Poemas : 

degelo

 

no amanhã guardei minhas orelhas salgadas
dizem ser a temperança das estações chuvosas
a panela fria carrega meio expediente em atraso
engulo automóveis com a pressa de mil sóis
e pra quê?
abraços não brotam dos céus em meus bolsos
nem são de travessuras os entalhes à minha face

 
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