Textos de crítica

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manifesto contra a hipocrisia/ "O Sofrimento do Hipócrita"

 
atenção! níveis de hipocrisia acima do normal,podem matar.este "veneno",deve ser consumido com prudência,apenas na medida de uma sã convivência social.é claro que nunca nenhum de nós é completamente franco,o que constituiria uma desgraça em termos relacionais.às vezes convém ser algo moderado na expressão das nossas opiniões,pois não conseguiriamos obter com elas nada de verdadeiramente importante e apenas causariamos muitos estragos vãos.outras vezes porém,impõe-se a necessidade da verdade nua e crua,sendo que a verdade é sempre subjectiva.direi então, impõe-se revelar o outro lado das questões.aquele que nunca vê a luz por conta da hipocrisia.saber distinguir esses momentos é porventura uma questão de sensibilidade ,como outra qualquer.ou poderá ter a ver com a noção dos limites do perigo aliados a uma grande falta de pachorra.para que todos façam uso da sua própria dose de hipocrisia em doses adequadas à sua própria sanidade mental,aconselho a leitura deste texto de vitor hugo que nos fala do "sofrimento do hipócrita":

"Ter mentido é ter sofrido. 0 hipócrita é um paciente na dupla acepção da palavra; calcula um triunfo e sofre um suplício. A premeditação indefinida de uma ação ruim, acompanhada por doses de austeridade, a infâmia interior temperada de excelente reputação, enganar continuadamente, não ser jamais quem é, fazer ilusão, é uma fadiga. Compor a candura com todos os elementos negros que trabalham no cérebro, querer devorar os que o veneram, acariciar, reter-se, reprimir-se, estar sempre alerta, espiar constantemente, compor o rosto do crime latente, fazer da disformidade uma beleza, fabricar uma perfeição com a perversidade, fazer cócegas com o punhal, por açúcar no veneno, velar na franqueza do gesto e na música da voz, não ter o próprio olhar, nada mais difícil, nada mais doloroso. 0 odioso da hipocrisia começa obscuramente no hipócrita. Causa náuseas beber perpétuamente a impostura. A meiguice com que a astúcia disfarça a malvadez repugna ao malvado, continuamente obrigado a trazer essa mistura na boca, e há momentos de enjôo em que o hipócrita vomita quase o seu pensamento. Engolir essa saliva é coisa horrível. Ajuntai a isto o profundo orgulho. Existem horas estranhas em que o hipócrita se estima. Há um eu desmedido no impostor. 0 verme resvala como o dragão e como ele retesa-se e levanta-se. 0 traidor não é mais que um déspota tolhido que não pode fazer a sua vontade senão resignando-se ao segundo papel. É a mesquinhez capaz da enormidade. 0 hipócrita é um titã-anão."

Victor Hugo, in "Os Trabalhadores do Mar"

...que pena tenho dos hipócritas aqui retratados...
 
manifesto contra a hipocrisia/ "O Sofrimento do Hipócrita"

Requintado modernismo…

 
Requintado modernismo…
 
Modernismo…
Calças rotas
Camisas puídas,
Serão pobres
Jovens d’hoje
Ou será puro prazer
De imitar os pobres?
De roupa esfarpada
Andava o pobre Lázaro,
E hoje…
Quantos Lázaros
Andam por aí?
São tantos.
Em nome da modernidade,
Até o bicho-homem
Se virou mulher
Com argolas pendentes
Nas orelhas desfeitas.

Modernidade…
Hoje, os diabos
Não existem só no céu,
Na terra os homens os imitam
Semeando cornos
Em suas cabeças loucas,
Que modernice!!!
Modernos só na ilusão,
Pré-câmbricos n’alma.
Podem vestir calças rotas,
Mas nunca terão felicidade
Dum pobre que vive feliz
Com o pouco que tem,
Podem semear cornos
Mas nunca terão dotes dum diabo,
Podem pender argolas nas orelhas
Mas nunca ocuparão lugar da mulher,
Podem pôr argolas no nariz
Mas nunca as atarão a uma corda
Pra serem levados ao pasto.
Que requintada modernice
É a dos jovens d’hoje!!!

Adelino Gomes-nhaca
 
Requintado modernismo…

Como vai Sr.Contente?

 
Como vai Sr. Contente?

Infeliz. Infelizmente. A vida não está para graças e as desgraças adivinham-se ao longe. As caras enganam e as aparências iludem lembra-se das histórias que nos contavam em crianças com a melhor das intenções mas que não eram tão inocentes assim como pareciam, ora talvez esteja aí um reflexo do que depois de alguns anos se está a passar. Veja lá lembra-se da história da carochinha? Achou um tostão e em vez de procurar o dono e restituir-lho foi logo gastá-lo em ataviar-se e a querer casar não com um carocho mas com o maior descaramento se punha á janela a catrapiscar um e outro para arranjar um ricaço fino e casou com um peralta de nome João Ratão que também gostava de ir à despensa dos vizinhos e encher os bolsos, como vê amigo a categoria, nada tem a ver com a pureza de sentimentos. Contavam-nos também que um dia os dois estavam na missa. Ela tinha esquecido o leque em casa o que era imperdoável pois era chique usá-lo. Em vez de estar com atenção ao ofício tudo esqueceu pela vaidade e presunção, numa atitude imperdoável pediu ao João Peralta para ir a casa busca-lo. Ele assim fez, como vê outra atitude reprovadora, feia. A falta de respeito por si e pelos outros que estavam orando pedindo o bem. Chegou a casa, a panela estava ao lume, exalava um cheiro apetitoso e destapou-a, viu aquele pedaço de chouriço, não resistiu meteu a pata desequilibrou-se, caiu e ali morreu cozido e pelado no caldeirão, como vê a gula e a ganância a usar da sua malícia, afinal exactamente como chegamos a este estado de descalabro em que o mundo se tornou e julgávamos nós de enorme progresso.
E então o que me conta e pensa, meu amigo, Sr. Feliz? Na felicidade! Como fomos felizes na meninice ao colo das nossas avós.
Helena
 
Como vai Sr.Contente?

