisa muito corrente nestes anos,por causa das colónias Portuguesas,e criada pela mãe e pelo avo.
O avô e um homem humilde,de grande carácter e honestidade,educa a neta e transmite-lhe valores morais que vão moldar a neta e dar-lhe sentido a vida.
A mãe,uma mulher um pouco amargurada pelas forças das circunstancias,falta de dinheiro,de condições de vida,do marido,trabalha arduamente para que Raquel não sinta falta de nada.
E Joana que aparece na vida de Raquel e vai marca-la para sempre com uma amizade profunda unida por laços emocionais,psicológicos e espirituais.
Esta é uma historia que nos transporta as nossas próprias memorias,ou ao que resta delas,aos nossos sonhos,as nossas amizades,a tudo aquilo que nos moldou,que nos marcou.As nossas próprias"Sombras da infância"

Pequeno comentario sobre o livro de Vony Ferreira."As sombras da infancia"
 
"As sombras da infãncia" de Vony ferreira.

Faroeste Caboclo - Resenha do Filme

 
[font=Impact]Faroeste Caboclo- O Filme- Resenha

No filme Faroeste Caboclo diversos elementos nos aprisionam a trama do início ao fim. Um longa metragem brasileiro que repercute bem o momento social e político atual e surpreende também na inovação por apresentar um gênero dramático, pouco comum entre os filmes produzidos no país, e que perpassa o policial e o western, cuja trama é baseada no sucesso homônimo de Renato Russo - Faroeste Caboclo composta em 1979 e lançada apenas em 1987.
Como trama central os antagonistas, João de Santo Cristo e Jeremias disputam o coração da menina de classe abastada, Maria Lúcia, e os revezes da sociedade onde predomina o tráfico de drogas e de influência, corrupção, alienação, discriminação e preconceito. No contexto exibem sentimentos os mais complexos, como os de João, que fazem com que o personagem embrutecido transfira o ódio que sente por Jeremias para cada um dos espectadores que se emocionam e sofrem com tantas atrocidades e injustiças cometidas. Entre outras nuances, é uma grande história de amor, fadada a tragédia esperada do final, no filme uma cena de faroeste que arrebata.
O filme não é a transcrição exata da canção, mas transita através dela e nos oportuniza licenças do diretor estreante René Sampaio que incrementam toda a história. Na película o aflorado lado poético, religioso e exotérico de Renato Russo, impresso nas canções, é suprimido, e o sofrer do personagem João de Santo Cristo é visto ali às claras, e juntamente com ele seguimos a via crúcis até o final, em silêncio, com aquele nó na garganta que a violência, a truculência nos impõe.
Inicia no sertão da Bahia, na cidade de Santo Cristo, mas Brasília é o palco principal, as cenas na maioria são em tons terrosos, ocorre em uma ambientação bastante envolta a poeira, barro, como nos velhos faroestes. Cenas projetadas do ponto de vista do olhar do protagonista, também nos remetem ao cerne de um temível desejo de vingança, contido nos antigos filmes western. No mais se vê Brasília entre luzes das festas regadas ao branco e exagerado pó da cocaína.
Há cenas em que são tocadas e mostradas músicas da época como “Tédio e Até quando esperar”, da Plebe Rude. Mas o Hit “Faroeste Caboclo” é o prêmio do final quando é executada na íntegra durante os créditos, vez que o filme tem vida própria e se desenrola magistralmente sem precisar da música homônima ao fundo.
É de fato um presente aos apreciadores dos bons filmes, uma estreia do diretor René bastante festejada, um grande avanço para o cinema brasileiro, uma realização digamos assim de um desejo de Renato Russo que quando compôs a música a escreveu em forma de roteiro, para o futuro. Um final arrebatador, para uma película que se propõe mostrar a dura história de João de Santo Cristo (Fabrício Boliveira), Maria Lúcia (Ísis Valverde) e Jeremias (Felipe Abid), personagens da canção que viveu e vive até hoje no imaginário coletivo do povo brasileiro.

Digno de ser apreciado. Até o final quando rolam os créditos e ficar escutando a canção inteira, pensando, refletindo, chorando...
[/font]
 
Faroeste Caboclo - Resenha do Filme

Non ti muovere - Não se mova

 
“Não se mova” é um filme de Sergio Castellito, baseado no livro de Margaret Mazzantini. O filme mostra o encontro de duas almas, que se reconhecem além da superfície da beleza e dos moldes sociais que os circundam e vivem uma paixão violenta. A história se desenvolve em torno das lembranças de Timótio, quando sua única filha sofre um acidente de moto e fica entre a vida e a morte.

As personagens centrais possuem mundos diferentes, mas igualmente distorcidos. Itália é uma simples camareira de hotel de aparência mal cuidada, o que a torna feia, que vive no subúrbio da cidade e possui uma vida solitária e cheia de traumas. Timótio é um bem sucedido cirurgião, casado com uma bela mulher, que encontra no amor de Itália um refúgio para seus problemas íntimos. Sua vida é um círculo imperfeito cheio de rasgos e borrões, e nela, se vê preso e sufocado dentro de uma vida supostamente perfeita. O amor do casal é cheio de dor e carregado de fortes acontecimentos. Não há muitos diálogos entre os dois. Nota-se que ambos possuem dificuldade em se expressar, deixando todo o sentimento fluir através do sexo desvairado.

Trilhando um caminho de dor, de alto-censura e de negação, Timótio vê a beleza submersa de Itália em sua triste face e frágil corpo. O comportamento de Itália emerge desordenadamente, transbordando paixão numa entrega abnegada. Itália não tem nada a perder, posto que já perdeu tudo. O seu amor por Timótio é como uma fenda de luz em sua vida inóspita. E ela, para Timótio, parece transbordar de seu próprio eu, cheio de defeitos, sofreguidão e dor.

