Hoje não quero falar de tempo!
“Poesia sem tempo” ele disse
E arrumando-se em torno do mundo
“Meu olhar não pode parar”
Então subiu.
“Assim com esforço” logo dispôs
E exprimindo-se a plenos pulmões
Arfando o espaço central do olhar
“Serei afirmativo” estrelou
Subindo.
“Ah! O vento frio!”
“Coisa marginal” avante sempre
Ele bem sabia que para os efeitos do corpo
Não tardariam a chegar as causas
Mas “não pensar!”
“Meu balanço é muito responsável”
“Ah! Ah! Ah!” Ele gargalhou
Nem uma pontada
Era forte e valia-se disso.
“Aquece corpo!"
“Detém-te!" Ameaçou um ladrão.
“Conquistarei meu espaço”
Dois tiros soaram e colidiram
Um ventre ensopado tombou
E o outro:“é tempo da colecta e depois desço!”