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sem número

 


. façam de conta que eu não estive cá .








podia dar-te um lugar onde atracares os braços. um corpo para habitar o teu nome. podia dar-te o meu corpo, o meu nome com ele, para dele fazeres um barco. quero de ti um mundo, podia dar-te outro. acordei a noite de frio ou silêncio, ou foi a noite que me acordou. lembro-me de abrir os olhos e ver escuro, sentir cheiro de memórias a raspar a pele. mais tarde eram os pés descalços de chuva à espera de tempo melhor lá fora. à janela vi claramente para dentro, como quando uma boca se abre para mostrar onde dói nas entranhas. podiamos tudo. tenho para ti todas as noites.
 
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Margarete
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Enviado por Tópico
Moreno
Publicado: 24/02/2010 10:52  Atualizado: 24/02/2010 10:52
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 Re: sem número à mar
pode-se tudo, quando os braços assim se abrem, mesmo que a chuva persista.

beijo