Bocas famintas

Solos secos, desnutridos
gemem no calor do sol
em fragmentos dispersam-se ao vento
ao vento cego das estepes…
sem dó

E lá bem longe, em outra dimensão
corre a água em abonação
apodrecida pelos dejectos
da sordidez humana
desprovido de global visão


Excelente e belo poema Liliana.
Beijo
Vóny Ferreira

Duas dimensões num só tempo, onde o grito da revolta perante os solos áridos deixaram de acreditar numa qualquer réstea de esp+erança.

bj
Eduarda

Execelente poema.
Está na mesma linha dos que tenho escrito revoltado pela fartura de uns e a fartura de nada dos outros.
Nada tenho contra os que têm muito, simplesmente a riqueza é mal distribuida e crianças há que morrem de sede e fome, enquanto se esbanjam fortunas nos casinos
A sua pergunta onde está a Justiça Divina, tenho-a feito várias vezes mas não tenho resposta..

Bjs poetisa
A. da fonseca

Muito bom teu poema, perante tanta miséria me pergunto como podem dormir sossegados os que tanto têm. Perguntas bem onde está a justiça Divina?! Foge à nossa comprenssão e dói saber gente a morrer de fome.

Mais um grito, nunca é demais.

beijinho Liliana
da rosa

...muito pertinente o teu texto, mas penso que foi caindo em desuso retratar o real: só que "the times are changing" e ninguém consegue prever o futuro...

bj
arfemo

Lili,
O estado de desnutrição e secura da alma e do corpo que atinge a humanidade, cuja única esperança para todo este desalento são as crianças e a sua visão do mundo.
Beijinho
Boa Páscoa para ti.
Nanda