Só me resta enrolar-me num lençol,
Na solidão aberta à noite escura!
Sabor pesado como o de mentol,
Sofrimento que me quebra sem cura!
Desejo este incessante sem um fim!
Pétalas que caindo se desfazem
O eu que se desfigura deste mim,
Do paraíso os teus beijos se jazem!
Torno-me peregrino do teu ser,
Da beleza do teu bem parecer,
Para que as divas possam ser mais belas!
Pois sou teu apaixonadodependente,
E perante ti deixo de ser gente
Só p'ra te pintar nas mais belas telas!
António Botelho
Há muito que meus tons melódicos poéticos não se gesticulam em escrita ou sapiência mental, pois eis que o amor chegou e a poesia abafou...