Bichos...

A paranóia pode ser um estado de espírito ocasional provocada por factores externos limitada no tempo e na acção de quem a produz. A paranóia por si só não traz mal nenhum, o problema é quando se induz a paranóia como arma de arremesso, quando se acha que os seus actos são produto da clarividência e resultam isso sim da mais pura demência e se semeia uma esquizofrenia colectiva que tende a domar e amestrar os fracos que, tolos, se rebaixam à condição de bajuladores escondendo e camuflando a sua mediocridade.
É quando a paranóia averba o número suficiente de asnos para que se lhe chame colectiva e transforma-se numa manada, essa manada embora de asnos é normalmente liderada por porcos mesclados de camaleões com a sensibilidade do elefante no meio de uma loja de cristais. Na senda que auto traçou o porco, (perdão, o elefante) atropela tudo e todos e nem os mais finos cristais soprados pela elegância da mais pura arte resistem, e soçobram aos desmandos desse bicho pézudo.
Melífluo o bicho é astuto na arte de arrebanhar e lesto na hora do lobo, impiedoso e destituído de sentimentos porque os únicos que lhe importam são os de fidelidade canina cujos amplexos são contados na exacta medida de cada vómito que regurgita.