Poemas : 

«« Aos meus pés ««

 
Quando a terra sob os meus pés desliza
Abrigo-me na palavra escrita
Deixo que as sílabas se enleiem aos graves
Dos acentos como se fossem traves

Quando o medo me bate á porta
No acinzentado da hora morta
Deixo que as virgulas se unam aos pontos
De interrogação e seus confrontos

Quando a razão me foge da mão
Agarro na consoante feito pião
Solto do peito o meu papão e viajo
Pelas rugas do meu povo e num realejo
Ensaio a dança feita bonança
O enleio da trança por vezes cansa

Cai-me aos pés nos versos que ensejo
O poema está feito em ti o almejo.

Antónia Ruivo

http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
Texto
Data
Leituras
629
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.