O maior inimigo das artes

 
A arte, qualquer que seja, é incompatível com a pressa. Os nossos tempos elegeram o maior inimigo das artes, a velocidade, como vector determinante, de tal modo que o que quer que seja que não seja veloz, passa ao lado, passe a expressão, não merece que se "perca" tempo. É assim, mormente, desde que o tempo passou a significar, ou a ser considerado, e não apenas a valer, materialmente, dinheiro "Time is money".
Até o pensamento, se não for rápido, que fosse. Ninguém espera por um pensamento ou uma ideia. Tudo tem de estar preparado e embalado. Pré-fabricado.
Com o tempo dinheiro, também o espaço sofreu uma incrível contracção.
Mas tudo se agravou mais para as artes e as contemplações.
E para as plantas, que parece que não crescem e não podem voar, senão quando um vendaval as arranca e as transporta para algum chão em que, por sorte, criem raízes.
Uma vida já não se mede em dias, meses ou anos, mas em quantidade de moeda equivalente ao tempo "gasto" para a sustentar, que é considerado "perdido" se não der retorno.
E é assim tanto com a vida dos bichos, como com a vida das pessoas.
Criar riqueza hoje tem um significado muito retorcido. Um incendiário pode ser um criador de riqueza. E um consumidor de combustíveis também, assim como um vírus mortífero.
 
O maior inimigo das artes

Promoção Combo God

 
Corram, aproveitem!
Chega no mercado o novo Deus.
O novo modelo, apesar de mais leve e compacto,
é muito robusto e não requer tanto cuidado
como nas versões anteriores;
consome menos, não precisa de muita oração
para operar e já dispensa compromissos de missas.
Ainda, é bem mais flexível, podendo ser facilmente
moldado às necessidades do usuário.
Com um designe mais moderno,
agora nas opções com ou sem barba,
esta nova versão promete revolucionar o mundo da crença.
Como sempre, usado para vários fins,
desde de domínio a submissão,
mantêm ai toda a experiência e tradição de séculos.
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três pelo preço de um: Pai + Filho + Alma Acessório.

Corram!
Procurem imediatamente a igreja mais próxima.
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e a facilidade de crédito:
seu novo Deus pode ser adquirido facilmente
por suaves parcelas mensais.

(Atenção: milagres não são garantidos e
não aceitamos devoluções.
Sob pena de ir para o inferno.)
 
Promoção Combo God

Dezenas de AUTORES Lusófonos COMENTADOS NESTE LIVRO

 
Por sugestão de alguns amigos, organizei e publiquei em livro centenas de comentários que postei aqui no Luso-poemas e noutros sítios da Net, ao longo de quase três anos, de 2007 a 2010, que versam sobre dezenas de autores lusófonos, dispostos por ordem alfabética, de A a Z.

Os nomes dos autores comentados estão listados no seguinte blogue
http://escritosonline.blogspot.com/
que contém uma hiperligação para a editora que está a comercializá-lo, «Sítio do Livro».

Sem falsas modéstias, parece-me ser um trabalho pioneiro a ser seguido por quem não desfaz e não se desfaz dos escritos na Net, dedicando imensas e boas horas à comunicação e à aprendizagem online.
 
Dezenas de AUTORES Lusófonos COMENTADOS NESTE LIVRO

Reflexão sobre a Literatura pós Internet

 
Num misto de Crónica / Prosa poética / Sátira / Crítica / Ensaio e sei lá que mais, uma reflexão não aconselhável a pessoas que:
1 - Não apreciem textos longos – estão desculpados, por vezes acontece-me o mesmo;
2 - Não possuam disponibilidade de tempo – está bom, mas pode voltar e ler depois;
3 - Não gostam de literatura – neste ponto não os posso desculpar;
4 - Não vão com a minha cara – ok, eu próprio não gosto de mim, às vezes.

Para os que possam ler e comentar, o meu apreço!
Na verdade acho que é um assunto de interesse geral (embora com algum polémica) que procurei escrever num estilo que não magoasse ninguém!
Vejamos se as quatro horas dispendidas na criação deste texto se justificam!...
E vejamos se têm metade do prazer a lê-lo, daquele que eu tive ao escrevê-lo!...
Já seria excelente!
Obrigado!

10/11/2010, Abílio Henriques
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REFLEXÃO SOBRE A LITERATURA PÓS INTERNET

Há momentos em que me apetece desistir de escrever ou até mesmo de ler.
Já me aborreço facilmente, vezes demais!...
Deve ser a vida – a minha vida possivelmente – que se mantém em limos de letargia!
Mas como sei que o romantismo e as suas antíteses são ingredientes fundamentais da literatura, desvalorizo as minhas obsessões mais pessimistas.
No entanto, antes de o fazer, permitam-me divagar sobre esse mundo menos simpático, mas também importante…
Afinal somos apenas pobres semeadores de emoções avulsas, que juntamos palavras e lhes damos um pouco de visibilidade envergonhada em efémeros minutos na net!...

Ao lermos os grandes autores, sentimo-nos em suspenso na sua arte e no engenho com que expõem as ideias.
Alimentamos ali o real e o imaginário, de tal modo que, algo que possamos criar, mais não será que uma repetição de ideias e palavras – com muito menos qualidade literária, naturalmente!
Sim, não é nada fácil fazer melhor e já seria ótimo apresentar algo similar.

Mas os autores de hoje escrevem por outros motivos: Para se entreterem, para interagirem com outros, para desabafarem ou até como terapia contra as muitas maleitas que os afligem…
Na maioria dos casos não querem ser melhores que ninguém, nem sequer publicar a sua obra; muitas vezes nem sequer leram superficialmente mais que um ou dois autores de eleição e, se o fizeram, não conseguiram apreender todas as valências literárias dos seus textos.
Como escreveu Pessoa:”A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida”.

Pensando bem, a literatura da net pode mesmo ser um aborrecimento completo.
Abre-se um site e lá estão os mesmos autores, apresentando compulsivamente textos, quase sempre sobre os mesmos temas, a autoplagiar-se numa interminável sucessão de equívocos.
Sinceramente alguém acha que escrever incontáveis poemas o torna mais importante que outro que escreveu apenas umas dezenas?!
Por favor, saciem-nos em qualidade e não em quantidade!
Só para dar um exemplo, recordo o caso do poeta português Cesário Verde que apenas com uns 40 poemas conseguiu a imortalidade literária – embora tenha falecido com 31 anos e no mais completo anonimato (onde é que já vimos isto anteriormente?!).

