Luso-Poemas
 
Poemas : 

Na simplicidade

 
O olho que olha a névoa da sala
O pé que ainda não se fortaleceu
A simples folha que cai ao chão
O mundo de quem nunca viveu...

Talvez até a escrita seja breve
Na brevidade dos dias que terminam
O olhar pro céu do poeta que devaneia
O filho que o ventre expulsou
A morte dos que da vida se perderam
A frustração de quem nunca amou...

O sexo maleável que ainda arrepia
A ira dos tiranos em noite de fúria
O cura...a cura que não surgiu
O choro da criança num colo vazio
Tudo isso é apenas reflexo do que vejo

Na simplicidade dos meus dias!

"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
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Ledalge
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Enviado por Tópico
GlóriaSalles
Publicado: 03/05/2009 20:45  Atualizado: 03/05/2009 20:45
Colaborador
Usuário desde: 28/07/2008
Localidade: Flórida Pta-SP
Mensagens: 2514
 Re: Na simplicidade
Li várias vezes.
Poema denso, intenso, poderoso.
E cheio de interrogações.
Belíssimo, Núria!

Beijiho.
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Enviado por Tópico
Karla Bardanza
Publicado: 03/05/2009 20:47  Atualizado: 03/05/2009 20:47
Colaborador
Usuário desde: 24/06/2007
Localidade:
Mensagens: 3263
 Re: Na simplicidade
Linda simolicidade doce Ledalge!


Beijo de Karla para Carla

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