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do cinzento ao planalto do infinito

 
um dia que acorda tísico
estremunhado de erógenas estrelas
escorridas
de dois bálsamos cadentes
e os horizontes que sorvem
o leão

os sucumbidos após três túmulos
são ensaios do luminoso timbrado
no cinza

e as quatro pétalas
rarefeitas
o sombreado que se fractura

os papiros deslocados ao quinto subterrâneo
inspiram a descoloração
que condensa

e do agrilhoamento sarnento
azul
denso desfoque na estrada
incessante descontorno

e as sirenes badaladas em digital
deglutem as seis cruzes
plurificam evangélicos ruídos

sete chamas que se invertem
sokar já geme
aponta ao pentagrama
no intransmissível
no inverso
da trepidação de babel
deslocação ao oito

© Bruno Miguel Resende
 
Autor
Bruno Miguel Resende
 
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Enviado por Tópico
TRIGO
Publicado: 25/10/2009 09:04  Atualizado: 25/10/2009 09:04
Colaborador
Usuário desde: 26/01/2009
Localidade: Cabeça-Boa - Torre de Moncorvo
Mensagens: 2309
 Re: do cinzento ao planalto do infinito
...
POETA


« escorridas de dois bálsamos cadentes » : essas estrelas
sentam-se no lugar das tuas mãos e esperarão por elas ….



Abraço


Enviado por Tópico
reinodalira
Publicado: 25/10/2009 14:40  Atualizado: 25/10/2009 14:40
Super Participativo
Usuário desde: 30/03/2008
Localidade:
Mensagens: 108
 Re: do cinzento ao planalto do infinito
Denso e assombroso! Poético!
Parabéns!!!