Poemas, frases e mensagens de PedroLopes

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de PedroLopes

Obras editada

Tributo a Ângela Lugo

 
Tributo a Ângela Lugo

E ao oitavo dia…
Deus criou Ângela!
A mais bela musa…
Que a poesia gerou!
A requintada rima,
Que a todos nos anima.
Considerada como
A lenda viva da poesia…
A si faço vénia,
Ajoelho à sua passagem,
Estendo passadeira vermelha.
Tão nobre e cara inspiração
Como é possível?
Lá em cima no céu,
Sempre tão sensível…
Olha por nós e para nós,
Com suas asas angelicais…
Num voo picado…
Por vezes atribulado,
Escreve só.
Num voo rasgado…
Criatividade sem igual!!!
Coberta de originalidade.
Erótica e sensual,
Vive hoje o amanhã,
Seus autógrafos por dar!
O seu nome precede-a…
É ele: Ângela Lugo.

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Tributo a Ângela Lugo

Mar e Brisa

 
Mar e brisa


Teus olhos azuis, safiras do meu querer!
O sonho que havia entre nós os dois…
Pelo pão te conheci, o resto veio depois…
Foi Amor! Amargura! Amar e sofrer!!!

Por ti! Não sei que perdi, nem o que não vivi
A carta que trocamos ao acreditar,
Que o céu e mar era espelho do olhar…
As lágrimas que guardo são para ti!

Num dia sem data tu apareceste.
Para mim… e com palavras me mataste!
Que nossa amizade também era Amor.
Que forma esta de Amar com tanta dor?

Trocaste-me pelos olhos cor de outrem
Nada na vida pode ser mais injusto
Que seres ninguém, para alguém que queres bem
Expulsaste o sentimento ofusco

Separaste-nos com teus oceanos
Mas nada me faz tanto teus olhos lembrar
Como a brisa do mar, o fiel luar
Lembras-te de mim passados estes anos?

Da rosa que plantei, reguei, e vi crescer
Ver-te florir com carinho, ficar linda.
Só pensava no teu sorriso ao colher,
Nele mostras as águas cristalinas.

Mas tu nem quiseste saber! Trocaste-me…
E pelos olhos cor de água turva!
Maldição a quem persegues? Libertai-me.
Dá-me teu Amor, sou o poeta que te uiva…

Pedro Lopes - Todos direitos de autor registados
 
Mar e Brisa

Olhão – “Al-hain”

 
Olhão – “Al-hain”

Terra ensolarada pelo verão,
Barcos de pesca, e puro sal.
És a cidade mais bela de Portugal!
Onde vives Princesa do meu coração…

Por onde andas com esse ar sensual!!!
Cais de embarque para tantas ilhas,
Onde os pais deixam suas filhas.
Cidade de Amor platónico e imortal…

Ninfa da ria formosa,
Que tanto me inspiras.
Tu, e esse teu ar que respiras…

Festival do marisco, tasquinhas, e bom petisco.
Ó Olhão da restauração, como eu te invejo!
Por teus olhos a verem, e os meus não…

- Plenitude do Sentir – Pedro Lopes -
- Editorial Minerva – Lisboa – 2006 -
 
Olhão – “Al-hain”

Frase

 
Amo-te cada segundo, do tempo que conta. Porque o tempo só conta quando sorris... Porque o mundo só gira quando sorris e me abraças. Porque para mim o outro, o outro tempo nada vale. E nada vale porque nele não me sorris... (Pedro Lopes)
 
Frase

Mar Filósofo

 
 
Mar filósofo

Lancei a minha semente ao mar
Como se este fosse terra fértil
Sem saber o quanto o sal é estéril
De todos os olhos apenas os meus enganar

Esperei deitado na areia vendo barcos passar
O céu trovar, a maré encher e esvaziar
Muitas foram as luas, e calendários riscados
Tantas horas, dias, meses, e anos roubados

Tantas cartas de Amor, palavras doces, e poemas
Tudo cogitei, tudo indaguei, todos teoremas
Mas todos meus ideais foram por ti subjugados

Seguiste em frente sem remorso ou pena
Dos anos que me haviam sido roubados
Do meu património que havias delapidado

(Pedro Lopes)
 
Mar Filósofo

Saudade...

