Poemas -> Sombrios : 

Alcova fosca

 
 
Alcova fosca
 
Alcova fosca



Nossa alcova está inaudível, mas tece
e penetra no crepúsculo e faz o estado.

Perde a consciência sentimental, prece
precisa o pobre diabo de longe sentado.

Teve um fruto brotando um bicho horrível
medita e toca meu espectro assustado.

Chego e faço esforço forte e aplausível
com um pedaço de pau duro e imantado.

Minha trama cinge minha gema forte
e noto ainda outro olho no teto fosco.

Fecho o cadeado e iço a tremer sem norte
outra mureta levanta e brota outro tosco.

Caldo de enxofre molha e morde o pescoço
noto sede vegetal e um agressivo ardor.

Ver agora o diabo meu Deus!!! Treme o osso
no aposento eu ouço um místico alvoroço.















O NOVO POETA. (W.Marques).


O NOVO POETA.W.Marques).

O NOVO POETA. (W.Marques).
 
Autor
ONOVOPOETA
 
Texto
Data
Leituras
924
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
1
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/06/2014 20:01  Atualizado: 26/06/2014 20:01
 Re: Alcova fosca
Um poema forte Marques...um sujeito poético em fragmentos, desnorteado:

"Ver agora o diabo meu Deus!!! Treme o osso
no aposento eu ouço um místico alvoroço."

Abraço
Luzia