Poemas : 

esperanças vãs

 




em retículos cristalinos
encerro sonhos errantes
ouço canções dos sinos
os enigmas passados
discursos delirantes
sem significados
esforços em resultados

tornei-me um morto vivo
em meu delírio
perfil fino pensativo
ingente martírio
queria poder ver o fundo
o fim do sofrimento
visão noturna do mundo
tempestades desvanecimento

pelo céu traído
um edifício centenário
não será substituído
por incorrigível visionário

vivo disso agora
de esperanças vãs
o passar de uma prolongada hora
sem alvíssaras sem amanhãs
lábios dormentes agora
quando as queria concretizadas
em colchas de cetim bordadas




 
Autor
FilamposKanoziro
 
Texto
Data
Leituras
893
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
11 pontos
1
1
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/11/2015 13:22  Atualizado: 17/11/2015 13:22
 Re: esperanças vãs
É um poema que condiz com as atualizações da alma humana.
Creio que cultivar a coerência faz mais sentido, pois através do tempo e as emissões sinalizadas, tudo oscila para o benefício da ilusão.
Compreendo que de certa forma psicologicamente falando,seria refutado o que defendo como uma espécie de fuga,mas penso que "desmaiar" é isso,perder a consciência por algum tempo,é uma ação sábia do cérebro em determinada estância para também acudir o corpo.
Seu poema tem uma simbologia profunda e induz as pessoas a que investiguem a si mesmas em busca de respostas ou de perguntas apropriadas.
Se não pendesse para o inapropriado,aqui ficaria um bom tempo,escrevendo minhas observações a respeito, você evoca e destaca tópicos pertinentes.

Agradeço.