Mas a dificuldade ou covardia de romper com padrões sociais, leva Timótio a afastar-se de Itália depois que ela faz um aborto e sua esposa fica grávida. Esse afastamento é traumático e dolorido, levando-o a reaproximar-se de Itália, que se encontrava mais frágil do que nunca. Nesse reencontro Timótio segue em uma viagem com Itália e resolve ficar com seu grande amor, mas no meio do caminho ela morre vítima do aborto que fez.

Voltando suas lembranças para a vida presente, Timótio vê o fantasma de Itália sentada na chuva em frente ao hospital e acredita que a recuperação de sua filha se deve à Itália.

A profundidade do filme se dá pelo olhar de Timótio à beleza oculta de sua amada, numa história contada de forma fragmentada; intercalando presente e passado, onde um homem se deixa despir de sua hipocrisia e disfarçada fortaleza. Há de se destacar o carisma da atriz Penélope Cruz que está irreconhecível no filme, sendo eleita melhor atriz no Prêmio David di Donatello e no Festival de Cinema Europeu. O filme prende o espectador do início ao fim, comovendo e surpreendendo a todo instante, fazendo-nos seguir as personagens nessa viagem de descobertas íntimas e terrivelmente doloridas.
 
Non ti muovere - Não se mova

Sonhando...

 
Era primavera...
o campo estava repleto de flores.

Os pássaros cantavam, denotando-se uma alegria
infinda.

Mas... de um momento para o outro, tudo se modificou!...

Foi um sonho, apenas, e somente, um sonho!...
 
Sonhando...

TODA POESIA (REUNIÃO) - APRESENTAÇÃO

 
Reunião de todas as poesias que estão em:
Primórdios – Primeira aventura no mundo da poesia (SP.: Clube de Autores, 2010) e Primórdios - Segunda aventura: poesias e contos experimentais (SP.: Clube de Autores, 2010).
Sendo a temática variada: Amor, Brasil, Deus, sociedade, natureza, liberdade, realidade, personalidades, etc.
Reapresento também os contos experimentais:
- O grande mistério;
- Um bailarino diferente...;
- Conto de felicidade;
- Anedota do pedreiro chinês e a flor.
Encarecidamente peço:
- Tenham, por favor, paciência com eles!
- São jovens, mesmo assim, são filhos!

Muito obrigado!

BOAS LEITURAS!
O Autor.

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ..................................04
PEQUENAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A POESIA..........05
SONETOS........................................07
SONHO DE POETA.................................08
A FAMÍLIA CAJU ................................09
SONHO DE AMOR .................................10
Anjo meu ......................................11
AMOR MATERNO.................................. 13
CINCO ESTRELAS............................... 14
MUSA ..........................................15
Por Ela ... ...............................16
VOCÊ .........................................17
És tu! ........................................18
Eu te amo .....................................19
Amor ..........................................20
ANJO MORENO ...................................21
ESTRANHO AMOR ..................... ...........22
INFINITO ......................................23
ENAMORADO.................................... .24
AFRODITE ......................................25
Sereia ........................................26
Pérola ........................................27
DECADÊNCIA ....................................28
PROCURA .......................................29
PROCURO-TE ....................................30
PROCURA-SE O POEMA ............................31
ADORMECIDO ....................................32
DESCOBRIMENTO .................................33
Saudades de um Brasileiro .....................34
Oração...... ..................................35
DEUS ..........................................36
FALSA VESTAL ..................................37
UIARA .........................................38
SOLIDÃO DA MORTE TRISTE .......................39
Um grito de natureza... .....................40
Tecido ........................................41
Palavras! .....................................42
O homem de várias faces... ................ 43
SÊ BEM-VINDO! .................................44
PRIMAVERA ....................................45
AUSÊNCIAS .....................................46
REALIDADE .....................................47
LIBERDADE.......................... ...........48
Sem palavras ..................................50
Meus pensamentos em ti ........................51
GÊNESIS .......................................52
SÊ... .......................................53
SOLIDÃO .......................................54
Sou eu! .......................................55
O que é o amor? ...............................56
NOVA MUSA .....................................57
Onde estão os limites do amor? ................58
POEMA (QUASE) CONCRETO ........................59
FIM ...........................................60

CONTOS EXPERIMENTAIS

O GRANDE MISTÉRIO..............................62
Um bailarino diferente........................ 64
Anedota do pedreiro chinês e a flor............67
CONTO DE FELICIDADE ...........................68

