Poemas : 

Insígnia

 
Voar;
Processar a ditadura…
Carta magna do mais logo, talvez…
Em tarde me erga de ombros heroicamente no zimbro…
Em hino.
Pela noite dos caminhos degolaremos marchas brancas…
Eu tenho uns sapatos rotos…
Igual a serapilheiras, outras, loucas, mantas de bailarina que dormem escuras cidades.
Então…
Pelas veredas incandescem rubros, amantes, armados, á ganga, martelos destas fábricas de gente em segunda mão.
A terra era plana antes de arredondar.
Os homens viam-se ao longe…a olhar.
Descendeu então a geometria, sementeira de inveja…
Também eu sou sobra…só isso.
Como, cuspo, restos
Dos dias que me deixam mágoas, águas,
Penas, saudades…
Rasgo…
A lapela do casaco, corro, assalto…
Bocados ao dia morto, falso,
Prometo, juro, parto, furo…
Buracos aos meus sapatos…
Factos…
Existem pés descalços.
Quebro, futuros, dedos, dentes, muros…
Voar;
Carta magna do mais logo, talvez…
Em tarde me erga de ombros heroicamente no zimbro…
Estandarte.
Içado, em quadro, notícia, recorte!
Que enobreça a madrugada em urros, em gritos…
Insígnia...
Pátria...
Ou Morte.

 
Autor
lapis-lazuli
 
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