Poemas -> Introspecção : 

Sentimentos oblíquos

 
Sentimentos oblíquos
 
Têm dias de nuvens avessas as cachoeiras
E névoas ardentes de paixão
O sol despontando no colo
Suores, calores e refrescos
Os desejos navegados pelo Homem
Argilas esfregadas em praças e ruelas
Nuas pedras de risos e desgraça
Dias de submissão e desavenças
No sertão das mãos as coxas
E rochas pontiagudas, serão os amparos
No apego da foice, o martelo
Repete os signos do ateu desperto
Mulher ao suor entregue
Ao sabor do amor Apolo
Colore o solo do desapego
E as raízes molhadas com a sua cachaça
Sobrevoam as paredes com fungos verdes.




Diana Balis

Diana Balis, Rio de Janeiro, 5 de janeiro de 2011
 
Autor
DianaBalis
 
Texto
Data
Leituras
1090
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 06/01/2011 01:57  Atualizado: 06/01/2011 01:57
Colaborador
Usuário desde: 08/02/2008
Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: Sentimentos oblíquos
Eita, Diana, que esse seu poema é capaz de abalar meio mundo inteiro!
Forte e incrível, parabéns!
Um beijo!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/01/2011 02:12  Atualizado: 06/01/2011 02:12
 Re: Sentimentos oblíquos
um poema tão pessoal que não me atrevo dissecá-lo.

pra ti, Gisele, um 2011 imenso. e aquele beijão bem Carioca.