O GRANDE MISTÉRIO

Um dia, no cimo de uma grande montanha, um Santo Homem aproximou-se de Deus, trazia consigo muitas dúvidas, muitos mistérios, muitas indagações, necessitava de muitas respostas, mas uma entre todas tinha a sua preferência, não exclusivamente sua, mas de toda a Humanidade.
Uma dúvida que há muito nos aflige e tem estimulado aos sábios de todos os tempos: egípcios, hebreus, gregos e troianos, latinos e muitos que vieram depois (os alquimistas da Idade Média, os gênios do Renascimento, os Iluministas franceses) e agora, os teólogos modernos.
Embevecido com o magistral momento, o maior da raça humana, o Homem meditou, concentrou-se..., e finalmente, face a face com o Criador, o Magnânimo, o Pai Celestial, o Supremo Ser..., Nosso Senhor e Deus Todo Poderoso..., envolto e extasiado pela luz que Dele emanava, maravilhado com os clarins angelicais que anunciavam a presença do Senhor, o Santo Homem reuniu suas forças e perguntou:
- Senhor meu Deus - Quem somos nós? Por que estamos aqui? Para onde iremos?
Fez, emocionado pelo momento, as milenares perguntas, e como todo o restante do Planeta, aguardou calado...
A Terra parou totalmente: as águas cessaram as ondas, os ventos não foram mais aos moinhos, as tempestades calaram, furacões e tufões ficaram em silêncio, desapareceram os terremotos; os animais ficaram atentos e "as baleias não mais cruzaram oceanos"; o trânsito serenou; a violência se fez branda e pediu Paz; não houve Fórmula Um e o Senna não mais "pilotou"...; a sinfonia de todos os dias emudeceu; desapareceram as guerras; acabou a fome; morreram as doenças; exterminaram-se as Pestes; o especulador não especulou; os ladrões não furtaram, não roubaram, não mataram; o guarda não apitou; findaram-se as Drogas; ninguém foi à piscina, à escola ou ao trabalho; o trovador não mais cantou sua viola; o nenê cessou de chorar, as crianças pararam a algazarra; não houve mais protestos; o aposentado não foi ao Banco receber seus míseros proventos; as fábricas pararam as fumaças; ninguém procriou; os filósofos não racionalizaram; o sonhador não sonhou; os jesuítas deixaram de lado a sua pregação, o pastor não foi à igreja, o padre não se manifestou.
O Universo paralisou-se em silêncio..., todos aguardavam uma solução para o Antigo Enigma..., mas nesse grandioso momento, infelizmente, um distraído e sonolento ratinho branco, totalmente apático ao que estava acontecendo, guinchou chamando pela "mãe", e foi uma zoada só..., um barulho ensurdecedor..., e com o susto, tudo voltou ao normal. Nós perdemos a oportunidade de ter esclarecido esse Grande Mistério, e Deus?... Simplesmente evaporou-se aborrecido...
Ficou o nosso Santo Homem solitário no ápice da montanha.
E eu caí da cama!...

Um bailarino diferente...

Que a arte (ideal de beleza) tem como principal função retratar o belo (o que tem aparência agradável) todos sabemos, mas o que não esperamos é que junto a esse belo possamos encontrar também o feio (desagradável à vista)isto é, um misto de belo e feio nessa mesma arte. Não o feio repugnante que provoca arrepios, mas o feio tolerável, aquele que não deixa nojo, isento de piedade ou outro sentimento do gênero.
Em se tratando de beleza, principalmente na arte de dançar, ela está bem próxima, é muito expressiva, e, infelizmente, esse é o ponto de vista que está inserto em nosso inconsciente, essa é a idéia que faz parte do nosso psicológico, é dessa maneira que é feita nossa associação mental, embora sejam desconhecidas as origens de tal "conceito".

Leiam o que aconteceu numa tarde de domingo quando fui ao Teatro Nacional para assistir a um espetáculo de dança.

Entrei, e como de costume, sentei-me na primeira fila. Caminhava o bailado quadro a quadro, até que em dado momento entrou em cena um bailarino diferente..., diferente do tradicional; era jovem, vestia branco, glúteos enrijecidos sobre pernas torneadas por sessões de academia, piruetas acrobáticas, e apesar de total domínio na arte de dançar, de realizar de maneira confiante todos os seus movimentos, angariar aplausos e provocar frenesi a um público entusiasmado sendo aplaudido de pé..., um pequeno detalhe o diferenciava, escapava a tudo que estamos acostumados..., não possuía na face nenhum sinal de beleza, lembrava o tocador de sinos de Victor Hugo (*), em suma, era feio, muito feio.

Amanheceu... Estava muito excitado para prestar atenção ao relógio, saltou da cama, era o dia de sua apresentação no Teatro Nacional, por sua mente, quadros e mais quadros lembravam-lhe a aventura no mundo da dança, lutara por seus objetivos, vencera o cansaço dos ensaios diários, enfrentara o desafio da dedicação exclusiva, tivera muitas ausências em reuniões sociais...
Colocou todo material na bolsa (sapatilhas, a fantasia da apresentação, a caderneta que o acompanhava a todos os lugares) foi correndo para o teatro, chegou na hora da reflexão costumeira antes da entrada no palco, fez todos os preparativos enquanto seus colegas gritavam palavras de incentivo, ouviu seu nome ser anunciado, respirou... Entrou com elegância de movimentos, executou todos os passos de maneira correta, e como sempre, arrancou aplausos e, ao iniciar o retorno para o camarim, no exato minuto em que fazia mesuras de agradecimento, alguém na primeira fila chamou-lhe atenção, percebeu algo diferente..., um baixinho careca, usando óculos e barrigudo aplaudia com entusiasmo..., mas como era feio o tal baixinho!

Depois de algum tempo analisando o fato procurei por lições, infelizmente não estamos acostumados ao ocorrido, convivemos com a idéia clássica de que no BALÉ; entendido como coreografia apresentada ao público por diversos dançarinos, geralmente acompanhada por música; prevalece a imagem do belo, não sendo comum encontrar um fato como o acontecido e, como parte integrante da sociedade, fiquei surpreso com o jovem bailarino, mas além de aplaudi-lo com entusiasmo, desejo-lhe muito sucesso, pois, para o talento não existem limites.

(*) O tocador de sinos de Victor Hugo (1802-1885): personagem do romance Nossa Senhora de Paris (1831) traduzido para a Língua Portuguesa como O corcunda de Notre-Dame. Era feio e disforme, mas de bom coração.

Conclusão - Preste atenção ao expressar seu ponto de vista, ele pode ser o pensamento de outra pessoa, inclusive simultâneo.

Anedota do pedreiro chinês e a flor

Era uma vez um homem tolo e uma mulher travessa,
um pedreiro chinês, uma flor e uma construção no interior do País...

O homem não abriu os olhos, mas a mulher travessa abriu a flor...
O pedreiro chinês cheirou, durante longo tempo, a flor...

A mulher travessa virava massa uma vez por mês...

Até que um dia...

E assim termina a historieta do pedreiro chinês...

Quem gostou, leia mais de uma vez...
Quem não entendeu o sentido leia durante o mês...