Sim, a literatura moderna pode ser um aborrecimento!
E você e eu podemos estar a contribuir para o seu descrédito!...
Como é possível!?... Acompanhe este raciocínio:
- Não lendo autores consagrados, nem tentando beber na sua arte de escrever e de apresentar ideias;
- Não tentando chegar onde alguns deles não conseguiram – afinal a vida altera-se e mudam as maneiras de ser e de ver muitas questões;
- Não fidelizando alguns dos bons autores que vamos descobrindo na net, nem procurando criar afinidades literárias, nem promovendo e incentivando alguns dos seus trabalhos…

Eu, você e outros mais, podemos estar a passar ao lado de trabalhos de mérito, que se perdem nesta confusão de textos que nos entediam os sentidos!...
Acredito que nos dias de hoje um Pessoa, um Drummond ou um Neruda, podiam passar perfeitamente anónimos diante dos nossos olhos e nem nos dávamos conta.
Bastava para isso eles não nos visitassem, comentassem, nem elogiassem – quem quer saber de caras de pau que, entretidos no seu labor, não se dignam a contemplar as nossas obras de arte de ocasião, nem a deixar um beijo ou uma palavra de simpatia mais ou menos mecânica?!...
As consequências deste comportamento?...
Perderíamos alguns dos melhores trabalhos da literatura para sempre – e quem pode garantir que tal não está a acontecer neste preciso instante?!

Nunca será boa esta abundância, tal como não o está a ser no panorama económico mundial!
Está provado que não interessa viver em patamares acima das nossas possibilidades: Criam-se excessos e abrem-se expectativas que não têm hipóteses de virem a ser cumpridas e a queda é sempre fulminante e sem apelo.
Não tentemos dar a passada maior que a perna, nem arrisquemos aqueles sonhos utópicos. Quer o oito, quer o oitenta, não interessam à maioria das pessoas.
Existe uma crise mundial instalada e os países desprevenidos vão pagar uma factura alta demais.
A literatura – sobretudo a poesia, como elo mais apelativo desta – também vai pagar a sua!

Se eu merecesse crédito quais seriam os conselhos que dariam para trazer Luz às palavras?!... Vejamos:
- Primeiro que nada, leria autores consagrados e, depois de absorver alguns ensinamentos, tentaria trabalhar ideias que eles deixaram em aberto – sobram sempre novas ideias para quem é criativo;
- Depois, releria os meus textos antigos e procuraria aperfeiçoá-los e talvez fizesse a fusão com ideias similares que outros textos pudessem conter – se você é daqueles que acha que um poema nasce produto de uma qualquer momentânea inspiração divina e não deve ser mais alterado, perca essa convicção ou então nunca passará da cepa torta;
- Depois ainda, teria o cuidado de publicar apenas um ou dois textos por semana – se todos assim fizessem abria-se a possibilidade de ler mais trabalhos alheios, pois se publica dois, quatro ou dez por dia, eles na certa não vão ser lidos, nem comentados, a não ser que tenha algum contrato de exclusividade com alguém;
- Finalmente, escreveria um perfil o mais fiel e criativo possível, para quem o leia faça uma avaliação sensata da sua personalidade – a ficção deve ficar-se apenas pelos seus textos.

Bom, mas tudo isso era se eu merecesse algum crédito junto dos estimados autores/leitores!...
Levando em linha de conta que tal possa não acontecer, ignorem algumas polémicas que aqui foram levantadas e continuem a tomar o vosso adocicado chá diário que, podendo não curar doença alguma, mal também não vos fará certamente – afinal eu até nem gosto nada de polémicas, pois são quase sempre um factor de desagregação.
E você, se por acaso ficou magoado com algo que aqui foi dito, compreenda que não foi essa a minha intenção, mas sim alertá-lo para que, aqui ou ali, possa ir corrigindo algumas das suas imperfeições mais notórias.
Por mim, continuo aqui indeciso entre a vontade de ler, escrever e criar ou, simplesmente, desistir e mandar tudo às favas, no entanto sei que é apenas uma efémera fase desta minha periódica saturação – tipo tpm masculino.
Bolas!... As palavras não matam, mas maçam!

09 e 10.11.2010, Henricabilio
 
Reflexão sobre a Literatura pós Internet

as musas e os musos (século XXI ?)

 
sou poeta e "preciso" de um muso.por isso o convoco .agora vou escrever o poesio em forma de um belo proso.reza assim:

ó musos da ria teja.que fascínio tenho por vós,que idolatrais as mulheres,para logo as ignorares nos seus pedestais,por não as quereres ao vosso lado.ó musos meus,que temeis?coloco-vos eu lá bem no alto,lá longe,criaturas misteriosas.dais vida,em vida,pelo sémen que escorreis.sois belos.e daí o castigo de vos endeusar mereceis.mas isto não direi,em voz alta.apenas palavras puras para vós.sois sol,sois luz na minha vida.sem vós não haveria o meu mais que sublime poesio.ficai felizes então.vaidosos do vosso efeito.e deixai-me falar,enquanto sussurrais apenas,papel do qual,na minha nobre generosidade, vos incumbo agora.

gostastes?então inspirai-me.e calai-vos.

ou então da próxima vez que me chamardes musa,pensai primeiro.e convocai depois o vosso espírito maior,aquele que não tem sexo,embora com ele delire.talvez então podereis deixar de ser musos e começar a ser poetas do século XXI.

p.s.:agora que penso nisto,talvez tenha descoberto o verdadeiro sentido da expressão "os anjos não têm sexo".não é por uma questão de castidade,é por uma questão de espiritualidade...

...é o que dá ter insónia...
 
as musas e os musos (século XXI ?)

A quem interessa a destabilização do Luso Poemas(?)

