Poemas : 

Vem de Longe

 
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Vem de Longe

(Ano 2008, Painel em caneta de prata e ouro e cristais sobre cartolina preta, 70x50 cm)

Não quero mais os dias Eternos.
Queria aprender no Amor a Luz de ser em Paz.
A guerra de dentro me consome cada vez que inicio a viagem.
Desespero por não conseguir saber.
Golpeio. Luto. Em fúria.Contra a Voz amarga que não me dá descanso.
Abarco, mais uma vez, toda a dor da despedida.
Fica mais um pouco.
Deixa que te lembre.
O café já esfriou e na lareira nada mais arde.
A noite está fria e nos cobertores já não te encontro.
Vem.
Vem de longe.
Vem passar mais uma noite comigo.
Que no encontro das lágrimas mais uma vez te vejo e te desejo para voltar a sentir a tua falta.


 
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jomasipe
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Enviado por Tópico
varenka
Publicado: 15/03/2010 18:50  Atualizado: 15/03/2010 18:50
Colaborador
Usuário desde: 10/12/2009
Localidade:
Mensagens: 4210
 Re: Vem de Longe
Na dor o amor fortalece.
Gostaria de saber se o painel é teu?
Uma obra de arte linda!
Parabens!

Varenka


Enviado por Tópico
Avozita
Publicado: 15/03/2010 21:16  Atualizado: 15/03/2010 21:16
Colaborador
Usuário desde: 08/07/2009
Localidade: Casal de Cambra - Lisboa
Mensagens: 4529
 Re: Vem de Longe
Olá Joma Sipe,

Vou confessar-te que leio quase tudo
o que aqui deixas postado, mas não comento,
e aí vem a confissão: Gosto imenso, muito mesmo,
mas não sei como comentar.
A tua escrita é muito superior ao meu saber.
Beijinhos
Antonieta


Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 16/03/2010 08:31  Atualizado: 16/03/2010 08:31
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11076
 Re: Vem de Longe
Jomasipe,
A ausência que fere a alma.
Beijo
Nanda


Enviado por Tópico
AnaMartins
Publicado: 16/03/2010 17:01  Atualizado: 16/03/2010 17:01
Colaborador
Usuário desde: 25/05/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 2220
 Re: Vem de Longe
Meu querido João, fizeste-me ir procurar no baú algo que escrevi num agosto já muito distante:

És onda do mar que vem
em doces vagas de desejo
ou rompantes de águas secas
que não saciam a vontade de ti
Sou braço de areia sequioso
dos teus afagos,
submerso de cega paixão
Ignoro os teus ímpetos rudes
quero-te em damasia


Na intermitência
das marés
vejo claramente
visto-me de razão
questiono, praguejo
busco-me sensatez…

Mas ao voltares,
serena e vibrante
o meu coração galopa!
Meus sonhos acolhem-te
sorridentes e amnésicos,
absolvo a borrasca
e relevo a ausência.

Um dia, vou dar-lhe um arranjo e postar.
Beijo.