CONTO DE FELICIDADE

Era uma vez um velho HOMEM maltrapilho, sujo e de longas barbas embranquecidas de tempo, e que vivia em uma espessa floresta de aspecto tenebroso...

(NÃO HÁ REGISTROS OU EXPLICAÇÕES PARA ESTE FATO...)

Mas, dezessete anos antes, ele era um nobre, rico e aventureiro, e podia ser encontrado bailando nos salões luxuosos e dourados dos palácios daquela época...

(MAS, FALTAVA-LHE TÊMPERO...)

Hoje, podemos observar um pequeno detalhe:

Ele encontrou a FELICIDADE...


SONETOS

SONHO DE POETA

Cantas tua musa e tuas verdades.
Tu és alegre, tu és sensível.
Queres para o Mundo: felicidades.
Poeta torne seu sonho possível.

Desejas para todos: liberdades.
Tu possuis idealismo invencível.
Sonhador... Artesão das sensibilidades...
poeta criatura indestrutível.

Defendas os valores cotidianos.
Que tua vontade dure por anos.
Canta o choro do coração fendido.

vítima flechada pelo Cupido.
Cantas para o Amor que não frutificou
da triste alma que o destino separou.

"Que ninguém doma um coração de poeta!"
Augusto dos Anjos (1884 - 1914)

A FAMÍLIA CAJU

Era uma vez a FAMÍLIA CAJU
composta por Papai, Sofia e Ju.
Sofia (CAJU): faz balé e natação,
livros, textos, cinema e televisão.

Por que CAJU? Chamam-na de Juju,
todos dizem - vem cá Ju - (CAJU) ficou.
A família (CAJU) vive a viajar,
rota: Rio-Petrópolis e mar.

Papai (CAJU) come: jiló com chuchu.
Juju (CAJU) gosta de aipo e angu.
CAJU tem os cabelos cacheados

corre para não serem penteados.
Cresce a família caju.
Aos domingos: churrasco e peixe cru.


SONHO DE AMOR

Sonhei em sonho de amor que estava
em terra de paz e felicidade.
Cicerone: fantástica loura.
Musa: grandes, lindos olhos azuis.

Um corpo magro, modelado, esguio...
Adorei esta loura e, encantado,
quis com as forças do meu coração
namorar esta maviosa mulher.

Infelizmente, intrépido não sou,
não tenho Símbolo de Nobreza,
humilde discípulo em Letras sou.

Mesmo assim, Ela deu-me o "telefone",
"liguei"..., obstou a família e NÃO!!!
Adorável sonho... Sex Rapunzel!!!
 
TODA POESIA (REUNIÃO) - APRESENTAÇÃO

Jiripoca

 
Jiripoca
 
Jiripoca*

Estava estalando pipoca
Quando alguém me perguntou
Pai, o que é Jiripoca
No momento me assustou
Eu falei num comentário
Filho espere um pouquinho
Que vou ver no dicionário
Pra um erro não cometer
Aí, então que eu fui ver
Que Jiripoca é um peixe
Que pesa seiscentos gramas
Que parece um Mandi
Mas ao vivo nunca o vi
Só que o tamanho é maior
Se pega até no anzol
E que tem a boca larga
Com bico bem achatado
Como um bagre mais pesado
Não fala mas solta um pio
Como um pássaro vadio
E nas águas se propaga.
Mas fica a pergunta no ar
Que ao fazer me dá arrepio
Pois será que vai ser hoje
Que a Jiripoca vai piar

*Jurupoca
jmd/Maringá, 02.04.13
 
Jiripoca

"Quando Nietzche Chorou " - filme

 
"Quando Nietzche Chorou " - filme
O filme “Quando Nietzche chorou, baseado no best-seller de Irvin D. Yalom mostra um suposto encontro entre o filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o médico vienense Josef Breuer professor e mentor de Freud.
O médico é procurado para tratar do filósofo que passa por um momento de desespero tão intenso que desenvolve idéias suicidas, sendo tratado por outros médicos sem nenhum sucesso. Dr Breuer é um médico famoso que desenvolve a “terapia da fala” junto com seu aluno, Freud.
O tratamento do filósofo é desafiado pelo seu próprio orgulho e sua dificuldade em confiar suas mazelas interiores a outra pessoa mesmo por desabafo.
Num enredo interessante, o filme mostra que as pessoas que consideramos rudes e impenetráveis muitas vezes carecem apenas do jeito certo de serem conquistadas. Uma outra lição interessante é que as vezes as pessoas invejadas pelas suas realizações e fama são insatisfeitas e infelizes.
A trama transmite a importância de falar, desabafar conflitos emocionais que muitas vezes adoecem o corpo desafiando a eficácia de bons medicamentos. Mostra também como o domínio dos nossos pensamentos pode significar a diferença quando precisamos superar uma perda ou um desejo indevido.
Profundo e rico em lições de autoconhecimento, esse filme simula uma terapia inteligente onde há uma troca de experiências que resulta no crescimento pessoal e emocional dos envolvidos.
Numa era em que cada vez mais estamos trancados em nossos próprios mundos e adoecendo coletivamente, esse filme nos leva a repensar valores como a amizade e o interesse genuíno pelo nosso semelhante, o que pode significar a diferença para uma pessoa que enfrenta o caos emocional.
Um filme para ver e refletir que recomendo.
Sandra Lima Costa Melo
 
"Quando Nietzche Chorou " - filme

Galileu é meu pesadelo

 
Paulo Monteiro (*)

