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UM POETA, UMA TARDE E OS AMANTES

 
Velho teto de sapé
Tardes mornas de abril
Um convite do horizonte
Cava a tarde procurando a noite

Hábitos da velhice lavradora
Hálitos das planícies poeirentas
Exala o suspiro engendrado no olhar cego e negro da noite
Dorme e esquece as más lembranças pelas estradas

Numa pele tingida e úmida tinge seu amor
Limpa a poeira da velha amizade e sorri
Tudo que não se define em si é amor
Destila sua alegria na manhã desnuda

Que faz torcer os nervos dentro da pele
E vai vivendo dos credos e dos medos
Cálido, madrugador de poucos segredos
A porta fecha-se e os corpos se explicam




José Veríssimo

 
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veríssimo
 
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Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 13/10/2013 02:48  Atualizado: 13/10/2013 02:48
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 Re: UM POETA, UMA TARDE E OS AMANTES
e o poema todo cala.
e o final fala silencio...
e assim vou me complicando em admiração.
bjs