Poemas : 

SEM DESTINATÁRIO

 

A fagulha errou pelo firmamento

Airbus, meteoro

Urubus

Vírus de porcos, de humanos

Desumanos pelo parlamento

Num intento

O vento

O avião caiu

Os destroços da nave

Dormi ao relento

Para ouvir a canção

De Luiz Gonzaga

Uma chaga, uma praga

Um lamento

Uma bomba

Guardada em meu armário

Um poema que irradiou

Sem cabeçalho

O veneno endereçado

Sem destinatário.



JOEL DE SÁ
12/08/2009.


 
Autor
Joel Pereira de Sá
 
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Enviado por Tópico
arfemo
Publicado: 12/08/2009 22:33  Atualizado: 12/08/2009 22:33
Colaborador
Usuário desde: 19/04/2009
Localidade:
Mensagens: 4812
 Re: SEM DESTINATÁRIO
Belo romance sobre o quotidiano: afoito e bem contado.

Abraço
arfemo