Poemas : 

Reminiscência de um crepusculo - Lizaldo Vieira

 
Reminiscência de um crepúsculo – Lizaldo Vieira
Etá
Solão tá se pondo
Quese nem o vejo
Se escondendo no beijo infindo
Da mata atlântica
Ainda bem
Que deu tempo
Voltei ao solo pátrio
Á terra mãe
Ao sol
Ao berço que me pariu
Deu-me luz
E cruz própria
Feito lanterna nas brenhas
Na caminha escura
Mas também régua e compasso
Pra seguir viagem de enfrentamento
Por estradas estranhas
Tiranas
Muito pedregulho
Gravetos
Mau tempo
Tempestade
Espinhos e poeira no saco
Infortúnio
Parecendo inicio sem fim
Na longa caminhada
Vida afora
Enfim
Cá estou de volta
Pra casa
Pro velho aconchego
Metendo
Batendo com contentamento
Com a cara no passado
Quero bater na porta
Abrir janelas da tapera
Testemunho ainda vivo
De uma história de vida
Que o tempo não apagou
Tudo parece desoladamente me esperando
Como quem diz
Vem
Bate na velha porta
Adentrar nas ruínas
São as mesmas coisas
Velhas coisas
Mesmas características
De Volta o trailers
Imagens
Sinopse
A história
Com detalhes de mim
De minhas coisas
De minha gente
Que não morrem
To de volta
Pra cantar minha terra
Enquanto a peça roda viva estiver ensaiando
Nova peça
Novo espetáculo em velho rancho
Meu amado chão
Cheiro de cantinho do mundo
Esquecido
Acanhado
Calado
Escondidinho no véu branco
Do pendão canavieiro
Tudo isso é reminiscência do útero materno
Da terrinha que sacudiu para o mundo
Os bordados de renda irlandesa
As telas de tinta de ouro
De Jenner Augusto
E que
Jamais em nenhum dia
Por alguma obra do destino
Vamos esquecer ao pátrio paraíso
De volta
Mas sem medo dos segredos
Nem os traumas das surpresas
Então
Que seja assim meu velho oeste
Do cabra da peste
E da mulata do condor
Que não se acabou
Tudo por aqui
Tão velhinho
Rústico
Empoeirado
Na lápide dos meus instantes mais difíceis
Cruéis
Mais felizes
Cenário
Filme
Com infinitos episódios
Iniciados a cada momento
Quando retorno
Com o bastão da vitória
Sofrida
De filho prodigo
Em retorno ao velho ninho


Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
Autor
Lizaaldo
 
Texto
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