 
A quem interessa verdadeiramente as guerrilhas institucionalizadas há muito no Luso Poemas?
A quem interessa, expliquem-me, como se eu fosse muito burra, que pessoas que colaboravam com assiduidade neste site, com uma escrita muito interessante, diria mesmo com valor comprovado (cujos nomes não friso para não violar regras e mais regras) tivessem que abandonar recentemente o site? Já não bastaram as deserções de alguns poetas com real valor que se cansaram disto tudo?
Estive ausente do site depois de ter apagado 18 páginas do meu perfil e deixado apenas alguns textos em branco. Só não mandei apagar o perfil definitivamente porque tive medo de me arrepender e ainda bem que o não fiz…! A impulsividade não é geralmente boa conselheira. Eu que o diga e o assuma…
Digamos que estive “a leste do paraíso” deste Luso Poemas. Não o abria, não o lia, esqueci-me que existia. que o mesmo fizera parte da minha vida durante longos meses de desgaste constante. É que a vida, meus senhores, a vida… é feita de problemas reais, sabiam? E só esses deveriam impugnar as nossas vãs certezas. Só a realidade da vida devia canalizar as nossas energias positivas de preferência, mas enfim… isso é outra história…!
Para meu espanto(?) quando regressei, continuando primeiramente sem olhar à minha volta e sem ler, fui-me apercebendo aos poucos que “os velhos mexericos” continuavam a prevalecer, a dar leituras e gozo a meia dúzia de masoquistas, como se o site padecesse de um cancro galopante que se alastra a uma velocidade medonha!
A quem interessa tudo isto, explicam-me?
- É que o site está tão pobrezinho em termos de textos publicados! Sinceramente... está fraco, fraquinho, não dá a mínima pica. Mau demais… para ser real! Valham-nos as velhas exepções! Os que resistem às intempéries frequentes deste site problemático; aqueles que têm o dom da escrita (goste-se ou não, admita-se ou não). Penso que estão a perder uma bela oportunidade para se recriarem na inspiração desgraçada de uma realidade social assustadora. Deixem as pessoas em paz e escrevam… o que vos vai na alma. Indignam.se com o que acontece no mundo, porra!
Volto à pergunta anterior:
- O que pretendem verdadeiramente para o Luso Poemas?
As guerras pessoais que parecem sempre ter um qualquer rastilho? Que não acabam nunca?
Porque se perde tempo a debater de uma forma terrorista pessoas que já tanto deram a este site em vez de se escrever? Criar? Mas afinal não é isso que promove o site?
Porque não se respeitam os lugares, as orientações atribuídas de cada um, democraticamente? Porque não vamos a votos? Quem estiver contra a administração ou a favor, vota! Que acham? Acaba.se assim com as birras e os problemas? Então… que seja…
Lembro os mais puritanos e distraídos que quando há ou houver falhas(todos nós erramos, caramba…!) porque não se apontam essas falhas com elevação, se possível de uma forma discreta, por pm) para não incendiar quaisquer sensibilidades?
A quem valoriza ir-se para o “fórum” vomitar ofensas incendiárias? Porque não remamos em conjunto o barco para que sobreviva um site como este que teve tanta importância na vida de alguns?
Na minha teve, assumo. Mas já não tem mais…! O que não quer dizer que cuspa no prato, e muito menos que me agrade seguir o que outros fizeram… Abandonar definitivamente o Luso Poemas. É o que farei, asseguro-vos se isto continuar com a mesma poluição nojenta.
Interpretem este texto pelo lado positivo, É um favor que peço a todos. Não confundam os afetos com o resto. Se sou amiga de a) ou b), ninguém tem rigorosamente nada com isso. Sou minimamente inteligente para saber ser imparcial e aconselhar amigos quando não concordo com eles, assim como o fazem comigo. Não é isso mesmo a amizade, caramba?
Meditem e respondam:
A quem interessa verdadeiramente este desassossego no site que deveria servir para que se criasse, se evoluísse e lesse as várias sensibilidades de quem aqui partilha as suas emoções e vivências? Deixem-se de TRETAS! De praticar o joguinho sujo “do gato que persegue o rato”
Querem que vos lembre a realidade do mundo? Muito do que nos pode e deve inspirar como pessoas que têm o dom da palavra escrita? Aproveitemos esse dom para minimizar flagelos reais e não com futilidades de meia-tigela!
Eis algumas…!uma ínfima parte deste mundo tão conturbado que deveria esgotar as nossas energias e não essas futilidades de caca de administrações e dos prémios Nobel da Bidoeira de Cima!Uma realidade confrangedora percorre o mundo e merece mais do que nunca a nossa atenção, grande espiga!!
A crise na da Europa! Os repetitivos erros e a fome em Africa! A inoperância e corrupção dos políticos! A falência técnica e humana do nosso País. A fome. O desemprego. O aumento de suicídios, de perspectivas para o futuro. O desemprego. A velhice cada vez mais maltratada por quem nos (des)gorverna. Querem mais dicas?
Deixem-se de guerrilhas fratricidas, de fomentar ódios de estimação, denegrindo pessoas até à exaustão, como se a vida se resumisse a um site onde todos nós temos a veleidade de deixar pedaços da nossa alma e que valem o que os outros quiserem que valha! Essa é a crua realidade!
Vóny Ferreira
 
A quem interessa a destabilização  do Luso Poemas(?)

QUE ME DESCULPEM OS BRASILEIROS

 
QUE ME DESCULPEM OS BRASILEIROS!
(Ivone Carvalho)

Que me desculpem os brasileiros, se puderem! Mas, sinceramente, eu me sinto violentada se não expuser a minha mais honesta opinião sobre tantos acontecimentos que têm feito parte da história deste país nos últimos tempos.

Nasci em 1951 e, portanto, é fácil deduzir que também fiz parte de movimentos estudantis nos anos 60 e 70. Que escondia determinados livros que comprava nos sebos da vida (porque só assim teria dinheiro para comprá-los), temendo ser presa a qualquer momento numa rua qualquer desta São Paulo, já que muita coisa eu ainda não conseguia entender direito. Que participei de passeatas. Que também bati panela e me transformei em cara pintada nos anos 90.

Chorei a morte de Tancredo. Fui uma brasileira que conferia os números nos supermercados. Sofri e chorei com a morte de Ayrton Senna, um brasileiro que deu orgulho à sua Nação.

Enfim, vesti a camisa verde-amarela com toda paixão do bom brasileiro, em todas as oportunidades que já surgiram durante esta minha curta, mas já sexagenária, vida.

E gritei gol em todas as Copas do Mundo, chorei com o coração vibrando e saí buzinando pelas ruas da cidade a cada Taça que o Brasil conquistou.

E imaginava como seria se um dia a Copa pudesse ser realizada aqui no Brasil. Teríamos a mesma criatividade dos demais povos do mundo que receberam as seleções dos países participantes? Seríamos capazes de dar shows tão deslumbrantes quanto todos que tive a oportunidade de assistir desde que a TV nos permitiu essa maravilha? Estádios magníficos, pirotecnia fantástica, danças, coreografias, cores, enfim, festas dignas de serem apresentadas em rede mundial, para os povos de todos os países.

Sonhei que um dia também poderíamos fazer tudo isso. E provar para o universo que não somos tão somente carnaval e bola no pé. Que temos sim, talento, criatividade, know-how, inspiração. Afinal de contas, Deus é brasileiro!

E chegou, enfim, o grande momento que, tenho certeza, muitos, mas muitos brasileiros, como eu, esperaram ao longo de suas vidas.

O Brasil se candidatou à sede da copa e ninguém fez qualquer movimento contrário, discordando da candidatura. Ouvi sim, muita gente dizendo que jamais ganharíamos porque não tínhamos condições. Mas não me lembro, juro, de nenhum movimento, nenhuma passeata, nenhuma cara pintada, nenhum palanque, nenhuma camiseta, nada, absolutamente nada, se mostrando contra a candidatura do Brasil.