Gilberto Cunha é reconhecido internacionalmente como cientista e é um dos escritores passo-fundenses mais brilhantes.
Seus textos, do ponto de vista estético, dentro da limitação conceitual, podem ser divididos em dois grupos: ortodoxamente científicos e heterodoxamente científicos. No primeiro conjunto encontramos livros como os três volumes de “Meteorologia: Fatos & Mitos”; no segundo incluem-se “Cientistas no Divã” e “Galileu é meu pesadelo”, que será lançado na 22ª Feira do Livro de Passo Fundo. Naqueles é o cientista que escreve, nestes é o homem de ciência.
A diferença entre “cientista” e “homem de ciência” transcende a expressão retórica. Todo homem de ciência é um cientista, mas nem todo o cientista é um homem de ciência.
Às vésperas do Natal de 2009 transcorrerá o sesquicentenário de “A Origem das Espécies”, de Charles Darwin, modelo de homem de ciência. O que caracteriza a obra do sábio inglês é a clareza expositiva. E aí está a essência de um homem de ciência. Este é um sábio; o outro é um suja-páginas.
O Autor mesmo o confessa no “Prólogo” que os artigos “Galileu é meu pesadelo”, página 65, e “O olhar de Deus”, página 75, deixam clara a intenção de “trazer à tona a discussão de assuntos que, embora façam parte do dia-a-dia das instituições de CI&I (Ciência, Tecnologia & Inovação), nem sempre são tratados de forma aberta e transparente nos meios acadêmicos e científicos”. Diante da impossibilidade material de comentar o livro “in totum”, examinêmo-los.
Galileu Galilei é uma das mais intrigantes personalidades científicas, por suas descobertas e pela negação dessas descobertas, diante do Santo Ofício. Homem de ciência acabou vítima dos cientistas. A religião é a mais duradoura forma de ideologia. Enquanto ideologia, a religião é a mais duradoura forma de política. Enquanto política, a religião é a mais duradoura forma de administrar a sociedade, no melhor conceito aristotélico. Enquanto política a religião é a mais duradoura forma de poder. E o poder tende ao absolutismo. Assim, faltamente, à corrupção. E a corrupção é a negação do homem.
Se, do ponto de vista científico, a política, seguindo Aristóteles, é a arte de administrar a “pólis”; na prática é a ciência de enganar o cidadão. O homem de ciências é o cidadão em meio à política científica. Na verdade podemos falar em política parlamentar, política literária, política científica, “et caterva”e “ab aeterno”.
Toda e qualquer forma de política gira em torno de um conjunto de círculos sobre círculos, cujo material básico é o segredo pactual. Se a “Liga do Pombo” exerceu papel preponderante na condenação de Galileu, ao longo da história bandos de outras aves até mais perigosas transformam Galileu no pesadelo dos homens de ciência, porque o homem que o cínico Demócrito procurava com sua lamparina pelas ruas de Atenas é a negação do circulismo universal. Charles Darwin que o diga.
(*) Paulo Monteiro, autor de centenas de artigos e ensaios sobre temas literários, culturais e históricos, é presidente da Academia Passo-Fundense de Letras e pertence a diversas instituições culturais do Brasil e do exterior.
 
Galileu é meu pesadelo

a história da vaca gorda

 
 
bem, há vacas e vacas
 
a história da vaca gorda

A BOLSA DE VALORES DE DOMINGOS DA MOTA

 
Depois de alguma espera, chega-me às mãos Bolsa de Valores e Outros Poemas, de Domingos da Mota (Temas Originais, Coimbra, Portugal). Tanto tempo, Deus!, eu já o julgava perdido no Correio ou devolvido ao seu autor, uma vez que por distração esqueci de colocar os três zeros do código de endereçamento postal.
Pois é, todas as manhãs, eu chegava à portaria do prédio e indagava ao porteiro. Nada do livro. Uma certeza eu tinha: não fora roubado. E explico: aqui no Brasil não há o hábito de roubar livros, principalmente de poemas. Não, não é excesso de honestidade. Nada disso. É que o brasileiro não tem o hábito da leitura. E quando lê, escolhe as piores coisas que o mercado editorial daqui e de fora oferece. Daqui os lixos são muitos, a começar pelo mundialmente conhecido Paulo Coelho. Encontrei uma obra dele, no aeroporto, traduzida para o alfabeto cirílico. Mas quem disse que vender significa qualidade?! Coca-Cola vende mais do que champanhe francês. Zibia Gasparetto, que diz escrever por intermédio de espíritos, também está milionária, graças à farsa.
Bem, mas estas linhas são para falar do meu amigo, o poeta Domingos da Mota. Muitos dos poemas que integram o livro eu já conhecia, de sítios e blogues. Alguns, creio, foram reescritos. Digo isso porque sei do cuidado que o poeta tem com o que oferece aos leitores.
Da Mota, como o chamo, é um perfeccionista. No que está certo. Poesia é uma arte ingrata: não existe poema mais ou menos; ou é bom ou é ruim.
O universo poético de Domingos é vasto. Transita pelo humor, pela ironia e pelo lirismo com a mesma mestria e intimidade de quem trata o verso com carinho. Claro que do conjunto de poemas de Bolsa de Valores, tenho os meus prediletos. Prediletos, que eu digo, são aqueles com os quais a gente se identifica mais. Dois em especial me fascinam: Tripalium e Elegia para um lugar vazio - este em especial me diz muito, porque lembro-me bem como e por que foi escrito. Partiu de um deslize praticado por um péssimo poeta que aqui escreve e que plagiou descaradamente Vinícius de Moraes. A antiga administração veio em defesa do ladrão de versos com argumentos cretinos. Da Mota e eu nos afastamos daqui por um tempo. Antes, o poeta escreveu Elegia para um lugar vazio.
Encheria páginas falando deste grande poeta e grande caráter que se chama Domingos Machado da Mota e aqui no Luso atende também por fogomaduro. Mas é melhor que os leitores o descubram. E bebam da sua poesia. Coisa boa não dá ressaca. Num sítio ou num blogue é uma coisa, em papel impresso outra. A gente pode sentir, pegar e conversar com os poemas. Um brinde ao poeta Domingos da Mota.

