Poemas -> Surrealistas : 

A sylphide e o sátyro

 
Ela começou a dançar na noite,
assim como uma sylphide,
com o fôlego excêntrico
de um pêndulo obliquo e bêbado.

Enquanto isso, ali estava eu,
único espécime insólito,
o arquétipo anódino de um sátyro,
recém saído de um sarcófago tétrico.

Só observava, estático e categórico,
sob uma máscara irônica e cáustica,
de bárbaro, vândalo, cínico e cético.


De arrebatada figura,
sou altivo, sou forte,
não carrego lutos e mágoas,
até um dia enganei a morte,
na sua faina de colher almas
e renasci.

 
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Warmien
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