Falei com o vento, pedi-lhe um favor
Se tiver tempo que me traga o meu amor
Mas não o traga com uma tempestade
Mas com uma doce brisa de sensualidade.
O vento me respondeu com certa ironia
Se queres que eu o traga hoje não é o dia
Talvez amanhã, mas somente se não chover
Se a Lua brilhar o trarei ao Luar, podes crer.
No dia seguinte, a Lua brilhava eu esperava
A noite estava calma, só uma brisa soprava
Tinha a porta aberta para ele poder entrar
O amor não chegou, o vento começou a soprar.
Perguntei ao vento se ele estava zangado
Soprando tão forte que eu me senti culpado
Não o consegui trazer porque o abandonas-te
Tu ficarás com a tempestade que provocas-te
A. da fonseca