_____________________

júlio
 
A BOLSA DE VALORES DE DOMINGOS DA MOTA

Lançamento de tradução

 
Produzi um livro traduzido para japones: os primeiro 3 contos de "O gato dourado" de Matilde Rosa Araujo (escritora portuguesa de literatura infanto-juvenil).

Embora que se lançassem quase so 10 copias e não para vender, vou doar algumas copias para certas bibliotecas no Japão, desejando que mais pessoas japonesas vão conhecer literatura infanto-juvenil portuguesa. (Acho que é primeiro livro de literatura infanto-juvenil portuguesa traduzida para japones)

URL de imagem do livro:
http://literaturainfantil.pokebras.jp/e84598.html
 
Lançamento de tradução

RESENHA DO LIVRO DIGITAIS DA ALMA DE Lu Mansanaris

 
Lucy Mara Mansanaris uma poetisa renomada,
Escreveu um excelente livro que merece este fato
Poesias de primeira com o título "Digitais da alma"
Grassando muitos assuntos expondo o que vida fala.

Em cada leitura um sonho foi assim que eu encarei
Mesmo os poemas tristonhos gozam de muita leveza
Em todos vemos a vida entre virtudes e incertezas
E um zelo perfumado deu aos textos sua grandeza.

Temos longa amizade e eu ganhei de presente,
Um exemplar deste livro e agradeço imensamente
Pela generosidade que vossa alma lhe consente.

Eu recomendo a leitura desta obra sem similares
Porque na literatura todos temos a nossa digital
Alem do zelo com suas obras ela mesmo visceral.

Enviado por Miguel Jacó em 24/06/2017
Código do texto: T6036327
Classificação de conteúdo: seguro

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
 
RESENHA DO LIVRO DIGITAIS DA ALMA DE Lu Mansanaris

Erreur d'Autopsie

 
Não morri nas línguas do fogo!...porque mais brandas do que as da intriga. O seu crepitar, substituindo-se ao clamor do povo injustiçado, fez rarefeito o ar que respirei (compreensível desespero da urgência)... Morri por asfixia.

Joana D'Arc
 
Erreur d'Autopsie

"AS HORAS": O FILME

 
O filme, As Horas, baseia-se no livro de Michael Cunningham, que, por sua vez, se inspirou no romance “Mrs. Dalloway” de Virginia Woolf. O enredo trata da história de três mulheres que carregam em suas vidas muitos sentimentos em comum, como a insatisfação e o fracasso.

São retratos de vidas em épocas diferentes, que se entrelaçam através de um livro, “Mrs. Dalloway”. É um filme de alma feminina, onde, nos artifícios da trama, outras mulheres se reconhecem no drama existencial de cada uma das personagens, humanizando assim o lado da ficção. Uma mulher que gostaria de ser uma personagem de um romance, uma que o escreve (a própria Virgínia Woolf), outra que o vive.

Acompanhamos, dessa forma, um dia na vida dessas três mulheres. São três histórias em espaços temporais distintos, mas intercaladas na narrativa. Virginia Woolf é a escritora do livro, que afastada da vida agitada de Londres por seu marido, a conselho médico, percebe-se a cada dia, mais infeliz e amargurada. A mesma, é retratada na altura em que escreve o livro em questão, onde seus conflitos internos são repassados para a obra, inclusive o suicídio. A segunda mulher é Laura, dona de casa, esposa e mãe. Laura encontra-se desesperada dentro de um casamento onde os sentimentos são artificiais, pois embora viva num ambiente de tranqüilidade e aparente felicidade, se sente vazia e cogita a morte para escapar da realidade da sua vida medíocre; ela está a ler o livro de Virgínia Woolf, o qual reforça sua idéia de evasão e suicídio. A terceira é Clarissa, uma bem sucedida editora, mulher cosmopolita do século XXI, vive um relacionamento lésbico de longa data e se identifica paradoxalmente com Mrs. Dalloway. Tudo o que Clarissa deseja no momento é que sua festa em comemoraçaõ a atribuição de um importante prémio à obra poética de Richard, seu melhor amigo e ex-amante dê certo. Richard encontra-se debilitado pela AIDS e vive fechado em um apartamento frio e sujo. No meio dos preparativos, Clarissa pressente o vazio daquela arrumação fútil e o peso das horas.

Uma das cenas iniciais do filme mostra as três mulheres se levantando ao amanhecer, concomitantemente, quando Virgínia escreve, Laura lê e Clarissa fala a mesma frase: “acho que eu mesma vou comprar as flores”, e uma outra cena onde vemos o suicídio de Virgínia, retratado de forma simbólica, mas muito forte. Com isso, percebemos que “cria-se logo no início da narrativa de Wollf, um paralelismo entre Celebração e desencanto, festa e morte” (AZEREDO, 2004, p. 30).

O desespero das três mulheres vai crescendo com o passar das horas, horas sempre iguais, horas sem nenhuma esperança de mudança, sem nenhuma ansiedade, só a ansiedade provocada pelo nada. Solidão, infelicidade, doença, identidade e realização sexual (nas três tramas as personagens beijam outra mulher na boca), e principalmente a morte.

As lutas e sofrimentos vivenciados pelas três mulheres são universais. As horas... os momentos... as decisões que tomamos. Talvez nos encontremos nas situações extremas de cada uma das personagens; cada uma delas lutando para dar um sentido à suas existências e ser simplesmente feliz. Três mulheres presas no tempo e no espaço, nos seus próprios espaços, nas suas vidas. Ao ser levantado o tema da morte, das escolhas, da sexualidade, das decisões, vemos que as personagens descobrem que nem sempre a vida é aquela que esperamos, nem sempre as horas são diferentes. O que são essas horas até perceberem que as perderam para sempre?

