Poemas : 

Cortes Irreais

 
Com o suflar fictício da democracia,
Dissipam-se imaturos
Cortes do Além-Mar,
Abrigos dos guardiões da Nação.

Em casa do povo que os Cortes tutelavam,
Engrossam-se cortes que os Cortes desconheciam.

O povo ginga mas não adormece,
Cada vez que a casa se estremece
O povo se levanta,
Grita e desfalece
Com o cavalgar delirante dos reis do corte.

O povo ginga mas não estremece,
Cada vez que no vazio dos bolsos se remexe,
Uma revolta na rua se renasce.

O povo ginga mas não estremece,
Cada vez que se corta tudo
Do nada que o povo tem,
Ouve-se lamúrias nos becos sem vida.

As tocadas fingidas
Na hora de tear a verdade
Elucida apócrifas verdades dos eloquentes,
Locatários da casa do povo.

Urge obstar desperdícios,
Mungir vacas gordas
E cuidar do bem-estar social.

Adelino Gomes-Nhaca


Adelino Gomes

 
Autor
Upanhaca
Autor
 
Texto
Data
Leituras
996
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
14 pontos
2
2
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Thessica
Publicado: 23/01/2015 14:02  Atualizado: 23/01/2015 14:02
Da casa!
Usuário desde: 25/10/2014
Localidade: Curitiba, Paraná
Mensagens: 349
 Re: Cortes Irreais
parabéns 'Upanhaca pelo excelente enredo poético,
abraços