Poemas, frases e mensagens de NEUSA

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de NEUSA

Molhadinha

 
Molhadinha
 
Sonhando ou acordada
te tenho todas as noites
em meus lençóis
Secos ou molhados

Nesta noite me senti sozinha
e viajei contigo
aqui me amando
teu sorriso doce de menino
me desejando

Tuas mãos macias me faziam coisas
que guardarei para sempre comigo
Somente eu sei como faziam
Elas me tocavam de um jeito
que um rio quente
de mim vertia

Nem queira saber do final
Ainda estou exausta
e levemente tonta
Mas se vier, quero mais

A cama goteja mel
O lençol ainda arde em chamas
Minha pele molhadinha
implora pela tua

Vou me deitar aberta na janela
Fumaria, se fosse o teu cigarro
Mas vou olhar as estrelas
e sorri com elas

Sentindo meu corpo secar
com o sopro do luar
As mãos deixarei molhadinhas
para saber do gosto
do gostinho teu
 
Molhadinha

QUALQUER COISA

 
Rasga-me do sol até a lua
sem intervalos
nem piedade

Seja cruel e quente
venha aos
pouquinhos
e por partes

Use os dedos
suas armas
ou qualquer coisa...

Mas, se quiseres matar
mate-me logo
porque aos poucos
eu nao sei morrer!

Depois de quase 3 anos...
Voltei!
 
QUALQUER COISA

Sede

 
Sede
 
Hoje pela manhã
quando o sol se despiu
procurei por ti
e me deitei de lado.
Apertei meu travesseiro
por entre as pernas
e recolhi o corpo...

E com toda força
te encontrei em mim
Tuas mãos, com sede
queriam águas
e as tirou de mim

Elas vertiam quentes
do rio e do mar...
Hoje te dei de beber
Mas quem matou a
sede fui eu !

LIXO !
 
Sede

Os versos sensuais de um lobo poeta

 
Os versos sensuais de um lobo poeta
 
Seus versos são tatuados com fogo
numa pele coberta por brasas dormentes
Despertam desejos despudorados
fazendo-os borbulhar de tão contentes

Vem! Por que tardas tanto?!
Meu corpo quer sentir o teu calor...
Tatue-me agora que eu deliro sim!
com as delícias do teu sabor

Por isso é que te leio transpirando
Tu aquece em mim a fera enfurecida
aquela que tem nos dedos finos
laços de fita colorida
 
Os versos sensuais de um lobo poeta

O sal dos meus olhos

 
O sal dos meus olhos
 
Se o entardecer vier me amornar a face
o luar lentamente me banhar o corpo
a eternidade sussurar desilusão
e o sol nunca mais voltar
Para sempre eu estarei aqui
deitada nesta mesma pedra
a que lapido todos os dias
com o sal dos meus olhos
tentando encontrar os teus...
 
O sal dos meus olhos

Imensamente feliz

 
Imensamente feliz
 
Esperei por ti de joelhos
Religiosamente todos os dias
de minha fragmentada vida
Sem lhe conhecer, acreditava em ti
Hoje sinto tuas gotas
derramando em mim como chuva
lavando meus medos e dores
E agora não consigo...
Não consigo acreditar
que sou feliz
Imensamente feliz contigo!
 
Imensamente feliz

COMENTÁRIOS

 
COMENTÁRIOS
 
 
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Quem pede comentários se assemelha a uma galinha cacarejando após botar um ovo de ouro.
 
COMENTÁRIOS

Lágrimas

 
Lágrimas
 
Hoje acordei tão triste
que minhas lágrimas
simplesmente caíam
sem que eu as sentisse
Sim, eu não as sentia
estava inerte e pálida
Lágrimas era o que eu tinha
Lágrimas é o que eu sou
Metade do mar
foi o que chorei
a outra metade
é o que vou chorar
Lágrimas que tanto quero
Que venham todas
quero mergulhar
e depois morrer...
 
Lágrimas

CARNE CRUA

 
CARNE CRUA
 
De mim oceanos choram suas ondas

Contra as rochas
plantadas no meu corpo

Me afogar é um esperar calmo pela vida

Respirar é moer minha carne e
comê-la podre
 
CARNE CRUA

OS CORAÇÕES DE UM POETA

 
OS CORAÇÕES DE UM POETA
 
-Por que choras tanto assim poeta?
-A minha andorinha bateu asas e voou.
-Então a deixe voar e viver sem dor.
-Eu não posso, meu coração ela levou.
-Mas como pode alguém viver sem coração?
-Eu posso.
-Esquecestes de que sou poeta?
-Eu tenho dois corações e sou louco.
-Diz-me onde está o outro, por favor.
-Na mão que escrevo chamando pelo meu amor.
 
