SONETO DE ADEUS AO SONETO

o que tem neguinho aqui nadando nas águas de bilac, quando não respirando o hálito da chatíssima florbela espanca, puta que o pariu...

te amo, ká.

ju

as coisas evoluem. a poesia também evoluiu. ninguém vai andar de preto pelas ruas- adoro roupa preta -,rezando pra pegar tuberculose. se for pra morrer, que seja de overdose. pelo menos dá barato

abraço & obrigado pela leitura.

j.

a neurótica e sempre infeliz florbela espanca, hoje, no máximo, serve como objeto de estudo em psiquiatria. meu amor, quem usa a palavra charneca, leva-me ao riso. charneca me lembra outra coisa. florbela é muito chata, assim como a brasileira francisca júlia.
mas você eu amo. Bilac, dizem, gostava de comer garotos, não à mesa, claro: não era caníbal, mas você sabe...

é, meu amigo, tem muita gente ainda ouvindo as estrelas de bilac ou respirando o ar das charnecas de florbela. isola.

obrigado pelo comentário.

j.

obrigado pelo comentário.

j.

sabe, tina, neste ponto - modo de falar e escrever - eu sou todo coloquial. já usei muito a linguagem rebuscada em meus poemas, a chamada língua. mas vi que as coisas evoluem. e nós devemos nos despir do preconceito. o que é lingua culta? o que é falar correto? escrever é um ato de liberdade. falar também. não devemos nos policiar. o purismo é muito chato. brasileiro adora invetar gíria. o deboche gostoso tá na alma tupiniquim.

beijo pra você e pro bruno,

j.

... é isso, tb não gosto de silicone nas palavras...nem no corpo..rsss
e como vc diz: tupiniquim tb por aqui( essa tribo aqui tb faz parte desse Brasil)..rssss

beijinhos
T!na

P.S.
seus beijos foram entregues a ele tb..rssss

eu beijo os meus amigos, sem problema. a viadagem não está no beijo rs rs rs

olha seu Julio ri muito tbbbb viu..rsssssssssss

são decassílabos, sim. mas a linguagem coloquial eu não dispensa. as pessoas precisam entender que as palavras também envelhecem. e algumas já estão caducando.

carinho, betha.

j.

minha forma de escrever vem de um movimentom surgido no brasil nos anos 1970, que ficou cohecido como poesia margianal.vivíamos em plena ditadura. não sei se foi bem um movimento, porque não era nada organizado. a verdade é que as editoras nos fechavam as portas. e não restava outra alternativa senão os livros artesanais, rodados no mimeógrafo ou em off-set. como as livrarias também nos recusavam, só nos restavam os bares, portas de teatro, universidades, onde vendíamos a preço de pinga nossos trabalhos. as leituras eram feitas em praça pública. mas quase chegavam ao fim: a polícia política não gostava muito da nossa poesia. e os recitais acabavam geralmente em pancadaria e prisões. procurávamos usar a linguagem mais coloquial possível - tava em vez de estava. o emprego da gíria e do palavrão também era constante. enfim, procurávamos - eu procuro até hoje - escrever como se fala, sem se importar com a dita língua culta e purista.

abraço,

j.

foi no outro que você leu e comentou. não, da mota, é que tenho lido coisas aqui do arco da velha. minha vista treme. daí a postagem deste soneto.

abraço, meu bom amigo.

j.