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A GEOMETRIA DO BEM

 

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Mil mandalas multiplicadas e desdobradas em luz vejo ao redor, enquanto olho para dentro e o mundo é apenas ilusão.Sinto o corpo estilhaçando em mil partículas de pura energia, sinto a alma fazendo amor com a poesia, buscando o êxtase que me transmuta e ilumina. Sou menina, pés nus, corpo e sonho. Sou pedra incomodando e enfeitando o caminho. Sou a queda d'água, caindo infinitamente para dentro do mar que me chama e me leva pelos cabelos.

E quando me perco de mim, encontro o que me faz maior, mais leve e viva. Círculos mágicos me abrigam: estou no meu próprio eixo, estou no centro em equilíbrio e harmonia. Pinto o instante com todas as cores que me amam, sem mover as mãos e por um tempo fora do tempo, não preciso do que me ancora o chão.

Estou para muito além deste momento: a consciência se amplia, centramento, integração, meu coração abarca todo o mundo. À beira da mim estou no mais profundo que se pode existir porque não estou mais aqui, porque contenho tudo e nada me contém, porque estou nos braços da geometria do bem.



Karla Bardanza


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Karla Bardanza
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Enviado por Tópico
Transversal
Publicado: 04/08/2011 03:12  Atualizado: 04/08/2011 03:12
Membro de honra
Usuário desde: 02/01/2011
Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)
Mensagens: 3755
 Re: A GEOMETRIA DO BEM
"sinto a alma fazendo amor com a poesia"..."sou"..."mil mandalas"...e os "círculos mágicos me abrigam"..."não preciso do que me ancora o chão"..."estou"..."meu coração abarca o mundo"...e "à beira de mim"..."estou nos braços da geometria do bem"

Obrigado...relembrei Ravi Shankar...in Concert for BanglaDesh (com George Harrison & friends)...pai de Anoushka...Obrigado por "Geometria do Bem"...Magnifico

Abraço te

Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 04/08/2011 13:11  Atualizado: 04/08/2011 13:11
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Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: A GEOMETRIA DO BEM
Bom dia Karla, sua personagem narra um estado de transfiguração, em que já sente-se libertada destes entraves dialéticos, e experimenta o gozo do tempo linear, onde não há passado, e nem futuro mas sempre o agora, parabens pelo seu sapiente poema, MJ.

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