Meu lenço branco, com frias lágrimas
Quimeras mágicas de oceanos
Quão duros foram meus desenganos
Que o vento levou, as minhas máculas.
E em seu sibilo, gritei somente
Os meus desejos, os meus pecados
E o sentimento, enxutos nos fados
Que tanto armei em minha mente...
E fiz com anjos, colar de afagos
E fiz com a alma doce paragem
E fiz com o céu meu linimento...
Querendo abrigo das invernadas
Meu corpo entrego, num sopro ao vento
Que me levou em brisa alada...
(Ledalge,28/03/2008)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)