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O observador (conclui)

 
Apenas condena-se na maneira de agir.
Calma... Um dia aprende. E na verdade, não ser previsível pode ser sim, uma qualidade. Talvez não tão bem apreciada, por causa da tão necessária atitude, voraz, felina...
Porém... Alguns passos devem ser seguidos, porque por mais que não se planeje algo, todo objetivo passa por etapas claras.
Não vale culpar-se pelo que faz ou pior, pelo que não se faz. Faça de conta que é apenas um adiamento do ato principal, da irrefutável certeza.
Muito tarde percebe-se que não existem erros! Não! São simplesmente seus passos, métodos, exclusivos de cada ser.
Não tente esconder, todo sentimento verdadeiro não é expresso em palavras. E isso é tão importante... O corpo sabe revelar as vontades em doses certas, verdadeiras, exatas...
Um sorriso inquieto... Um olhar disfarçado, o toque ingênuo, apenas na palavra “ingênuo”.
Nada pode ser desconsiderado, tudo é interpretado, mas todo êxito sobrevém do bom senso, da leitura imparcial, crítica, do observador.
Por ser crítico, não têm resultados imediatos, mas quando se obtém, são duradouros.
Depende do que almeja: a certeza do próximo dia ou o momento de fim certo?
Nada disso atém-se a um tema somente. Compreende-se que vale num contexto geral, apesar de certas peculiaridades... – o toque ingênuo, por exemplo.
Não mentir. É uma ajuda muito temporária, para ser usada como recurso. Vicia. Traz um descrédito irremediável com o passar do tempo. No máximo omita, afinal quem quer saber, pergunta.
A igualdade torna tudo invisível, comum. As qualidades, os defeitos, são vistos pelas diferenças. Todo defeito pode ser corrigido e toda qualidade pode ser aprimorada, desde que haja vontade.
Não há tempo que determine, nem êxito que satisfaça, que possa atribuir auge. Seguir adiante é um passo natural, necessário, saudável. O fim de um estágio é simplesmente o início de outro e nisso atribui-se o viver de cada um.
A relatividade do tempo é determinada pela significância dos atos que executa. Quão bom for, menor será, quanto possível é, o contrário.
Simples seria, se a frieza das decisões independesse das vontades, medos. Por mais certo que pareça, ou mais improvável que seja, a incerteza cega.
O que de fato pode impedir a auto catástrofe é o autocontrole. Não existem milagres. O poder de escolha e, principalmente, a sabedoria de fazer a escolha certa, vem do autoconhecimento. Isso é particular, sendo assim sua maior riqueza.
Dar o devido tempo as coisas é necessário, não atropelar passos, nem perder-se em futilidades. O tempo não é certo, exato. É suficiente.

2009

 
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roverandom
 
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