E naquela época, a Fome era a mesma de hoje. A Saúde era tão precária quanto é hoje. O desemprego era maior que hoje. As balas perdidas já pipocavam nas grandes cidades. E até nas pequenas! O medo de sair às ruas, de chegar tarde em casa, de deixar os filhos se divertirem, dos estupros, dos ladrões, bandidos, assassinos, era tão grande quanto é hoje. A droga já rolava solta havia anos. A pobreza não era diferente da pobreza de hoje. Os hospitais, postos e casas de saúde também não tinham médicos e tampouco remédios. O trânsito e a poluição já faziam parte, há muito tempo, do caos da vida dos brasileiros. E, acreditem, a corrupção era tão grande, senão maior, que a de hoje.

Mas em nenhum momento eu vi movimentos contrários à candidatura do Brasil à sede da Copa do Mundo de 2014! Se houve, deve ter sido tão silencioso, tão pequeno, que não foi capaz de receber a repercussão que os movimentos, desabafos, ataques, enfim, tudo que hoje ouvimos e vemos demonstrando contrariedade à realização desses jogos no nosso País.

Não sei se sou brasileira demais ou ignorante ao extremo. Confesso que não me considero ignorante. E que amo demais o Brasil!

Mas, se discordar de tudo que tenho visto e ouvido atacando os nossos governantes e todos que trabalham, se empenham e se dedicam a apresentar o nosso Brasil da forma que tanto sonhamos durante tantos anos, a todos os povos do mundo, a receber nossos irmãos dos outros países com a mesma educação (se não for possível melhor ainda) e o mesmo respeito que sempre exigimos e apreciamos quando estamos no exterior, se tudo isso é ignorância, então sou sim, muito ignorante!

Saímos do Brasil e criticamos o que vemos de errado lá fora. E admiramos o que encontramos de belo, de prático e de fantástico. Vamos nos empenhar para que também o estrangeiro se admire do que é nosso e tenha o mínimo de críticas a fazer.

O Brasil é a nossa casa. Estamos preparando uma festa maravilhosa que receberá convidados do mundo inteiro, de todas as raças, religiões, classes sociais. Nossos convidados merecem ser bem recebidos, tal como nós gostamos que nos recebam. Nossa casa merece estar limpa, bonita, bem decorada, toda enfeitada, florida, para mostrar o quanto somos bons anfitriões.

Essa é a nossa grande oportunidade! Não é o momento de discutirmos a validade da festa. Ela já está marcada! Os convites já foram entregues.

Não é o momento de provocarmos aglomerações que somente resultam em quebra-quebra, ferimentos, perdas irreparáveis para quem nada tem com as decisões (ou falta delas) governamentais e até mortes.

Quando começar a festa, cada brasileiro quererá ficar diante de uma TV, um telão ou dentro do estádio para ver a bola rolando e gritar muitos gols para o Brasil. Todos sairão apressados do trabalho para chegar em tempo e não perder o horário da festa.

A festa vai começar. E com o coração feliz e esperançoso, vibrando pela nossa Seleção, devemos transformá-la na mais bonita, na melhor festa que já pudemos oferecer aos nossos convidados, mas, mais do que isso, a nós mesmos, os brasileiros, os anfitriões que têm sim, talento, criatividade, inspiração, alegria, beleza no corpo e na alma, e bola no pé!

E os problemas de casa, a roupa suja, vamos deixar para lavar depois que os convidados se forem, que os jornais do mundo nos elogiarem, que, quem sabe, tivermos celebrado a grande vitória, nos tornando Hexacampões.

E se perdermos, vamos chorar sim. Alguns dos milhões de técnicos que o Brasil possui dirá que já sabia disso e até que estão satisfeitos com o resultado. Não será verdade, mas a gente fingirá que acredita!

(Ivone Carvalho – 22/04/2014)
 
QUE ME DESCULPEM OS BRASILEIROS

Garrafinha de mau cheiro

 
DEDICADA A UM PEDREGULHO AMORFO, ARVORADO EM ESTRELA COM PRETENSÕES A CEFEIDA, A QUE NÃO FALTA GRAVITANDO UMA CHUSMA DE PLANETAS SUBMISSOS, CUJA ESTERILIDADE É INVERSAMENTE PROPORCIONAL À LUZ QUE RECEBEM.
Um dia, Sophia de Mello Breyner Andresen, analisando o que pretendia ser um poema, do seu filho, Miguel de Sousa Tavares, disse: - Olha, meu filho, escreve o que quiseres, mas não escrevas poesia. Não tens jeito nenhum para isto.
- Conselho de mãe é para valer. o rapaz, nunca mais se meteu nisso...
Olhe o jeito que lhe faria, Srª pedregulho amorfo, ter mãe tripeira de ascendência escandinava!...
Resta-nos João de Deus, para a dissuadir:
...Você não escreve um chavelho!
«...Faça outra cousa: que em suma
não fazer coisa nenhuma,
também lhe não aconselho,
mas "poesia" não caia nessa
olhe que a gente começa
às vezes por brincadeira,
mas depois se se habitua,
já não tem vontade sua,»
e "fá-la", só diz asneira!

uma espadeirada
Joana d'Arc
 
Garrafinha de mau cheiro

O velho sábio e as crianças burras

 
Tem certas coisas que acho engraçadas na vida. Fico imaginando um físico, sim, um físico aero espacial da NASA, em um parque de aeromedolismo.

Isso que vêm-me à cabeça.

A cena:

Ele em cima de um caixão,desses engradados velhos de cerveja. Muito bravo e furioso com as crianças que deixam os aeromodelos cair por não saberem das correntes ascendentes térmicas, ou muito menos entenderem que os ângulos de inclinação que influenciam na velocidade das pequenas naves.

Imagina ele, vociferando, em cima do caixão de madeira velho, gritando aos altos brados que é um dos projetistas mais famosos da NASA, a agência aeroespacial americana, que projetou a Apollo XI aos 20 anos de idade, que um gênio como ele "não pode com" gente que não sabe as leis da aerodinâmica. Enlouquecido, de olhos injetados, escabelado, continua a ofender as crianças, que invariavelmente deixam os foguetes explodirem antes de atingir seu ápice de altura. Irrita-se profundamente. Grita, verbigera, pula, esganiça, ofende...

Até que um menina de cinco anos de idade, chega para ele e diz:

- Tio, o senhor "tá" atrapalhando nosso brinquedo. porque o senhor não pula a cerca e tenta entrar lá no campo da NASA? Lá talvez alguém entenda o que o senhor está gritando. Ah...já sei, o senhor não tem crachá! Sim, eu vi!-lembrou-se a menina- O senhor foi aquele que atiraram na bunda quando tentou pular a cerca para o outro lado, e depois saiu na ambulância do hospício. Porque o senhor não volta para lá? Lá talvez alguém também entenda o que o senhor diz.
Aqui apenas há crianças brincado de voar e ser feliz, não é lugar para um físico como o senhor.
Pena que não deixam o senhor entrar na NASA...Mas quem sabe no hospício ou no asilo o senhor tenha público. Nem gritando alto os seus palavrões lhe dão mais atenção por lá? Pois aqui, se não fosse pela sua feiura e pelos gritos em cima deste caixão de bebida, ninguém mais daria...