 
Saudade

Fazes do silêncio meu melhor amigo,
por um passado que comanda o teu destino,
por não arriscares ficar comigo…
Fazes da tua voz uma recordação.
Incentivas-me a desistir,
enquanto me encorajas a lutar.
Tudo faria para me voltares a Amar,
tudo faria para na tua vida existir.
Como lamento… não sei como aguento,
tal tormento…
Caminho por um desfiladeiro,
a um passo do abismo, a um passo de ti,
para que lado me viro?
Uma luz ténue me provoca,
enquanto o teu brilhar me encanta…
Cego de tanto sofrer…
De humedecer…
este rosto por ti enamorado,
peco por não saber, peco por te conhecer.
Chamas-me de Amigo
Como sofro por apenas isso…
Peço-te apenas um sorriso,
mas até isso me negas.
Esquecer não quero,
mas sim viver

Reminiscência de Infinito Sentir - Edições Ecopy - Pedro Lopes - Porto - 2007
 
Saudade...

Orgulhosamente Grávida

 
 
Orgulhosamente grávida

Orgulhosamente grávida carrega sua semente
Milagre da vida, dois corações num só corpo
O ar que respiras, e o alimento que partilhas
Passo ante passo movimenta-se docemente

Orgulhosamente grávida, com vida dentro ti
No ventre gerado, fruto do coração amado
Ao ver-te a acariciar assim tua barriga senti
o carinho que devotavas a teu rebento sagrado

Choras de emoção ao ver o sangue perpetuado
A maternidade consolidando-se a cada momento
Sonhas com o dia em que te chamará mamã

Nos seus primeiros passos e nos contornos da face
Queres viver o presente, e o futuro ao mesmo tempo
Nada mais lindo que o sorriso de jovem mãe

- Pedro Lopes – Plenitude do Sentir –
- Editorial Minerva, Lisboa, 2006 -
 
Orgulhosamente Grávida

Amar

 
 
Amar é chorar como quem ri
É tremer de frio e sentir calor
É perder sangue sem dor
É estar triste quando sorri.
Amar é acordar sem ter dormido
É sentir o coração nas mãos
É suar sem se mexer, é gemido
É intenso querer fazer Amor contigo.
Amar é andar mesmo sem pernas
É ser odiado e gostar de ti
É perder a cabeça e não apenas
É teu perfume no ar, eu senti.
Amar é sem reino ser Rei
É lutar sem espada
É ser humilhado e dizer Amei
Amar multiplicação de sentir centrado em ti…
 
Amar

Povo Imortal

 
 
Povo Imortal

Por naus e caravelas…
Dividiste o mundo com Castela.
De Sagres rumo ao desconhecido,
fizeste vénia ao grandioso Infante.
Com a estrela polar como guia,
que atentamente seguias.
Povo imortal, escreveste história…
Num livro cheio de glória.
Lutaste contra o Impiedoso,
esse que de horroroso só tem o nome.

O mar é o sangue deste povo…

Ó eterna saudade,
tanta necessidade de astrolábio.
Honrai vossos antepassados,
erguei vossa espada e lutai…
Criai uma nova Aljubarrota.
 
Povo Imortal

A ingratidão de uma mulher

 
 
A ingratidão de uma mulher

As mais épicas provas de Amor
As cartas que nem te dignaste a responder
Flor que não soubeste agradecer
Os poemas que apagaste com ardor

A amizade que nem fizeste por merecer
Não há limites para a ingratidão
De uma mulher fria sem coração
Que te custava ao menos agradecer

Uma palavra apenas que te custava
Mas preferiste me ignorar, humilhar
Tiraste-me a terra, a vida que Amava

Tudo que me negavas com prazer
Matando meu desejo de bem te querer
Levando-me ao desespero, ao ódio

Todos os direitos reservados
 
A ingratidão de uma mulher

Águas do luso...

 
Águas do Luso

Água que no Luso nasces
e nos lábios de meu Amor morres…
Como te invejo… como eu te invejo
por tocares na boca sagrada,
por beijares a minha Amada.
Água cristalina, tornas-te parte
daquele corpo que a mim fascina.
Agora sei o porquê de tão bela alma.

Culpa tua água cristalina…

Bebe as lágrimas dos Deuses
que no Luso brotam.
Água que respiras e bates
nos olhos do meu coração,
que neles fazes espelhar
meu rosto.
Água que és do Luso
só em ti confio para regar
a Flor mais linda.
Beber-te nos lábios dela
é tudo que mais desejo.