OS CORAÇÕES DE UM POETA

Meu último poema

 
Meu último poema
 
Antes do cortar dos pulsos
do sangrar no papel
do último suspiro
do coagular do sangue
da rigidez da carne...
Sem despedidas
lágrimas vermelhas
pintam meu último
poema!
 
Meu último poema

NEVE DE FOGO

 
NEVE DE FOGO
 
 
Neste frio abrasador
eu venho dos céus para
te cobrir com o meu amor

Uma neve tão branquinha
como flocos de algodão
E de fogo para aquecer
o teu doce coração

Se entregue a mim agora
como um rio ao mar
eu venho dos céus
somente para te amar
 
NEVE DE FOGO

Um barquinho de papel

 
Um barquinho de papel
 
Lá vai um barquinho de papel
dentro dele um coração tão pequenino
ele vai navegando num rio
Às suas margens uma flor orvalhada
corre em direção ao mar
pálido o rosto, negros os cabelos
Olhos marejados guardam um segredo
ela não sabe esquecer
apenas onde esperar...
 
Um barquinho de papel

Um sorriso que seduz

 
Um sorriso que  seduz
 
Oh! Doce amor de minha vida
Mesmo que meu Sol se apague
desatando os nós da partida
E me congele todo o sangue

Serei tua de corpo e mente
como são teus estes olhos
Que aguardam te amar loucamente
Ao despertar dos meus sonhos

No silêncio de montes verdejantes
Cobertos por fios de ouro e seda
Onde o Sol e a Lua são amantes

E onde me quero pousada na luz
Do teu lindo sorriso de jasmim
Que me fascina, me domina e me seduz

"Quem és tu que queres julgar,
com vista que só alcança um palmo, coisas que estão a mil milhas?"
Dante Alighieri
 
Um sorriso que  seduz

Coração de amante

 
Coração de amante
 
Durma devagarinho meu amor
Um vento morno vai invadir teu quarto
como um lençol cobrir-te o corpo
abraçar a rigidez da tua alma
E fazer-te brilhar mais que o sol
até as estrelas caírem dos céus
aquelas que recolho dos teus lábios
para iluminar os meus
Acorde meu amor, acorde...
A felicidade tem lugar nos corações
dos amantes!
 
Coração de amante

NUA PARA TI

 
NUA PARA TI
 
Eu não quero
saber quem tu és
sei teu nome
sei que existe
E isso é saber demais
Eu quero que venha
sentir comigo o calor
da minha alma nua e
renascida para te amar
É assim que eu te amo
simplesmente nua
Nua para ti
 
NUA PARA TI

MÃOS ENSANGUENTADAS

 
MÃOS ENSANGUENTADAS
 
Escrevo com a mão direita
Com a outra cravo uma lâmina afiada
no meu pobre coração
Quanto mais fundo ela penetra
mais intensamente meus versos jorram

Sinto-os quentes e borbulhantes
Sem rimas, brutos e inacabados

É por isso que escrevo
com as duas mãos
e de olhos fechados
Vendo apenas
a imensidão dos meus sonhos
Corroídos e malfadados...
 
MÃOS ENSANGUENTADAS

Desagua em mim

 
Desagua em mim
 
Venha a mim como um rio ao mar
E desagua tuas águas mornas
Até a última gota
O mar é de sal
Tem sede
e quer viver!
Somente tu o acalmas
És doce
E sabe amar
 
Desagua em mim

Quando se come o próprio coração ?

 
Quando se come o próprio coração ?
 
Lí duas linhas negras
na ponta de uma espada
E caí de joelhos
numa terra de sal e fogo
que ardia em brasa
E chorei cinzas
Mas não morrí
Arranquei meu coração
e o comi ainda quente
Enquanto o sangue escorria
entre meus dedos roxos
fechei a porta da ilusão
procurando pela dor
que em mim não doía
Apenas me amargava a boca
o sangue que eu bebia
 
Quando se come o próprio coração ?

No escuro do meu quarto

 
No escuro do meu quarto
 
Neste quarto negro e vazio
não há porta e nem janela
Um cobertor de fogo não aquece
meu corpo amorfo e rígido

Estou sozinha, tão sozinha...

Meus gritos ecoam nas paredes
e vem a mim como flechas
Um oceano não me mata a sede
minha boca tem sal e febre

Estou triste, tão triste...

A escuridão é minha luz
Tudo em mim são trevas
O sol não ilumina meu olhar
estou cega, caindo em sombras

Estou perdida, tão perdida...

Procuro por uma saída
tateando os cacos no chão
molhados em lágrimas de sangue
desespero, amor e paixão!

Estou indo, indo a procura de ti...
 
No escuro do meu quarto