O pobre velho olhou com ódio a pequena criança, frágil e vociferou.

- O miúda! Olha bem como falas comigo, eu sou um grande projetista...

A menina interrompeu:

- Desculpa vovô, o senhor pensa que é um grande projetista, porém na medida que sobes neste caixote de madeira para gritar com as crianças, não passas de um velho frustrado e bobo, que não consegue pular para dentro do mundo dos foguetes de verdade e fica aqui importunando as crianças que querem brincar de voar.

Resmungou o velho:

- Não posso com a verdade!
 
O velho sábio e as crianças burras

A OVELHA NEGRA

 
A OVELHA NEGRA
 
Cuidado com a ovelha negra! Com a mosca na sopa! Com a pedra no sapato! Quem nunca ouviu estas frases ditas sempre por pessoas mais velhas, supostamente mais esclarecidas? É um lugar comum em nossas vidas: esse menino é a perdição do grupo, essa menina só tem idéias malucas, desde que esse diretor chegou à escola ela nunca mais foi a mesma! É muito difícil para o homem aceitar o diferente, nós queremos o mundo do jeito que o vemos e o entendemos, as mudanças causam transtornos em nossa mente, em conseqüência em nossas vidas. Nada mais normal do que questionar o diferente, as mudanças, o aparente transtorno. No entanto, não existe nada mais errado do que aceitar essa sabedoria enganosa e preguiçosa. A vida só evoluiu em nosso planeta através das pequenas mudanças, mutações, que ocorrem no genótipo dos seres vivos, o que permite que a vida se adapte às alterações de ambiente. Sem essas pequenas rebeldias moleculares, sem a ação dessas “ovelhas negras” celulares, talvez não passássemos de pequenas, insignificantes e esquizofrênicas bactérias! Com a nossa civilização não aconteceu nada diferente, quantas não foram às ovelhas negras enforcadas, queimadas, trucidadas por acreditar em coisas que ninguém acreditava, ou por ver coisas que ninguém via. Jesus Cristo, Tiradentes, foram típicas moscas na sopa de romanos e portugueses. Com o passar do tempo o que acreditavam e o que viam esses desafortunados e injustiçados, passa a ser o que todos acreditam e vêem. Não é raro um cientista ser questionado e às vezes injuriado por seus pares mais graduados e mais cheios de verdades, por trazer à tona alguma descoberta que questiona o conhecimento aceito, até então. E com o passar do tempo ver a sua descoberta, aberrante, ser incorporada ao arsenal do saber humano pelos colegas que antes o injuriavam. Também não é difícil encontrarmos exemplos de filhos que acharam caminhos diferentes daqueles escolhidos por seus pais e que depois deram graças a Deus por terem sido um moscão na sopa dos pais, já que foram mais felizes que os próprios pais em suas escolhas.

Portanto não amesquinhe a sua existência e a dos outros com seus preconceitos religiosos, científicos, ou de qualquer outra natureza, com sua vontade de que tudo deve ser como sempre foi, com a visão distorcida do que a vida precisa pra seguir sendo vivida. E lembre-se você não é uma ameba! Talvez não seja por vontade própria, mas não é!
 
A OVELHA NEGRA

Uma crítica aos escritores deste site

 
Antes que comecem a ler
quero deixar claro
que esta crítica está direcionada
aos escritores brasileiros
aqui do Luso,
pois não tenho conhecimento
sobre o que acontece em outros países.

Por algum tempo venho analisando
os textos de muita gente
e cheguei a uma conclusão;
talvez um pouco dura,
mas tenho que ser sincero:
Da forma que vocês escrevem
jamais conseguirão
atingir o público lá fora.

Vocês não são nada populares
e se continuarem assim,
continuarão no anonimato.
É preciso mudar,
atrair os jovens para este site.
São eles os futuros leitores.
A vida lá fora é corrida,
portanto tem que ser prática
e vocês são complexos demais.
Não entendem a juventude atual.

Proponho uma mudança radical.
Revejam seu textos.
Vocês escrevem de uma forma ultrapassada.
Atualizem-se!!!
Vou dar um exemplo,
uma ideia do rumo que vocês tem que seguir.
O poema abaixo, fiz após uma profunda análise
do que os jovens esperam de nós,
portanto, creio que serve como uma referência
pra todos.
Leiam, releiam.
Sintam a profundidade dos versos
e tentem fazer igual.
Já começo com um título jovem,
um tanto rebelde.

Nois é nois

Eu sô eu
Ocê é Ocê
Nois é Nois
(E dando continuidade ao pente)
E o pente é o pente,
é o pente,
é o pente.

(Brincadeira gente, não me batam.
Abração a todos)
 
Uma crítica aos escritores deste site

Antiode ao (humano) vegetariano

 
Aí o cara é vegetariano, pega uma infecção e toma antibiótico para matar alguns milhões de bactérias que o incomodam. Mas não come um pedacinho de carne porque é a favor da vida.

Dane-se a vida! Nascemos para morrer. E eu não me importo se o que estou comendo é bovino, felino ou humano. Contanto que seja saboroso e nutritivo.

E, para cada animal que você deixar de comer, eu vou comer três para compensar.

Vou até tomar um antibiótico para acabar com alguns milhões de vidas de bactérias. Ah, você não se importa com as vidas delas porque não lhe convém.

Sim, eu sei que nossa vida não passa de uma escravidão para satisfazer nossos micróbios 'bons'. Mas também duvido que você não os mataria, quando eles não se lhe proporcionassem, em troca de sua energia, o que você precisa.

Saia do armário! Você é tão egoísta quanto eu. Permita-me ser idiota e eu permitirei sua idiotice em troca. É disso que se trata a tal humanidade. Respeito a vida tanto quanto você. Apenas tanto quanto.

