Poemas : 

SÁLVIA

 
Tags:  mundo    nada    sávia  
 
Open in new window



Quadro de Indra Grusaité






Queimo sálvia
enquanto a mente aquieta
as palavras exaustas,
a boca endurecida,
a vida procurando pela vida.

O que ontem eu fui,
dorme intranquilo
nesta música que
tocou apenas para mim.

O cheiro abraça-me:
a magia começa com
a emoção.
Abro o terceiro olho,
vasculho-me, olhando
por dentro de minhas sombras.

O momento é manso
e manso é o devir.
Aqui apenas o infinito,
eu maior do que sou.

Estrelas multiplicam-se
em constelações,
Netuno sai do mar,
Ôrion atira sua flecha
em mim, ferindo-me
mais uma vez,
caçando o que já
me faz falta.

No nada,
há o tudo
e eu,
eu que sou quase nada,
sou o mar que abarca o mundo.


Karla Bardanza




Copyright © 2012 Karla Bardanza
 
Autor
Karla Bardanza
 
Texto
Data
Leituras
1061
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
6 pontos
6
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 23/06/2012 11:56  Atualizado: 23/06/2012 11:56
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: SÁLVIA
Ando com sede da tua poesia Karla,
da tua sempre excelente poesia.
Este é um colosso. Irei ler
alguns mais teus.
Beijinho minha Fada
Vóny Ferreira


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 23/06/2012 16:19  Atualizado: 23/06/2012 16:19
 Re: SÁLVIA
O momento é manso
e manso é o devir.
Aqui apenas o infinito,
eu maior do que sou

DESTACO: LINDO DEMAIS ESSA MAGIA DE POMEA, DEIXO MEU ABRAÇO

MARTISNS


Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 23/06/2012 23:20  Atualizado: 23/06/2012 23:20
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11076
 Re: SÁLVIA
Karlinha,
O poder alucigénio da planta da tua excelente poesia.
Beijinho
Nanda