-Pedro Lopes – Plenitude do sentir -
- Editorial Minerva, Lisboa, 2006 -
 
Águas do luso...

Frase

 
Muitos escrevem em busca da fama. Eu busco apenas falar com quem não me Ama...

(Pedro Lopes)
 
Frase

Tediosa noite

 
Tediosa noite

Pedaço de gelo que ferves por dentro
ao tocar-te, y ao beijar-te viras fogo…
brasa que flameja em ardor e chama,
que me queima, e me leva para a cama.

O orvalho que se condensa no teu corpo,
ao sentires meus lábios percorrer a tua pele
que se arrepia a cada toque…
que se eriça como espinhos dum ouriço!

Que me faz envaidecer, por teu sorriso ter!
Maravilhado, petrificado, por ti encantado!
Massajando o teu cabelo ao entardecer…

Tediosa a noite em que me tiras o sono,
ouvindo o barulho da chuva nas telhas,
a pensar no que naquela tarde fomos!

Plenitude do sentir - Editorial Minerva
 
Tediosa noite

Tudo resto é desgosto...

 
 
Tudo o resto é desgosto

Operário assalariado, membro do proletariado.
Trabalhas que nem um desalmado explorado e mal pago,
por vezes humilhado, ferido na dignidade
Fechas os olhos a contento de superiores mal formados,
apenas preocupados com produtividade e absentismo.
De bigode ou pêra todos iguais, munidos de egoísmo
e desrespeito pela condição humana.
Palavras atrozes, pessoas algozes…
Para quem és apenas um número…
Aconteça o que acontecer “a culpa é sempre do operador”…
Pensam que te compram a alma com um salário mínimo.
Quantia irrisória que te pagam para seres profissional qualificado.
Directores de recursos humanos, a podridão sem explicação,
tal e qual os engenheiros da produção…
Se pudessem nem os direitos humanos respeitavam
Cantina que patrocinas a azia de princípio de tarde…
A levedura que é servida, o pão duro de domingo.
Aos que chegam atrasados “é-lhes servido apenas restos”,
os nervos impossíveis de mastigar.
Porque não almoça aqui o director do estabelecimento prisional?
Comida infernal com consequência intestinal
Ai tanto que temos a lamentar,
os que nada dizem têm uma cenoura a frente dos olhos,
filhos da entidade patronal, pessoas animadas pelo mundo desigual.
Sentes-te ordinário se não vais ao plenário…
Sindicaliza-te e luta com coragem, deixa de ser pajem.
Vives na indefinição de um contrato a prazo,
na notícia de a fábrica ir fechar ou deslocalizar…
Bons carros para os directores, sejam eles quais forem…
Fins de semanas e feriados passados na fábrica,
para sorrires mais um pouco ao fim do mês.
Entras ainda de noite para saíres depois de o sol estar posto,
a única luz que beija teu rosto é a de uma imensidão de lâmpadas florescentes.
Tirando o mês de Agosto tudo o resto é desgosto.
 
Tudo resto é desgosto...

Mulher pintada mulher mascarada

 
Mulher pintada mulher mascarada

Milhafre que pousas à beira da estrada,
no corpo de uma linda mulher.
De rosto encoberto, desnudas teu corpo.
Despida de pudor, esqueces o preconceito.
Mudas teu nome a troco de dinheiro,
para tuas crias amamentar
regurgitas teu próprio alimento para lhes dar.
Finges prazer num segundo,
no outro vê-o como moribundo.
Infeliz daquele que nas tuas asas procura abrigo.
Um dia passa, outro fica e ninguém te dá a mão.
Invisível para a comunidade,
incapaz de com teus olhos ver…

Pedro Lopes – Reminiscência de infinito sentir
Ecopy, porto 2006
 
Mulher pintada mulher mascarada

Não te quero - Pedro Lopes - Ângela Lugo

 
Não te quero

Em letras, palavras e versos
Fiz uma rima meio perdida
Que nos sentimentos dispersos
Havia de louvar minha querida

O que na alma me doía
O Amor que ela levou de mim
Que em meu coração se debatia
Com a saudade de teu jardim

Onde ainda guardo lembranças
Do odor das flores em minha mão
Do suave bater do meu coração

