Coração Digital - A.I.
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Coração Digital - A.I.
Sou duma época em que a robótica
pode amar os humanos
e em que os humanos estão incapacitados
de me amarem
e de se amarem entre eles
talvez uma fada possa sossegar
os meus circuitos sem sangue
talvez as veias da fantasia
me devolvam
uma história suspirada ao adormecer
pela minha mãe
Sou menino repleto de circuitos e cpu's
não existem cirurgiões que possam
reprogramar a minha memória
a minha metaliforme emoção...
mas por uma noite de amor
eu venceria a mais gigantesca baleia
renunciaria ao mais vil João Honesto
seria artista de circo
e voltaria a casa cansado
com todo o meu aço enferrujado
Se o meu pai fossse o Gepetto
e a Disneylândia o meu lar
chamar-me-ia Pinóquio
mas eu não sou esse boneco-de-pau
não posso voltar para casa
tenho de regressar à oficina
ir para a manutenção
porque
não passo dum menino
de olhos bem fechados
dum infra-terreste que nasceu
da excêntrica comunhão
entre o Dr. Estranho-Amor e O Tubarão ...
Luiz Sommerville Junior , Eu Canto O Poema Mudo
ESSES AMORES
"O amor causa emoção, felicidade ou dor
A saudade pode fazer bem ou mal
Vai depender de como lembramos de cada
Momento de nossa vida"
Ângela Lugo
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PORQUE EU DISSE NÃO
PORQUE EU DISSE NÃO
não dá pra esquecer
teu olho no meu
teu sorriso que convidava
mas...
nas nossas andanças
ou diria melhor, nos nossos encontros
tivesses mais dedos no meu corpo
que em meu coração
vi que eu precisava muito
e talvez teu muito ainda não me
bastasse
talvez fosse o tempo que ainda
não completou teu aprendizado
ou eu que não gosto de nada suficiente.
tem que transbordar!
é... sou assim mesmo
vulcão
tsunami
ou brisa, dependendo do lugar.
tu, a linha reta, confiante
sem oscilações...
em qualquer lugar.
eu, de malas prontas
tu, gavetas cheias
não sei se tu precisas de mim
para espaços ganhar
ou eu que preciso de ti
para ganhar fôlego e sossego...
enfim,
a resposta é não.
talvez o meu coração
precise mesmo de mais dedos...
Não confundam com tristeza
Tenho a alma perfumada
com a fragrância da nostalgia
Mora em mim esta saudade
uma jarra de liberdade
com flores de fantasia
Não confundam com tristeza
memórias de outros tempos
São todo o meu relicário
um mundo de sentimentos
Não posso mandar para canto
amores, lágimas e pranto
felicidade e resquícios de alegria
nem vivo no desencanto
apenas trago no peito
memórias de outros dias
Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
AMOR É COMO VINHO!
O amor é como vinho...
Precisa ser degustado em alegria
O vinho embriaga sozinho...
O amor torna ébrio, embebeda e inebria.
O amor é como vinho...
Nasce radiante, colorido, adocicado
Feito vinho doce adamado...
Com tempo perde a cor, feito vinho botado.
O amor é como vinho...
É feito travo de vinho rascante, vinho adstringente
Fixa-se na mente, por vezes faz sofrer coração valente.
O amor é como vinho...
N a glicerina, do sabor adocicado, fica na sensação suave,
No paladar do coração, feito vinho aveludado.
Lufague
MAR DE EMOÇÕES
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A morte em quatro etapas
A morte em quatro etapas
Primeira morte
Na primeira morte a chama de vida (alma) se retira de seu invólucro carnal, assim, o corpo físico começa o seu processo de desintegração onde os átomos voltam ao reservatório geral do planeta.
Segunda morte
O aglomerado de energias em torno das emoções e sentimentos vão aos poucos sendo dissolvidos. Não é como a desintegração do corpo físico, não há um prazo específico para as emoções se dissolverem. Quanto mais apego aos sentimentos, mais longo o tempo.
Terceira morte
Após a dissolução das emoções vividas pelo ser, vem os pensamentos emitidos em vida, ou seja, chamamos da morte da mente. A mente também não tem prazo determinado para sua desintegração. Sabe-se que quanto mais mental é um ser, mais tempo será perdido neste processo.
Quarta morte
O aglomerado de energias geradas pelo corpo físico, emocional e mental permanecem ainda plasmando, ou seja, são tipo um corpo formado apenas por energias inconscientes. Quanto mais forte for um ser, maior será este aglomerado, que pode levar décadas e até séculos para se dissolverem. São estes aglomerados inconscientes, que a maioria dos videntes veem e contatam. Comportam-se de maneiras diversas. Apenas com a dissolução desta energia, que o ser estará definitivamente livre da encarnação vivida
ASSIM, CALADO.
ASSIM, CALADO.
Tudo
ressalta.
acertos
erros
minha presença
tua falta
(o riso fingido
é humor vira-lata)
Tudo
é escasso.
calor
amor
cor
um abraço
(a livre escolha
é água do mormaço)
Tudo
é morto.
navio
marinheiros
sem porto
(a esperança
da mãe
no filho
é aborto)
Tudo
é arma.
palavras
risos
gestos
a calma
(o estupor
da mudez
é o combustível
da alma)
Desacordada
DESACORDADA
Quero ser vento
Esvoaçar ser ave
Varrer recordações
Que são lamento
Fechá-las à chave.
Ficar de mim ausente, sem emoções
Desacordada
Mas batem insistentemente
Não calam, ficam e não servem de nada.
Hoje tudo apaguei
E a esta folha em branco voltei
De repente,
Sinto-me gazela assustada
À espreita calada!?
Com olhos verdes de serpente
Será que vivo um engano?
No fundo uma dor pungente.
Estou sonhando, apenas sonhando
Mas quero ser livre mesmo quando
Os meus dias são implacáveis
Desacordada?!
Assim meus sonhos serão inefáveis
Minha existência terá mais sabor
Dormindo bem profundo
Destilarei minha dor.
(rosafogo)
Depois de ler o texto do escritor José Torres,decidi sair de onde incomodo, seria a ùltima coisa que quereria para mim ser o enfado
de alguém, ademais texto demasiado violento,
não sou eu que o vou mais incomodar com a minha ignorância ou parvalheira, assim como aos companheiros seus iguais.
É a minha vez de comunicar aos amigos que este foi meu último poema.
Com ele agradeço todo o carinho que me deram ao longo
da minha permanência neste site.
Um beijo afectuoso
rosafogo
natalia nuno
Soneto d'alma
A minha fortuna
são meus poemas.
Eles são pequenas
pepitas de inspiração.
Para algumas pessoas,
poemas não valem nada.
Mas para mim são estradas
pontilhadas de emoções.
Disse Fernando Pessoa,
que tudo vale a pena,
se a alma não é pequena...
Então não é à toa
que eu escrevo poema:
a minha alma voa.
A.J. Cardiais
19.08.2018