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Êxtase

 
Agora que deuses tristes apagam a chama
de minha lâmpada oculta no túnel da distância.
Chamas-me com um nome de paz ao encontro.
E aprisionas meu cálice entre tuas mãos mansas.

Uma outra fragância, a de cravos triturados
te mostrará o silêncio de minha rota esquecida.
Terás o signo claro da recordação,
no reflexo abandonado de uma estrela na água.

Matiz de verdes limos, colorindo as pedras,
encontrarás em todos os caminhos da ourora,
que quer ser pétala, em penumbra, em fragância.

E no pórtico imóvel das torres despertas
recolhes, tu, meus sonhos maltratados
entre lágrimas e risos, mas suave como a lua nova.


Rui Garcia

 
Autor
Rui Santos Garcia
 
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Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 06/03/2008 00:13  Atualizado: 06/03/2008 00:13
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Usuário desde: 04/10/2006
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Mensagens: 4098
 Re: Êxtase
Um poema forte e com uma carga de dor, mas muito belo!
Gostei

Beijo