E viva a morte!
"Morte,
morte,
morte,
que, talvez,
seja o segredo desta vida."
(Raul Seixas - Canto para minha morte)
 
Antiode ao (humano) vegetariano

««Abaixo o preservativo?????««

 
««Abaixo o preservativo?????««
 
Abaixo o preservativo?????
Acabei de ler uma noticia que me deixou no mínimo perplexa e esta minha perplexidade não se deve ás afirmações porque essas já se adivinhavam mas sim ao tempo que o Papa Bento XVI levou a dizer explicitamente que é contra o uso do preservativo e a ocasião que ele escolheu para proferir tais afirmações, nada mais nada menos que a sua visita aos Camarões onde 7% da população adulta está infectada com o vírus VIH, e esse numero não se altera desde 2001 onde a percentagem era de 12%.
E o mais curioso é que a comunidade cientifica chegou à conclusão que o VIH se desenvolveu na comunidade de chimpanzés dos Camarões, quererá sua Santidade fazer-nos crer que se a espécie humana deixar de ter contacto com o referido animal o vírus desaparece por obra e graça do Espírito Santo, ou será que com a sua visita acontecerá o milagre de toda uma população virar abstinente e ai sim o vírus é erradicado, até quando a igreja católica nas pessoas dos seus dirigentes máximos levaram a hipocrisia de declarações como estas avante, até quando o distorcer da realidade que cada vez mais afasta as pessoas da igreja católica. Porque será que uma igreja que se diz portadora dos ensinamentos de Cristo não pratica um dos seus mandamentos que diz, ( Não matarás) a meu ver está renitência em aceitar o uso do preservativo como o único meio eficaz contra o flagelo da sida nada mais é do que matar lentamente o maior bem da humanidade, a própria vida, quantos mais precisam morrer, quantas crianças precisam de nascer infectadas, quantos católicos precisam se afastar da igreja, para que sua Santidade Acorde e veja que os tempos são outros que as mentalidades sofreram uma grande alteração nestes 2009 anos depois de Cristo.
Até quando?
Antónia Ruivo
 
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Sobre a Homossexualidade - Resumo -

 
Quanto à Homossexualidade tão apontada e condenada ao longo dos tempos por gentes, Credos, Religiões e sociedades, sinto-a como um patamar de evolução a atingir para quem a experiencia.
Aceitando que tudo o que nos acontece é para ser vivido no sentido de sermos seres melhores, a experiência da Homossexualidade, não é, a meu ver, mais do que uma proposta que fará desses seres ou pessoas individualizadas, porque se afirmam no querer dos seus corações, ou seres que, se autodestroem por serem fracos frente aos preconceitos do mundo.
Eu diria que Homossexualidade é uma experiência quase limite. Ou te tornas feliz indo ao encontro de quem és e como és ou te autodestróis diante da tua próprio cobardia face aos outros. E o mundo não merece sacrifícios destes!
Cristo quando veio à Terra trouxe pela primeira vez à Humanidade a consciência do Amor como liberdade, afirmando e vivendo-a como lei, na relação com o próximo.

"Amai-vos uns aos outros ..."

Ele não descriminou quem nem como se deveria Amar, simplesmente mandou Amar. Só ama quem é livre, despojado de conceitos e preconceitos sem fazer acepção de pessoas ...
Homossexualidade não é doença ou loucura, é apenas uma forma de felicidade "codificada" nos genes físicos e Espirituais de alguns seres humanos. Esses que assim o precisam para a sua evolução. E quem o determina? Não é por certo o próprio mas quem o Cria - Deus, a Vida, o Universo, o Cosmos ...
O que ocorre é que quando as pessoas se identificam demais com a sua dimensão exterior afastam-se das suas Almas, as suas verdadeiras identidades, aquilo que sentem. Criam barreiras, obstáculos, paredes que cilindram o Amor.
Porque os padrões convencionais, as normas e as condutas que não passam de rigidez obscura e ultrapassada "ensinam" o que é certo fazer neste mundo, ainda que, o que seja certo fazer vá contra o Amor. Pobre de quem se deixa arrastar por culpar, julgar amedrontar ou por se sentir culpado, julgado ou amedrontado. Está preso na pior das prisões, dentro de si! Por castrar ou ser castrado!
Cada vez que um ser humano culpa outro por ser diferente está a mata-lo! Está a matar nele a Lei do Amor só porque ama de outra forma. Está a matar Deus no seu semelhante porque Deus está em nós! A ignorância é o verdadeiro pecado ao cimo da terra!
Homossexualidade não é uma opção é uma orientação. Realidade sem escolha tal como a heterossexualidade. Proposta de aprendizado e crescimento interior através de um diferente contacto intimo, profundo e sexual com outro ser. Uma diferente mas legitima forma de aprender a Amar e demonstrar o Amor. E que importam os corpos se as Almas se encontram, se sentem, se aproximam, se amam?! Se as Almas são eternas e os corpos temporários, nós somos eternamente a nossa Alma e temporariamente o nosso corpo. Somos o dentro e não o fora. O fora é um palco apenas! As criticas, objecções e culpas são apenas socais, exteriores, coisas do ego e da personalidade que pouco tem de sincera.
A Alma não tem sexo nem idade. É vida em nós e isso é universal...
Quando as Almas se encontram, independentemente das pessoas serem ou não do mesmo sexo, os corpos adaptam-se. Porque o que importa é o processo de aprendizagem amoroso que pode ser feito a dois tempos. O Amor é igual na essência mas pode ser diferente na forma de expressão. O que não deixa de ser igualmente digno e Amoroso. É assim na homossexualidade!

Quanto a Deus, Ele é Pai. Pai de todos. Pai de cada um. Então que Pai, sendo Deus, poderia renegar um filho por ele se diferente, tendo Ele próprio, Pai, permitido e aceite essa diferença na Vida do filho quando o gerou?!
Acredito sobretudo em Deus e não no que os homens dizem que é Deus! Eu nunca escolhi ser homossexual e nunca em momento algum me senti preterido por Deus por sê-lo! Sempre senti em mim que até isso era Obra das Suas mãos...
Cada um é o que é e como é como Condição de nascença!

Acredito no Amor, sobretudo que ele pode ser mais forte que o preconceito. Mas acredito também que ele só pode vencer na diferença quando os seres que são diferentes vivem na recta da coragem, dispostos a tudo para se afirmarem na verdade de quem são e como são, frente à Vida, frente aos outros, frente ao mundo. Seres sem medo, obstáculos ou barreiras, dispostos a romperem com tudo para se unirem a si mesmos num acto de pura fidelidade interna. Ninguém pode ser fiel a ninguém em circunstancia alguma se antes não for fiel a si próprio além de todos os constrangimentos! Seres livres que tudo fizeram para se libertarem, autênticos, transparentes, "loucos" aos olhos do mundo mas verdadeiros aos olhos da Vida, íntegros aos olhos de Deus. São esses "loucos" que podem um dia mudar o Mundo!

