Luso-Poemas
 
Poemas : 

astrólogo

 
*.*.*




digam-me, estrelas
daí de cima, como nos veem?
mera poeira no caminho de suas vizinhas?
todo nosso amor e ódio de gerações
não mais que um soluço?
aos meus olhos são como
aos olhos de meu pai
e aos do pai dele
e assim em diante
nossa vontade é de tocá-las
e trazer nos olhos essa cintilância impávida
e talvez seja mesmo este o segredo
de seu silêncio e austeridade
saber-se a ambição última de seu pó


 
Autor
fotograma
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
1084
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
10 pontos
2
0
1
Recentes
limbo
monólogos monótonos
fim do cortejo
na carta aberta
olho defunto
Aleatórios
difamei hoje um poema
veias
num dia, semente
mastiga um pastel
no eixo sudeste
Favoritos
Confissão culposa
Superando Pessoa
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/02/2013 09:35  Atualizado: 16/02/2013 09:35
 Re: astrólogo
Este poema ficou um brinco. As estrelas têm um fraco pelos poetas, pois só eles falam a sua língua, que é luminosa. Parabéns.

Enviado por Tópico
Srimilton
Publicado: 22/02/2013 23:06  Atualizado: 22/02/2013 23:06
Membro de honra
Usuário desde: 15/02/2013
Localidade: Nenhuma
Mensagens: 1841
 Re: astrólogo
Sim, somos o pó, a fuligem, e, as estrelas são os brincos de nossas fantasias.
Mas a poesia pode nos salvar dessa indigência. Os poetas brilham e Vc é poeta.

Abs.....luz e paz....MF.

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre