Eu derramo meu rio Por você. Banho as margens Enrugadas em cascatas E é só por você. Por quê? Meu rosto úmido Te satisfaz? Há prazer no verter? As nascentes Observam-te nesse adeus E você nem ai... Há vida no rio salgado Que deságua em torrentes E você nem ai... A despedida É quase uma súplica Gritando-te FICA. Nada mais fica... Nem mesmo as lágrimas Nos olhos... Você parte Como se nunca Fossemos nada... Você nunca Será nada... Para mim. Eu continuo derramando Meu rio por você...