Poemas : 

To por aqui - Lizaldo Vieira

 
To por aqui – Lizaldo Vieira
Já sei de tudo
Não me venha
Com conversa fiada
E afiada
Barriga vazia
Não se poe de pé
Cansei de ser ze mane
De levar porrada
Desses caras
Cordeiros
De duas caras
Que fazem de tudo um negocio
E vai vendendo
Sonegando
Compando a tudo
E a todos
Cspindo cegamente
No prato que se lanbusou
Enquanto
O Zé povinho
Só lamenta
Dança no congado errado
Doido pra ver a giripoca fungar
E cachimbo de caipora
Fumar
Sem quabrar
To feito urubu novo
Olhando pra esse povo
Politiqueiro
Politicamente correto
Com nojo
De tudo
E de todos
Tudo fede
A ovo goro
A catinga de pai de chiqueiro
Quando o assunto
É a politicalia
Não presta
Uns
Nem outros
É tudo farinha
Do mesmo saco
Não vale um vintém furado
Mesmo
Vei e vem
E a vida do povinho
Em desgraça
Eles comem
Todo o mel
Enquanto pra ze ninguem
Só sobra a borracha
O jeito
É levar a vida devagar
Feito pintinho abandonado
Um milhozinho aqui
Um xerémzinho ali
Outra beliscada acolá
Pra não faltar com o bom humor
Não perco tempo
Imaginando dar volta ao mundo
Fico igual a ton ze
Lá vou eu
Nos 14 bis
Levando a vida devagar
Simplesmente subindo pra lua
Cantando com Martinho da vila
È devagar
É devagar
Sem importar com aqueles
Que só pensam o mundo
Movido a automóvel
Sem se tocar
Com o efeito estufa
Nem com as mudanças climáticas
Preciso ser menor na vida
Feito criança
Para merecer
De o altíssimo entrar em minha casa
Olhando sempre lá atrás
Para que a vitória não seja motivo do desencontro
Do desencanto emocional
Afinal
O perder
Nem sempre será a derrota
Quando a gloria significará
O chorar por não mais ser vencedor
Com isso
Levo a vida devagar
Na base da maré
Preamar
Mar de ressaca
Porque não vivo a procura de navegar
Sem destino
Pra não sentir o resultado
Amargo
Do não sonhar
Mesmo que não consiga
Mais aquele sorriso
Do clima afável de vitória
E se a vida não tem mais jeito
A gente perdendo ou ganhando
Nunca deixara de serem pontes
Pra novos aprendizes
Pra outros caminharem
Pois
Apesar deles
Os caras de paus
A vida soberana
Pede passagem
Ainda que meus versos
Já nem sabam rimar



Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
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Lizaaldo
 
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