De ti somente desconfianças
Tenho que conter em minha visão
Dias que vivi na escravidão

Pedro Lopes / Ângela Lugo
 
Não te quero - Pedro Lopes - Ângela Lugo

Teu critério

 
 
Movida por esse teu critério estético
Dizes que meus versos não têm rima
Por ser feio, nenhuma obra-prima
Dizes que só o belo pode ser poético

Que meu poema é pobre, que te desanima
Por meu corpo ser franzino, e esquelético
Desejas que sempre permaneça hermético
Por não ter músculos munidos da pura enzima

Engano teu, nas minhas veias corre a tinta
Ninguém sabe do futuro seu significado
Se não será numa cama contigo lado a lado

Quando escrevo faço-o com sentimento
Não para ser belo, ou com ressentimento
Faço-o por Amor, com Amor, e pra ti Amor
 
            Teu critério

Falando de mim

 
 
Há quem pense que sou tímido,
calado, introvertido, envergonhado.
Mas desconhecem que gosto de falar para o mundo…
Outros jurariam o contrário na impossibilidade de acreditar.
Existe quem me chame: filósofo,
sonhador, romântico até mesmo poeta.
Há quem me julgue a pior pessoa do mundo,
também quem pense ser a melhor.
Conheço quem tenha mudado de opinião.
Há quem diga que falo apenas por metáforas…
Uns pensam que sou elitista, outros dizem ser comunista.
Há quem emita opinião sem conhecer só de ouvir falar.
Já me disseram: nunca saber quando falo a sério,
ou quando estou a brincar.
Há quem tema o meu olhar, também há quem corra para me abraçar,
quem me despreza, quem me jura Amor eterno.
Há quem me chame de irmão, também há quem me dê sua mão…
Existe quem diga “amigos para sempre” e nunca mais diga uma palavra.
Há quem chore por mim, há quem me trate com indiferença…
Uns dizem que tenho o dom de usar das palavras,
outros acham que devia de usar pseudónimo quando escrevo,
para evitar tal vergonha…
Todos pensam saber quem sou, mas eu próprio me pergunto:
Quem sou?
 
Falando de mim

Penedo da Saudade

 
Penedo da Saudade

Prometeste-me traços felizes no rosto,
mas por sua vez
fazes-me sentar no “Penedo da Saudade”…
e recitar na velha Coimbra,
o Amor Imortal de Pedro e Inês…
Rei de Portugal e dos Algarves que depois de morta
fez sua mulher.
Que nas mãos teve o coração do carrascos,
quem sabe se nestes mesmos penhascos.
Consequência do Salado, casamento amaldiçoado.
Reza o mito, que tão caro sangue secou o Mondego,
e que tuas lágrimas devolveram o leito.
Tal como ele, eu acredito, acredito
que tudo pode ser efémero menos o Amor,
na infindável sensação de prazer.
Que esse sorriso não dá para esquecer.
Eu sonho, eu vivo, eu Amo…
 
Penedo da Saudade

Lágrimas

 
Lágrimas

Poesia que dos olhos tiras
Para nas palavras devolveres
Matares a fome e entristeceres
Que o sentimento exprimes,
Para dar vida a teu nome
Recalcamento de vontades
E a dor que a mim me consome

Motivos florais, e outras liberdades
Tudo te serve de mote
Para dela saciares tuas vontades
Para me ferires com teu chicote

Poesia triste, poesia que alegras

Tira-me o chão faz-me voar
É a teu lado que almejo sonhar
Longe, bem longe sigo livre ao vento
Prisioneiro das trevas de uma poetisa

Versos fadados que em mim batem
Batem como o rufar de tambores
E reflectem demais dores
Que chamam pela pessoa que um dia fui
Sentimento inalterado, apenas apaziguado

Poesia que aos olhos tiras
Para as pintares no papel
As noites de choro afável
Inconformado com mentiras

Poesias que aos olhos tiras
Para as enxugares em palavras
Tão claras para o teu respirar
Tão amigas de quem sabe Amar

Poesia que aos olhos tiras
Reflectindo a dor em água
O sofrimento que apazigua
Molhando este triste rosto

Plenitude do sentir - Editorial Minerva
 
Lágrimas

Porque existe Amor para além da morte, só a poesia exprime este sentimento,tornando-se imortal... Há quem escreva em busca da fama, eu busco falar com quem não me Ama...