Sinto-me como a lamparina a ofuscar
O lusco fusco dos vagalumes noturnos
Sinto o peso do destino e a ladrar
Meu peito arde, meu ouvido é surdo!
Um soneto diz adeus aos braços meus!
Tanto sentimento traz em seus quartetos
Quem sabe seja um elo de Deus?
Vejo já brotarem lágrimas nos tercetos!
Um pedido esse soneto jura intentar
Um minuto de silêncio e um poema de amar!
E que seja sepultado com flores...
O soneto terá o mármore alvo como companhia
Com o sol a lhe arder a face em pleno dia
E a lua a pratear a sua lousa de cores
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)