Acrósticos : 

as ruelas da cidade

 
Vagueio pela cidade
Nesta noite escura
Por ruelas mal iluminadas
Onde mulheres meias despidas
Me convidam para o bar
Vejo gente moribunda
Encostada a fumar
Sinto um forte odor a droga
Oiço vozes, muito barulho
Algum grita
"Ele não quer pagar"
Oiço tiros
Escondo-me
De repente oiço sirenes da polícia
As ruas ficam desertas
Polícia vai embora
Bem uma ambulância,
Recolhe o ferido e parte
Depois tudo volta ao normal
Decido entrar,
Refugiu-me nos meus lençóis
E pergunto-me como è possível
Isto acontecer
Sem que ninguém seja responsabilizado


Cada vez que a torneira se abre, saem rios de palavras que tento juntar com um lápis, para matar a minha sede, é assim que nasce a minha poesia

 
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csantos
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Enviado por Tópico
Ramgad
Publicado: 12/11/2008 18:03  Atualizado: 12/11/2008 18:03
Colaborador
Usuário desde: 13/04/2007
Localidade:
Mensagens: 930
 Re: as ruelas da cidade
São coisas tristes que fazem parte de um contexto social.
Muito bom o seu texto, gostei muito. Parabéns.
Gosto de temas sociais e escrevi um que se chama "Viélas da vida" qdo tiver um tempinho dê uma olhada.

Abs
Ramgad

Enviado por Tópico
AnaCoelho
Publicado: 12/11/2008 18:43  Atualizado: 12/11/2008 18:43
Membro de honra
Usuário desde: 09/05/2008
Localidade: Carregado-Alenquer
Mensagens: 11253
 Re: as ruelas da cidade
Um contexto real pleno de sensibilidade.

Também questiono porque nunca ninguém é responsabilisado?...e será que não somos todos um pouco responsaveis?

Gostei do poema.

Beijos

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/11/2008 15:26  Atualizado: 13/11/2008 15:26
 Re: as ruelas da cidade
Caro amigo CSantos:
Aqui no Brasil os fatos não são diferentes.
Até dentro de nossas casas não estamos seguros.
É uma febre. Tudo se banalizou. Até mesmo
a violência em notícias da mídia. Sabe como é,
dá IBOPE.
O engraçado é que acabamos nos acostumando também,
pois nada já nos é novidadeiro.
Ainda bem que uns poucos, ainda, se preocupem.
Onde vai parar? Não sei.
Abração.

REGE