Luso-Poemas
 
Sonetos : 

Soneto às Sombras - I

 

Não sei mais em que imensidão estou
Só sei que sou passado como a noite;
Que meus lábios sussuram o que ficou;
Em túmulos de pedras, de açoite.

Quero morte de um papel vivo, sem vida
Coma não desperta, nem rasga a mortalha
Pois é um lugar profundo sem partida
Nem vejo mais a carcaça que se espalha.

Eu pintei de azul o ceu das vésperas
Em algum lugar ao redor das curvas
Que hoje são texturas das sombras.

Só manchas e penumbras que saem da lua
Trazem em silêncio a dança das sombras
E os olhos apenas veem imagens obscuras.


 
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Antonio Ayrton
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Enviado por Tópico
Juli Lima
Publicado: 17/08/2007 20:12  Atualizado: 17/08/2007 20:12
Colaborador
Usuário desde: 02/08/2007
Localidade: Rio de Janeiro
Mensagens: 989
 Re: Soneto às Sombras - I
Boa tarde! Bem-vindo! Profundo versejar. Bj poesia

Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 17/08/2007 21:02  Atualizado: 17/08/2007 21:02
Membro de honra
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4038
 Re: Soneto às Sombras - I
Gostei destes sonetos às sombras.

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