. façam de conta que eu não estive cá .
mata-me. eram as árvores todas inclinadas sobre o lado esquerdo do peito, as ervas rente aos joelhos, enterradas na pele eram urtigas, ao longe os montes a impedir as paisagens, não havia horizonte para lá das mãos que não davas. mata-me. que eram os cães a latir no abandono longe, que eram as vozes do asfalto, que eram os fios da poda, que eram as sementes na terra que os pés enterravam, que era a chuva a queimar na pele. mata-me. nas vezes em que o coração te espera e os gritos são sombras de noite despertas no corpo. nas vezes em que a voz não toca a boca e o beijo espera o fim. mata-me. esta quase felicidade, quase vida, quase tudo, neste quase amor.