A emoção limite, que nos leva a tomar decisões e fazer escolhas que modificam a nossa vida para sempre.

12/04/2007
 
"AS HORAS": O FILME

A Palavra Mágica

 
A Palavra Mágica
Autor: Carlos Drummond de Andrade

Como bem sugere a apresentação do livro, ao ler os poemas de Carlos Drummond de Andrade, é fácil identificar semelhanças com as nossas experiências de vida, pois ele abusa do cotidiano para fazer poesia.
A leveza de sua linguagem torna mais prazerosa a leitura de suas poesias. "Poesia assim como a arte geral, perpassa nossa vida, dialoga com a nossa sensibilidade, é inerente à nossa condição, está presente na ração diária que nos faz, a cada dia, humanos." (trecho da apresentação do livro).
E com quanta sensibilidade o poeta traduz o sentimento do trabalhador assalariado em seu poema 'Salário'!
A impressão que tive ao ler "A Palavra Mágica", é que as palavras saltam soltas, harmoniosas, às ordens do poeta. Em seu poema 'O lutador', Drummond simplesmente desmente esse aparente domínio.
Alguns textos de Drummond presentes nesse livro me reportaram à infância, aos tempos da escola primária. É o caso de 'José' e ' Lira do amor romântico' ou a eterna repetição.
Marcante nesse livro é também a ironia desse poeta presente, por exemplo, em 'O homem; as viagens':

"...o bicho homem, bicho da terra tão pequeno
chateia-se da terra...
toca pra a lua...
marte...
sol..."

e o poeta ironiza:(depois que o homem explora todo o espaço)

"...só resta ao homem,
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo...
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas a perene, insuspeitada alegria de con-viver."

Em poesia, Drummond fala de algo tão profundo que me traz à lembrança as colocações do psiquiatra e escritor Augusto Cury quando diz que raramente fazemos uma viagem interior. Somos gigantes na ciência, mas pequeninos no campo das emoções.
Drummond enaltece valores intrínsecos em detrimento das aparências externas em 'Eu, Etiqueta'. Esse poema chama-nos à reflexão do que passou a ser encarado como valor pela nossa geração.
Embora eu concorde com Fernando Pessoa que "o poeta é um fingidor", a visão que este livro me deixa de Carlos Drummond de Andrade é de um ser humano sensível aos pequenos eventos e apreciador da vida tranqüila do interior mineiro onde se cercava da afeição familiar. Tal aparente simplicidade, a meu ver, dispensa maior comentário sobre a grandeza do autor.

Sandra Lima Costa Melo
 
A Palavra Mágica

O Idealismo Alemão - Parte I

 
Prefácio – o Idealismo

É consenso citar Platão como o primeiro “Idealista”, vindo logo depois as tendências que seguiram suas diretrizes, dentre as quais, a que afirmava ser a “Ideia” o protótipo, o modelo das coisas físicas, concretas. A “Ideia” como a verdadeira Realidade, já que o restante não passa de mera cópia.

Outra associação que se faz é com o “Idealismo” dos ideais, dos objetivos a serem conquistados ou dos modos de comportamento a serem seguidos etc. Nesse sentido o Idealismo atrela-se geralmente às questões éticas e/ou políticas, tais como “manter a honestidade”, “construir uma democracia” e símiles. Observe-se que se diferencia do Idealismo platônico, o qual, por considerar a “ideia” como a verdadeira “realidade”, também é chamado de “realismo” ou “realista”.

Para a Filosofia ortodoxa esse segundo sentido é de menos significado haja vista que o mais importante são os dois aspectos em que o Idealismo original é estudado:

O aspecto Gnosiológico (captação de saber)
O aspecto Metafísico (a essência para além da matéria)

O Idealismo, sob os aspectos acima, apresentou-se de várias maneiras ao longo da historia e especialmente na Era Moderna quando surgiram vários títulos complementares para diferenciá-las, tais como: Idealismo subjetivo, Idealismo objetivo, Idealismo lógico, Idealismo transcendental, Idealismo crítico, Idealismo fenomenológico etc. Neste Ensaio não abordaremos essa variedade, concentrando a atenção naquela tendência que é tida por muitos como a mais importante, o Idealismo Alemão, representado pelos Filósofos Kant, Fichte, Schelling e Hegel, mas recomendamos aos interessados o estudo de Filósofos como Descartes, Leibniz, Malebranche e outros devido a importância do tema no contexto da disciplina.

O Idealismo caracteriza-se por seguir para a reflexão filosófica a partir do “Eu” ou da alma, espírito, mente etc. e não a partir das “coisas exteriores”, dos objetos, dos Seres, dos fatos que estão “fora” do indivíduo. Essa preferência pelo “Eu” baseia-se no fato de ser o mesmo, fundamentalmente, um “ideador”, ou “representativo” já que o homem “representa” ou “faz uma ideia” em sua mente de todas as coisas que capta através dos Sentidos (tato, visão, audição, paladar e olfato).

E porque o Idealismo começa com e no indivíduo, paradoxalmente, alguns estudiosos compartilham da tese de que o mesmo não teve inicio com a Filosofia, mas, sim, com o Cristianismo, particularmente com Santo Agostinho.

Porém, outros eruditos, desdenham desse argumento insistindo na associação do Idealismo Moderno com a Gnosiologia. Com isso preservam a concepção de que o indivíduo é o ponto de partida do mesmo e acrescentam a noção de que o Idealismo é, na verdade, um esforço para que se possa responder a uma das principais questões filosóficas: “como, em geral, as coisas podem ser conhecidas?”.