Ser ético e coerente é aceitar incondicionalmente os outros como são e respeita-los na diferença, no fundo, amarmo-nos a nós próprios nessa mesma diferença! Homossexualidade significa isso mesmo, amar na diferença. Amar! Sobretudo aprender a Amar transformando os desejos instintivos que queimam o corpo em consciência libertadora. Amar integrando esses desejos, desejar o Amor e não amar o desejo! Na verdade, o percurso interno e externo de qualquer heterossexual.

Deixem-se de etiquetas ou logótipos, a Vida vale muito mais do que tudo isso, o Amor é bem mais profundo do que qualquer padrão social, convenção politica, económica ou religiosa! A Vida é para ser vivida e não castrada por culpas do socialmente correcto.
Cristo, esse Ser Universal, foi o primeiro homem ao cimo da terra que rompeu amarras sociais em nome do Amor quando protegeu e defendeu os considerados socialmente indignos. Ele mostrou ao mundo que o Amor, qualquer que seja a sua forma de expressão, não se condena, porque exactamente é Amor...

Digo-vos, não é fácil ser diferente mas é muito inspirador!

Em Deus
Ricardo Maria Louro

Évora
 
Sobre a Homossexualidade - Resumo -

Maquiada de otimismo.

 
A copa do mundo
que agora
nos chega
é plena
de sentimentos...
Nos preenche
de orgulho,
esperanças
e grandes alegrias.
Somos brasileiros...
munidos de paixão.
Futebol é nossa
religião,
doce ilusão...
A copa das copas
nos chega como realce,
para o nosso justo país
completo de tudo.
Temos:
qualidade na
infraestrutura,
um sistema
de saúde
quase perfeito,
nossa segurança pública
de excelente padrão
Uma respeitável educação..
nossa mobilidade urbana
invejável...
sequer precisaremos
de nosso
transporte público
estilo europeu.
nosso pais vive
momentos...
de serenidade.
Nosso índice
de violência
é tão insignificante...
prova disso; é que não
precisaremos
de nenhum aparato
de segurança especial
para esse mega e
estimado evento.
Show! que mostrará
ao mundo muito além
de nossa natural beleza
e geográfica grandeza.
Mostrará a eficiência,
toda competência
 o altruísmo político
que nos cerca.
Afinal  seremos
 reconhecidos
como alegre povo
pacifico,
de fácil trato.
Lufague
 
Maquiada de otimismo.

Tribos de Escritores de Sites

 
Tribos de Escritores de Sites
by Betha M. Costa

Esse não pretende ser um trabalho científico.É fruto da observação desta amadora presunçosa sobre a diversidade - boa em qualquer ramo da atividade humana - nos sites de literatura na grande rede.Na escrita onde as matérias primas dos textos são imaginação, conhecimento e criatividade, a heterogeneidade de padrões, pensamentos, atitudes e outros são excelentes fontes de aprendizado. Tentarei dar face a alguns desses grupos ou tribos:

Religiosos – têm fé exacerbada e inabalável. Falam de crença, luz, esperança. A graça Divina e os poderes no Ser Supremo estão de alguma forma presente nos seus trabalhos que enchem os olhos e coração de quem os lê de paz.

Góticos – costumam usar avatares assustadores e/ou deprimentes. São profundos. Dizem das mazelas do nosso interior e da humanidade. Transitam no céu e inferno, na crença e descrença com a velocidade do Trem Bala. Suas obras, em alguns despertam consciências adormecidas, em outros (mais sensíveis) o desejo do suicídio imediato, que é controlado com a leitura dos escritores religiosos.

Comadres – são flores de criaturas. Falam da natureza, de sentimentos e sensações femininas. Aos mais letrados soam piegas e sem nenhum talento. São literalmente amigas do peito. De vez em quando têm umas rusgas seguidas de pedidos de desculpas e lágrimas. De tanto que distribuem carinhos e beijinhos entre si, nem são consideradas escritoras por alguns de seus pares que acham que essa Tropa deveria estar em sites de relacionamentos e não de literatura.

Intelectuais – escrevem como em hieróglifos. Suas letras são complicadas, com teor carismático, metafísico, difícil ao entendimento dos reles mortais. Só eles e sua inteligência acima da média conseguem compreender e discorrer sobre suas grandes obras. Não ousam sujar seus literatos olhos em trabalhos - que segundo sua ótica e medida - não possuam pelo menos dois dedos de profundidade. Alguns têm cocientes de inteligências, sapiência e egos tão grandes que deveriam abrir sites de literatura só para eles. Nesse seleto grupo também existem os compadres que fazem entre si homenagens em formas de versos e prosas.

Novatos – são escritores que vão do medíocre ao mais puro brilhantismo. Chegam com suas letras onde já existem tribos antigas e mesmo que escrevam um texto a nível de grandes autores da literatura mundial têm leituras que não atingem nem dois dígitos. Depois de algum tempo engrossam um dos grupos já formados e vêem chegar outros que passarão pelas mesmas provações.

Populares ou Estrelas – de tão famosos no sítio na maioria das vezes nem precisam escrever um “A”. Postam um espirro e explodem o contador de acessos! Têm números espetaculares de comentários a dizer sobre o quanto o espirro é importante para limpeza da árvore respiratória, de quanto foi rítmico, belo e bem colocado aquele espirro. Alguns se emocionam e vão às lágrimas.

Ainda existem outros agrupamentos: os omissos, os mureiros, as fifis... Que são tão importantes dentro do contexto de um sítio literário internético quanto os já citados e serão matéria de outro ensaio.

Aos que se perguntam como ela pode ser tão crítica e pretensiosa, e, vir aqui “catalogar” estilos e pessoas?
Simples: olhei para dentro de mim e encontrei no meu interior um pouco de cada um deles e delas!
 
Tribos de Escritores de Sites

A escrita é uma mentira de unhas afiadas

 
A escrita é uma mentira, disfarçada, mas com mãos ásperas e de unhas afiadas.
Por vezes passa despercebida e noutras vezes agarra o leitor, apertando-o com aquelas sequiosas mãos que o desafiam a gemer. Espeta-lhes as unhas afiadas até o leitor sentir as entranhas do texto. A escrita, essa dissimulada, corre nas veias dos mentirosos que vivem para enganar as palavras. A escrita tem os olhos revirados prostrados no passado e com uma visão tão ampla que chega a iludir o leitor, simulando as sensações, criando visões e mostrando o que é invisível. Mãos ásperas que bofeteiam os distraídos e unhas afiadas que espetam no coração despedaçado de quem lê e acredita nas palavras, a escrita, essa maldita, move o mundo a seu bel-prazer. E é tudo mentira!
 
A escrita é uma mentira de unhas afiadas