Sonetos : 

Pássaro Preto

 
Tags:  canto    dias    alegrias    palhada  
 
Open in new window

Pássaro Preto

Hoje quando eu avistei um pássaro preto
Trouxe-me tristeza ouvindo o seu cantar
Veio-me na lembrança quando em dueto
Eu sempre assoviava pra lhe acompanhar

Adeus graúna que alegrava os meus dias
Fazia-me companhia por aquelas palhadas
Quando escutava as suas lindas melodias
Dando-me alegria nas manhãs douradas

Mas este lindo tempo já ficou bem atrás
Pois ao interior eu já nem regresso mais
E tanto tempo faz que não ouço seu canto.


Estou aqui na cidade onde tudo é ilusão
E há falta de paz no meu pobre coração
Até parece que a vida perdeu seu encanto.

jmd/Maringá, 10.02.13


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
Texto
Data
Leituras
4507
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
8 pontos
8
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 10/02/2013 17:25  Atualizado: 10/02/2013 17:25
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Pássaro Preto
Boa tarde João, a cidade sem dúvidas nos propicia benefícios, mais nos rouba também determinados prazeres que nos são abundantes quando habitamos a zona rural,
Parabéns pelo seu envolvente soneto, um grande abraço, MJ.

Enviado por Tópico
fotograma
Publicado: 10/02/2013 20:24  Atualizado: 10/02/2013 20:24
Colaborador
Usuário desde: 16/10/2012
Localidade:
Mensagens: 1473
 Re: Pássaro Preto
quer dizer que a graúna é dona de belo canto?

pensei que fosse apenas uma avezinha mordaz e satírica... rs

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/02/2013 10:48  Atualizado: 11/02/2013 10:48
 Re: Pássaro Preto
Esse canto muito me alegrou, hoje essa felicidade acabou.

Enviado por Tópico
Jovina
Publicado: 11/02/2013 12:03  Atualizado: 11/02/2013 12:03
Colaborador
Usuário desde: 23/09/2012
Localidade: Salvador
Mensagens: 537
 Re: Pássaro Preto
Caro poeta
E isso ai, um poema que resgata memórias.Que saudade do tempo que acordava
com o canto dos pássaros, inclusive o pássaro preto, no interior da Bahia.
Seu poema é tão melódico quanto o canto desse saudoso pássaro.
Parabéns
Jovina

Enviado por Tópico
RosaDSaron
Publicado: 12/02/2013 20:01  Atualizado: 12/02/2013 20:01
Da casa!
Usuário desde: 05/11/2011
Localidade:
Mensagens: 269
 Re: Pássaro Preto
João,é um prazer voltar a te ler...
Um belíssimo soneto!
Fizeste-me relembrar a infância!

Parabéns!

Saudações!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/02/2013 20:04  Atualizado: 12/02/2013 20:04
 Re: Pássaro Preto
Belo soneto, caro Poeta.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/01/2016 18:16  Atualizado: 04/01/2016 18:16
 Re: Pássaro Preto
re te pim
pim
tim
bar
ata
a
mariiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa



chicónémanimané



olamanim papim



xerivitátátátá
bababababando d



piripipipipipipipipipipipipipipipipipipipipipipipipiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

marrrrrrrrrriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

quiquiquiquiquiqui

a sério
galinhas

eu amo a maria
mariiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiaaaaaaaaa

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/01/2016 18:39  Atualizado: 04/01/2016 18:39
 Re: Pássaro Preto
Dança do Vento
O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia.
Baila, baila e rodopia
E tudo baila em redor.
E diz às flores, bailando:
- Bailai comigo, bailai!
E elas, curvadas, arfando,
Começam, débeis, bailando.
E suas folhas, tombando,
Uma se esfolha, outra cai.
E o vento as deixa, abalando,
- E lá vai!...
O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia,
Baila, baila e rodopia,
E tudo baila em redor.
E diz às altas ramadas:
Bailai comigo, bailai!
E elas sentem-se agarradas
Bailam no ar desgrenhadas,
Bailam com ele assustadas,
Já cansadas, suspirando;
E o vento as deixa, abalando,
E lá vai!...
O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia
Baila, baila e rodopia,
E tudo baila em redor!
E diz às folhas caídas:
Bailai comigo, bailai!
No quieto chão remexidas,
As folhas, por ele erguidas,
Pobres velhas ressequidas
E pendidas como um ai,
Bailam, doidas e chorando,
E o vento as deixa abalando
- E lá vai!
O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia,
Baila, baila e rodopia,
E tudo baila em redor!
E diz às ondas que rolam:
- Bailai comigo, bailai!
e as ondas no ar se empolam,
Em seus braços nus o enrolam,
E batalham,
E seus cabelos se espalham
Nas mãos do vento, flutuando
E o vento as deixa, abalando,
E lá vai!...
O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia,
Baila, baila e rodopia,
E tudo baila em redor!

Afonso Lopes Vieira,