Essa pergunta, para muitos, não pertence apenas ao campo da Gnosiologia, mas também ao da Metafísica, haja vista que para as coisas serem consideradas “Reais (ou existentes verdadeiramente em essência e não apenas como mera cópia perceptível)” elas devem ser necessariamente cognoscíveis (ou possíveis de serem conhecidas).

E nesse ponto é que se chega a Kant, pois a investigação sobre os limites e a possibilidade de se conhecer as “coisas reais” é que dá forma a estrutura do seu pensamento. Tendo rejeitado as formas de Idealismo propostas por Descartes e por Berkeley, ele criou seu próprio sistema, Idealismo Transcendental, afirmando que ele seria o único aceitável.

A principal característica de sua sistemática reside no destaque que ele dá à função do “posto” ou “colocado” no conhecimento. Diferencia-se, por isso, do chamado “Idealismo Material” que é incompatível com o “Realismo Empírico”, já que para ele, esse último pode ser justificado na medida em que afirma que a existência dos objetos externos não é cognoscível através de seu percebimento direto através dos Sentidos (tato, visão, audição, paladar e olfato), mas em razão daquele objeto ter sido posto ou colocado no conhecimento; ou seja, o objeto ter sido idealizado ou representado na mente. Não basta, por exemplo, eu tocar (usar o tato) nesse computador para conhecê-lo. Eu necessito pensar, idealizar, para lhe conhecer.

Contudo, alguns estudiosos observam que esse “realismo” kantiano desaparece em Fichte e, principalmente, em Schopenhauer, que equipara o mundo à representação ou idealização do mesmo. E alguns desses sábios avançam nesse sentido afirmando que o autêntico Idealismo Alemão seria, a rigor, pós-kantiano.

Todavia, essa visão que não conta com a simpatia da maioria, pois existe o permanente reconhecimento da importância de Kant para a fundação e consolidação dessa tendência de pensamento.

Por outro lado e graças ao avanço na Filosofia contemporânea das tendências “materialistas” que propugnam que são apenas as coisas materiais que constituem a “Realidade”, vários estudiosos anunciam o declínio do Idealismo até a sua inexorável extinção. Alguns sábios renomados como Ortega y Gasset e Heidegger propuseram inclusive superar o Idealismo e o Realismo Materialista por alguma outra sistemática, mas outros importantes Filósofos refutaram essa noção apelando para o senso comum.

E outras críticas acontecem amiúde, porém ainda existem autores de grande renome que adotam o Idealismo sob o pretexto de que certas questões existenciais exigem o seu concurso para que no mínimo as investigações sobre as mesmas possam prosseguir.

Esse apego, enquanto reafirma a sua importância didática, confirma o seu caráter de libertador do homem das amarras da realidade material e são justamente essas propriedades que explicam a sua permanência e até o seu reaparecimento, ainda que tacito, decorrente do interesse pelos contextos conceituais do Conhecimento.

E dentro dessa retomada volta a brilhar o Idealismo Alemão em cujo bojo se acomoda a sabedoria dos sábios que serão estudados na sequência.

Continua...

Rio de Janeiro, 08 de Maio de 2014, com material da BCCL e IFCH – Unicamp.
 
O Idealismo Alemão - Parte I

Treinando a emoção para ser feliz

 
Treinando a emoção para ser feliz

Autor: Augusto Jorge Cury
Editora Academia da Inteligência
Ano 2001 . 178 páginas.

Como em todos os livros do psiquiatra, cientista e escritor Augusto Cury que tenho lido, “Treinando a Emoção para ser Feliz” nos leva a refletir na ciranda de insatisfação que estamos vivendo graças à paranóia do consumismo e da estética que inconscientemente geram uma contração da energia do prazer. O mundo moderno tornou-se uma fábrica de stress. O autor faz um apanhado de informações sobre os males emocionais mais comuns: A SPA e a Síndrome do Pânico.
O único lugar que deveria ser conservado jovem é a emoção. No entanto, a maioria de nós diminui a intensidade de prazer ao longo da vida. Há jovens de 20 anos biológicos com 100 de idade emocional. Envelhecemos emocionalmente quando plantamos menos flores e edificamos mais favelas na memória consciente e inconsciente. Não deveríamos poluir nossa emoção. O autor disserta com base num treinamento para rejuvenecer a emoção:
1- Contemple o belo nos pequenos eventos da vida
2- Irrigue o palco da sua mente com pensamentos agradáveis
3- Pense como adulto e sinta como criança
4- Não sofra por antecipação
5- Proteja sua emoção nos focos de tensão
6- Não seja carrasco de si mesmo
Enriquecido com experiências reais vividas por seus pacientes, o livro nos leva a repensar o estilo de vida que levamos e maneiras práticas de melhorar a qualidade de vida por proteger as nossas emoções.

Emoção é o oxigênio de quem escreve. Esse livro é algo que vale a pena ler.
 
Treinando a emoção para ser feliz

UM CONTO DE AREIA & MAR

 
UM CONTO DE AREIA & MAR
 
Um Conto De Areia & Mar
Sinopse

Irina é uma jovem que torna-se órfã aos 17 anos. Resolve sair do interior da França para morar no litoral, pois era perto do Porto de Nantes, onde tudo acontecia... Tinha sonhos de conhecer terras distantes, culturas diferentes, viver aventuras, como nos livros que lia de seu autor preferido: JULIO VERNE. De Nantes, ela vai para Paris estudar Letras, pois quer ser escritora do gênero que aprendera a apreciar, criado por Julio: A ficção científica. Esse passo muda o rumo de sua vida e mais tarde, de outra pessoa: Gaston Verne, sobrinho do autor.
Um conto passado nos fins do século XIX, com frases de Julio Verne incluídas na trama e no final do livro, como tributo à sua memória.

Fátima Abreu

https://www.clubedeautores.com.br/book ... 5--Um_Conto_De_Areia__Mar
 
UM CONTO DE AREIA & MAR