Sei de mim
num espaço perdido
numa cávea com as portas abertas
onde o espírito
está acorrentado
pela genuína força do âmago.
Não vislumbro o céu
e a terra foge da sola dos pés.
No centro da epiderme
um glaciar
de emoções, sentimentos
em combustão de edificações
que me enrugam o esqueleto
na longitude da razão
os olhos contemplam
o coração agarra na fúria
da ultima linha invisível
um sustento suspenso…
Nasce o fogo
fervilham as veias
neste abismo por onde tudo se esvai,
um absinto
que me engole e leva ao apocalipse…
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...