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Minha Tumba

 
As palavras doridas
que escrevo neste pranto
escrevo-as à pena
com tinta de sangue
neste papel sem Tempo!

Lamento perdido,
mágoa profunda,
fiquei na lonjura
fiquei nesta Tumba!

Tumba sem lugar
morto sem descanso
Alma que ao voltar
vive num pranto.

Tão distante e tão perto
que estou deste corpo,
Túmulo p'lo ódio aberto,
minh'alma de morto!

"A MORTE É O PRINCIPIO..."


(ao tumulo de D. Martins Silvestre
que jaz na Matriz de Santa Maria da Lagoa
em Monsaraz)

RICARDO LOURO


Ricardo Maria Louro

 
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Ricky
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Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 29/10/2010 20:45  Atualizado: 29/10/2010 20:45
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Usuário desde: 14/08/2007
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 Re: "Minha Tumba"
Ricardo,
Triste, mas belo poema.
Bela homenagem histórica!
Bj
nanda